Teeth

Eu não sei se já aconteceu com vocês, de assistir a um filme tão bizarro, mas TÃO bizarro que você passa dias pensando se gostou ou não do filme. Eu estou nessa desde que assisti Teeth (que aparentemente não tem data de lançamento aqui no Brasil, portanto nada de títulos traduzidos por enquanto). Não dá nem para comentar o plot sem fugir da estranheza: Dawn, uma adolescente obcecada com a idéia de casar virgem, descobre que é diferente das demais garotas – a vagina dela tem dentes. É, isso aí.

Enfim, porque o filme é esquisito? Não, não é pela vagina com dentes, por incrível que pareça. Nem pela quantidade de pênis decepado que começa a aparecer após um certo ponto da história. Na realidade, é porque ele é todo irregular. Você não sabe se é comédia, se é horror, se é panfleto feminista. Poisé, panfleto feminista. Porque se Dawn consegue manter o “segredo” de sua anatomia, é porque todos que o conhecem é na base do estupro ou variantes do desrespeito sexual (até o básico “aposta com amigos”).

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Meu Primeiro Disco

Vi no [arte e vício] e no nerd-o-rama (e eles viram no eudiriaque, que eu não estou conseguindo acessar, nhóum 🙁 ). É tão divertido que já estou planejando fazer mais alguns, hehehe. Então, vamos ao passo-a-passo para você sacar a brincadeirinha:

1) Acesse http://en.wikipedia.org/wiki/Special:Random
O título da primeira página aleatória que aparecer será o nome da sua banda.

2) Clique em http://www.quotationspage.com/random.php3
As últimas quatro palavras da última frase da página formarão o título do seu disco.

3) E depois http://www.flickr.com/explore/interesting/7days/
A terceira foto, não importa qual seja, será a capa do seu disco.

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Nostalgia internética

Eu morri de rir vendo a imagem, mas eu acho que só fará algum sentido para aqueles desbravadores da internet, que passavam por aquele momento de tensão/angústia enquanto uma imagem carregava aos poucos por causa de velocidades impressionantes que modems de 36.600 kbps eram capazes de gerar. BTW, o meu era um de 36, mas raramente passava de 31.200. Já sacou o drama, né? Domingão eu vivia caindo, e ainda por cima só reconectava a 14.400. Oh, vida.

Ok, voltemos à imagem. Vocês terão que clicar no mítico Leia mais (eu tenho aqui minha teoria que só 10% dos leitores clicam nisso) para conferir. Não porque seja um castigo de teacher, na verdade é que eu realmente não curto imagens muito grandes no começo do post, acaba quebrando o padrão geral. Sim, sou neurótica.
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Versão Mística de “Umbrella”

“WTF?”, eu diria.

Até a próxima, pessoal!

(Desses caminhos estranhos da internetz, achei o link lá no site da MTV. Juro que não sei o que fazia lá.)

Animais no metrô

Calma, não vou falar sobre o mau comportamento das pessoas no metrô, até porque só andei de metrô uma vez na vida (e isso não quer dizer que sou chique e só ando de carro, mas que sou jeca e quase nunca saio de Curitiba mesmo). Enfim, então que saiu um daqueles sites engraçadinhos que não mudam a vida de ninguém mas aí você vê e pensa “Que bem sacado! Vou compartilhar com os leitores do meu blog!”, e os leitores não ficarão mais espertos, mas enfim, tudo por um segundo de uón. Seja lá o que for uón. Não estou muito articulada hoje.

Então, a história é assim: há 20 anos, Paul Middlewick estava lá, observando o mapa do metrô de Londres, viu um elefantinho na imagem. Antes de julgarmos Paul como um chapadão, vejam vocês mesmos como há de fato um elefantinho no mapa do metrô de Londres:

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Nasi e os Irmãos do Blues

Qualquer um que é minimamente ligado ao cenário musical brasileiro, mas especificamente do rock, está sabendo do bafafá que foi a saída do Nasi da banda Ira!. Ameaças com facas, processos de interdição e por aí vai – a coisa foi feia mesmo (mas niguém disse que separações são fáceis, certo?). Mas acredito que não cabe ao público definir quem é o certo ou o errado nessa história toda, nossa função é ouvir música – então vamos à música.

