Expectativas (e a falta delas)

torino_posterÀs vezes eu queria ser uma pessoa normal. Sabe, levar a vida na boa sem essa pira nérdica de correr atrás de informações, querer saber qual será o próximo álbum da minha banda favorita (e quando as músicas vazarão),  quando sairá livro novo de algum autor que curto ou ainda sem querer saber tudo sobre produções que estão para estrear. Conhecimento é legal, mas às vezes eu tenho a sensação que sou um daqueles moleques cheio de tralha no bolso. Ok que você viu o pôster novo do Sherlock Holmes. E daí? E daí que já tem video do Chico Buarque lendo o recém-lançado Leite Derramado? Etc.

Falo isso porque o sintoma principal dessa mania de informação é que eu crio muita expectativa sobre quase tudo. Cinema, por exemplo. Li tanta resenha sobre Na Mira do Chefe (In Bruges), e tanta gente falando do roteiro super-mega-power-tchan que uou, achei que veria qualquer coisa do naipe de Obrigado por Fumar ou qualquer outra comédia inteligente do tipo. Mas hum, não. Legal é. Tem alguns diálogos impagáveis e o Colin Farrell está ótimo. Mas não atendeu minhas expectativas.

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Sounds of the Universe (Depeche Mode)

Então que hoje cedo o Phantom Lord me contou que o Sounds of the Universe do Depeche Mode tinha vazado. Eu já tinha escutado de manhã mesmo, mas agora à noite estou, digamos assim, apreciando o álbum da banda. Para quem está mais para twitter do que blog, vamos aos fatos: sim, é um álbum bom. Pode ouvir sem medo, especialmente se você já curte o som da banda, ou no caso de não conhecê-la, goste de artistas similares, como She Wants Revenge (é, passei dos 140 caracteres, desculpaí!).

O álbum abre com uma que achei inicialmente maizomeno, chamada In Chains. E quando digo maizomeno é porque não gostei do comecinho da música, mas no geral ela é ok.  Hole to Feed desce muito bem e lembra o Depeche das antigas, e obviamente te faz esquecer daquele começo da primeira música que você não curtiu. E aí chega Wrong. Ahhh, Wrong

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Nada é fácil de entender

Na segunda-feira a tarde quando cheguei no trabalho fiquei sabendo que uma menina tinha se suicidado no banheiro de uma escola aqui de Curitiba. Sim, a curiosidade mórbida impera e a pergunta que quase todo mundo tem feito desde então é o que levou a menina de 14 anos a puxar o gatilho naquela manhã. Nesse caso, fico lá com os versos do Renato Russo “Nada é fácil de entender” – e não é mesmo. E por isso não quero discutir o suicídio aqui, como muitas pessoas estão fazendo. Até porque já participei de discussões sobre o assunto, que invariavelmente querem tratar de um modo simplista algo que é extremamente sério.

O que queria comentar aqui, no final das contas, é uma questão que fiquei matutando desde aquele dia. Reparem que se vocês procurarem qualquer informação nos jornais sobre o evento, não encontrarão. Ou, se encontrarem, não mencionarão o que de fato aconteceu. Aí lembrei daquele ano que cursei Jornalismo (cof, cof) quando o professor cujo nome não lembro mais disse qualquer coisa sobre jornalistas não noticiarem suicídios.

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Gmail para os mais afoitos

Hoje cedo por curiosidade cliquei lá no “New stuff in labs!” do meu Gmail e descobri que aparentemente eles atenderam minhas preces. Sabe como é, aquele dia que você está de cabeça quente e escreve umas besteiras para uma pessoa, e mal clica no botão enviar e já se arrepende? Poisé. Agora você pode cancelar o envio de um email escrito de forma mais, ahn, afobada. Antes de tudo, vale lembrar que essas funcionalidades (por enquanto) só funcionam para quem está com o gmail em inglês, então caso deseje fervorosamente o anti-emailmico, primeiro vá em Configurações (lá no topo da página, à direita) e depois Geral, e escolha a opção English.

O caminho para ativar a ferramenta é basicamente o mesmo, mas vamos agora com os nomes em inglês. Primeiro clique em Settings (topo da página à direita), depois Labs. Procure por Undo Send, depois clique na opção Enable e então em Save Changes. Pronto, agora já está funcionando. =]

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Quase fim de temporada…

… pelo menos para as duas séries que tenho acompanhado, House e The Mentalist. Chuto aí no máximo mais uns cinco episódios para cada, embora o IMDb aponte mais quatro episódios para o primeiro e três para o outro. Eu sei que no final das contas nem dá para comparar uma com a outra, House está lá, firme e forte no quinto ano. Mentalist é uma ótima surpresa que tem rendido boa audiência lá fora (não sei como tem se saído aqui no Brasil) mas ainda está no começo, com todas aquelas ‘n’ possibilidades de dar caca.

