Catatau (Paulo Leminski)

leminskicatatau Ganhei o livro há quatro anos e confesso que sempre começava mas depois largava no meio. Minha teoria era de que Catatau deveria ser lido em um fôlego só. Quando percebi que jamais conseguiria ler dessa maneira, larguei mão e resolvi ler aos poucos, como pessoas normais fazem com os livros, sabe? De qualquer forma continuo achando que a experiência teria sido milhares de vezes mais legal se eu pudesse ler assim, e mais: ler em voz alta.

Catatau é isso, uma experiência. Um “romance ideia”. É uma leitura diferente, com uma intenção diferente partindo do autor. Nas palavras do próprio Leminski: “O Catatau é o fracasso da lógica cartesiana branca no calor, o fracasso do leitor em entendê-lo, emblema do fracasso do projeto batavo, branco, no trópico.”1

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  1. LEMINSKI, Paulo. Catatau Curitiba: Travessa dos Editores, 2004. p.271 

Queens of the Stone Age

Então que tem já algum tempo que vira e mexe escuto uma música dessa banda, penso “que bacaninha!” mas nunca ia atrás de conhecer melhor o trabalho dos caras. Até ontem. Para irritação do Fábio (que não acredita em ouvir um artista só durante uma manhã inteira, hehe) fiquei escutando a discografia de Queens of the Stone Age. Ter começado pelo primeiro álbum, Queens of the Stone Age (de 1998) foi bem importante para prender minha atenção, porque me conquistou pelo fator nostalgia.

Apesar de ter sido lançado quase no final da década de 90, ele tem a mesma sonoridade das bandas de hard rock da época. Não acho que chega a ser tão experimental quanto o Primus, por exemplo, mas valeu pela “viagem no tempo”. O álbum seguinte, Rated R (de 2000) parece ter dado uma “amansada”, com algumas músicas que tenho certeza que ouvi nas rádios na época como por exemplo The Lost Art of Keeping a Secret.

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A Noite do Terror Cego

Sim, seria Anicamente impossível passar o feriado sem ter visto pelo menos um filmezinho. E então quando chegamos nas cntp (frio e comecinho de noite) fomos conferir um filme de terror espanhol de 1971, chamado La noche del terror ciego. Aliás, só para registrar, o título em português é de Portugal. Não consegui achar qualquer informação sobre o lançamento do filme no Brasil, que dirá qual seria o título “oficial” aqui. Mas deixemos isso de lado e vamos à história, sim?

Dirigido e escrito por Amando de Ossorio, o longa começa com uma viagem de um casal mais uma amiga para o interior. Por uma razão até meio estapafúrdia, uma das mulheres resolve saltar fora do trem quando está próxima de ruínas medievais, que depois sabemos ser habitadas por cavaleiros templários mortos vivos1 .

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  1. O diretor faz questão de apontar que seus cavaleiros templários não são zumbis, uma vez que eles são inteligentes e yadda yadda yadda. Para mim são zumbis, blé.  

Discos do ano que você nasceu

O UOL colocou no ar ontem uma seleção bem interessante, dos melhores discos lançados em 1989 (20 anos atrás, sacou sacou?). O que eu achei bacana reparar é como relacionamos certas bandas aos anos 90 mas nos 80 elas já estavam gravando. Caso do Nirvana (com Bleach), Red Hot Chili Peppers (com Mother’s Milk) e nine inch nails (com Pretty Hate Machine).  Também bate aquele momento “Poutz, to véia!” ao ver Like a Prayer da Madonna entre os lançamentos daquele ano. Engraçado como a noção de tempo varia quando o assunto é música (e bem, quando os anos vão passando, certo?).

Inspirada por essa lista do UOL resolvi dar uma pesquisada para saber o que estava saindo em 1981 (ano em que eu nasci, para os que não sabem), até para ver se não tinha mais um desses casos de bandas que já estavam labutando, só esperando o tão sonhado momento do estouro. Para tal, usei a boa e velha wikipedia em inglês como fonte. Para quem ficar com vontade de fazer algo igual, basta usar esse link aqui: http://en.wikipedia.org/wiki/Category:xxxx_albums , trocando o xxxx pelo ano em que você nasceu.

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A Menina que Brincava com Fogo (Stieg Larsson)

Dando continuidade à leitura da trilogia Millenium, eis que leio o segundo título da série, A Menina que Brincava com Fogo. Dessa vez sem qualquer confusão de títulos e já devidamente apresentada às personagens, tudo levava a crer que seria uma leitura divertida e interessante, tal como o primeiro volume. Não, não foi. Infelizmente, confesso que cheguei até a perder qualquer vontade de ler a conclusão (que ainda não tem tradução no Brasil).

Vamos por partes: o fato é que para quem se apaixonou pela heroína Lisbeth Salander, talvez o livro sem MUITO bom. Sabe como é, às vezes nos encantamos por personagens e quanto mais podemos saber sobre eles, melhor. E aqui todos os detalhes sobre o passado de Salander ficam abertos ao leitor. E talvez aí que esteja um dos pecados do livro, na minha opinião. O que faz (ou fazia) de Salander uma personagem legal não era a quantidade absurda de tatuagens ou o fato de ela ser uma hacker ou algo que o valha. Era o mistério. E sem mistério, ela fica bem sem graça.

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Compras estranhas

Então que eu tenho cá essa minha mania de comprar livros. Não chega a ser compulsão, porque sou uma pobre consciente e não gasto o que não tenho, mas que vira e mexe fico namorandinho novos livros para comprar antes mesmo de terminar de ler os da última compra, eu fico. É mais forte do que eu, sabe. Vejo lá um site de livraria e fico fuçando os lançamentos, as promoções, as edições especiais… ai ai. Mas como já dito antes, não tenho tanta bufunfa sobrando então a escolha tem que ser mais criteriosa.

O problema é: mesmo com critérios (às vezes um tanto estranhos, do tipo “Caraca, olha o tamanho desse livro só por 20 reais!!!!”) algumas vezes eu acabo me metendo em roubadas. Por roubadas não quero dizer necessariamente que o livro seja ruim. Mas é um daqueles casos em que você olha para a estante e pensa “Onde eu estava na cabeça quando comprei isso?”. Resolvi então comentar de alguns deles com vocês, no…

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Segunda temporada de True Blood

Dias atrás eu estava toda serelepe porque tinha ficado sabendo que a segunda temporada de True Blood começaria no dia 3 de maio.  Mas saiu um anúncio da HBO confirmando que a data será… blé. 14 de junho.  Para quem não entendeu por que diabos eu estou tão curiosa sobre a segunda temporada (até levando em consideração que não gostei da conclusão da primeira), o negócio é que ao ler os livros da Charlaine Harris eu cheguei a conclusão de que a série tem tudo para ficar muito, muito legal.

Mas é claro que isso depende basicamente das escolhas do Alan Ball. Não acho que se distanciar da obra que está sendo adaptada possa ser necessariamente ruim – e isso inclui qual destino ele dará para Lafayette, que no primeiro livro mal tem o nome citado mas que na série ganhou a atenção do público. Então a curiosidade é basicamente essa: de saber qual rumo a série vai tomar, e se a segunda chance valerá a pena.

A HBO também divulgou algumas imagens da segunda temporada que comentarei a seguir (o que significa mais ou menos que se você ainda não viu o primeiro ano, é melhor parar por aqui).

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