Na época que ainda estava no Ira! (láááá nos anos 90), o Nasi tinha um projeto muito bacana, conhecido como Nasi e os Irmãos do Blues (aahhh, agora você entendeu o título do post). O projeto é tão bacana, mas tão bacana, que dele saíram três álbuns e inúmeras participações em festivais de blues, o fato é que por mais que eu goste de Ira! devo dizer que Nasi e os Irmãos do Blues é bem melhor. As letras são inocentes e ao mesmo tempo irreverentes (você escuta coisas como “eu sou o gângster, o gângster do amor”, “quando olhas para mim quando está calor eu sinto frio” e outros versos desse naipe).

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Por que os livros são caros no Brasil?

O blog Hotel Terra lançou a mesma pergunta no último dia 22: Por que os livros são caros no Brasil? Eu sei que muita gente não dá a mínima para isso – e esse ‘não dar a mínima’ é uma das razões, ou talvez sintomas dos preços altos – mas de qualquer forma, eu como apaixonada por literatura vira e mexe faço essa pergunta, especialmente quando vejo chegando nas livrarias edições nem tão caprichadas que batem na casa dos 60 reais, o que independente de quanto você receba por mês, é muito caro.

A pergunta no Hotel Terra na verdade serve para abrir espaço para citar um blog de economia estrangeiro, que fez a mesma questão sobre os preços elevados dos livros por aqui. O Marginal Revolution tenta responder com quatro argumentos, embora para falar bem a verdade o primeiro já mata a charada: a maioria dos brasileiros não lê.

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Mais do Meia

Depois de uma quinta mexendo aqui, mexendo acolá, nosso site-blog-whatever está de cara nova e muito mais bacanudo. Claro que a “bacanice” da coisa toda está na logo que o Marco fez para nós (e que já estava no fórum do Meia Palavra). Enfim, a visitação tanto do fórum quanto do site-blog-whatever está aumentando, novos usuários estão aparecendo e eu devo dizer que quase seis meses depois de anunciar a chegada do Meia, fico mais do que orgulhosa ao ver o que ele virou.

Como sempre gosto de destacar, o que “ele virou” dependeu muito das pessoas que compraram a idéia e por lá ficaram, como a Ágata, a Rô, a Carol, o Pips, o Marco, o Bags, a Amelie, o Cabal, a Bel, a kuinzy, o Sky, o Fernando, a Gislene, o Ger, o Breno, o Rogério, o Tiago e o Ronzi (que está sumido, mas deu a maior força no começo) e outros tantos que mesmo que não com muita freqüência, aparecem para contribuir e fazer do Meia Palavra o que ele é.

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You’re using coconuts!

Estava dando uma olhada em um site sugerido lá no Objetos de Desejo, chamado Paizo. A loja virtual vende artigos relacionados com nerdices em geral, o que vai de dados negativos (alguém que joga rpg pode me explicar para que eles servem?) além de bonequinhos fofos inspirados em personagens que fazem parte do livro de ouro das referências nérdicas, entre eles Cthulhu e Monty Python.

Como boa fã do Monty Python que sou, fui dar uma olhada nos produtos baseados no filme Em Busca do Cálice Sagrado. Alguns são bem sacados, tipo o coelho-grampeador, e os bonequinhos do filme (incluindo o líder dos Cavaleiros que Dizem Ni). Mas aí eu vi uma foto de um item e eu TIVE que clicar para ver as informações do produto, porque não era possível. Não. Não por quase 14 dólares. O que era?

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George, Eric, Patti e eu.

Mais ou menos assim: você percebe que George era seu Beatle favorito, quando em uma aula com um exercício de listening contando brevemente a história envolvendo a composição de Something, Layla e Wonderful Tonight, você não só conhece a história toda como ainda faz um diagrama no quadro, toda empolgada, para explicar o que rolou.

Se você não conhece a história: George casa com Patti. George está apaixonado e compõe Something. George passa a não dar muita bola para Patti. Patti usa o amigão do George, Eric Clapton, para fazer ciúmes para o marido. Eric se apaixona por Patti. Patti não tem certeza se rola largar o bítou. Eric compõe Layla, música meio ‘piada interna’, que só a Patti sacou na época. Patti larga George e casa com Eric. Eric compõe Wonderful Tonight, porque fica todo orgulhoso da pequena que está pegando. Anos depois, Eric e Patti se divorciam. Pans.

Moral da história versão aula: Nada como o amor para inspirar grandes canções.