Mas o que as duas têm em comum não fica apenas na questão do protagonista ser o espertão que tudo saca, tudo vê. Ok, Tanto House quanto Jane conseguem desvendar mistérios que parecem insolúveis para todos os pobres mortais ao redor. Mas acho que a característica semelhante mais marcante nas duas séries, inclusive que garantiram os cinco anos de House e provavelmente o mesmo tempo para Mentalist, são justamente os “pobres mortais ao redor”.

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Hellfire Club Onze e Meia

Sempre imaginei como seria bacana poder entrevistar alguns escritores que admiro mas que já bateram as botas. Foi pensando nisso que resolvi criar o Hellfire Club Onze e Meia, uma entrevista de mentirinha na qual pego frases do autor para elaborar as respostas. Vou começar com o Oscar Wilde, pelo simples fato do cara ter sido praticamente uma fábrica de citações, o que facilita bastante a brincadeira. As “respostas” foram todas retiradas do livro Aforismos, publicado pela editora Newton Compton em 1995 mas eu sugiro fortemente a leitura das obras do Wilde para o caso de quererem contextualizar o que está escrito aqui.

Sugestão de leituras: o artigo da wiki em inglês, para começar. Tem algumas edições de obras (quase) completas do Wilde rolando por aí, entre elas Obras Primas de Oscar Wilde da Ediouro, e a editora Landmark acabou de publicar uma edição bilíngue de O Retrato de Dorian Gray, que no final das contas é a obra mais conhecida dele. E se quiser falar sobre ele, lá no Meia Palavra já temos um tópico do autor, dá uma passadinha para conferir. E agora vamos ao Hellfire Club Onze e Meia!

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O Bizarro

Nos últimos dias Fábio resolveu procurar por filmes de horror mais bizarrinhos, não necessariamente trash, mas simplesmente fora daquela linha mainstream ou algo que o valha. Vou comentar sobre dois deles, mas peço que levem em conta que ambos se incluem no que seria o gênero “terrir”, então é o tipo de filme que simplesmente não dá para assistir se você está de mal com o mundo.

Um deles é  o franco-italiano (é O_o) O Dia da Besta (de 1995), o outro é Jesus Christ Vampire Hunter (de 2001). E algo que achei interessante é que de certa forma a música é uma questão marcante para os dois filmes, embora de forma diferentes.  E sim, certeza de que os diretores e o elenco seriam excomungados se vivessem no Recife. Vamos lá, aos comentários:

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Rapidinho porque tenho seminário para preparar

  • Estava esperando a segunda temporada de True Blood só para o próximo semestre, mas dia desses recebi a ótima notícia de que o primeiro episódio vai ao ar dia 3 de maio. Por coincidência, é também no começo de maio (mais precisamente dia 5 de maio) que chegará lá fora o nono livro da série de Charlaine Harris, na qual True Blood é baseada. O nome do livro é Dead and Gone e pelo que estão dizendo trará informações sobre o passado de Eric (incluindo aí até filhos, uou).
  • Falando no Eric, manja música que não sai da cabeça? Daquelas que você se surpreende cantarolandinho por aí? Pois é, estou nessa com Leif Erikson do Interpol. Essa música é linda *_*

Bandas de mentirinha… ou nem tanto.

Ontem voltei do cinema toda empolgada com Watchmen (sim, adorei) e fui dar aquela fuçada básica nos perfis dos atores para saber o que mais estavam fazendo além desse filme, até levando em conta que os jornais estão falando bastante sobre o fato de ser um elenco “sem estrelas”. Aí logo de cara vejo que o Dr. Manhattan é o Billy Crudup, que fez o Russell Hammond em Quase Famosos (“I AM A GOLDEN GOD!”, lembra?). Fiquei chocada, porque ok, e muito azul para reconhecer qualquer um ali, mas a distância entre o Hammond e o Manhattan é imensa.

Então, como minha cabeça funciona na base da associação, logo lembrei da banda fictícia do filme Quase Famosos, a Stillwater. E pensei na quantidade de bandas fictícias que a tv e o cinema já lançaram por aí, e por conta disso resolvi fazer um novo top5 :mrpurple: Portanto, vamos ao…

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