Por que os livros são caros no Brasil?

O blog Hotel Terra lançou a mesma pergunta no último dia 22: Por que os livros são caros no Brasil? Eu sei que muita gente não dá a mínima para isso – e esse ‘não dar a mínima’ é uma das razões, ou talvez sintomas dos preços altos – mas de qualquer forma, eu como apaixonada por literatura vira e mexe faço essa pergunta, especialmente quando vejo chegando nas livrarias edições nem tão caprichadas que batem na casa dos 60 reais, o que independente de quanto você receba por mês, é muito caro.

A pergunta no Hotel Terra na verdade serve para abrir espaço para citar um blog de economia estrangeiro, que fez a mesma questão sobre os preços elevados dos livros por aqui. O Marginal Revolution tenta responder com quatro argumentos, embora para falar bem a verdade o primeiro já mata a charada: a maioria dos brasileiros não lê.

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O Retorno da Revista MAD

Acabei de ler uma notícia no G1 falando que a Revista MAD voltará a ser publicada no Brasil, agora através da editora Panini. Na hora que li o título pensei “Ué, e em algum momento ela deixou de ser publicada?” Para minha surpresa, sim, desde 2006 ela não aparecia nas bancas. No final das contas, a falta de informação sobre o assunto é mais uma vez um sintoma de algo que está ficando cada vez mais comum: deixar de ler as revistas de papel para acompanhar notícias e artigos apenas pela internet.

Sobre o assunto o Sky já escreveu um ótimo post no blog dele, então voltemos à MAD. Pode parecer estranho, mas MAD é uma das minhas recordações mais fortes de infância no que diz respeito às revistas. Lembro que uma vez meu pai chegou em casa com um monte de MAD (e acho que depois meu irmão começou a comprar, não lembro bem, só sei que elas brotavam lá em casa) e aí me apaixonei.

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Não deixe que pensem por você

Quando estava lá no meu primeiro ano da escola de jornaleira (o único que cursei :mrpurple: ), lembro de um professor dizendo que a partir do momento que fizemos a matrícula, ler MUITOS (se possível TODOS) jornais e revistas seria fundamental. E eu tenho cá como hábito estar sempre atrás de notícias, em fontes variadas. Atualmente, é claro, acompanho a maioria dos periódicos pela web, mas também assino revistas como a Veja.

O negócio é: de uns tempos para cá ela está tão, mas TÃO exageradamente panfletária que parece ter esquecido algumas coisas que eu, com meu único ano de jornalismo, jamais esqueci. Não é questão de ser imparcial, porque todos sabem que a Veja não é imparcial – e nenhuma revista tem a obrigação de o ser, vide Carta Capital, por exemplo. Mas o que a Veja tem feito é um exemplo bizarro de mau jornalismo, conforme apontado por Luís Nassif: manipulação de informação, acusações com provas forjadas e por aí segue.

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Guimarães Rosa

Ontem chegou minha Bravo! de fevereiro, com o tio Rosa na capa. Eu já tinha achado bacana o fato de ter uma matéria sobre ele, mas eu nem imaginava qual seria. Abro a revista e vejo: trata-se da publicação de trechos do diário do escritor dos tempos em que ele esteve na Alemanha. Que tempos são esses, você me pergunta. Bom, nada mais nada menos do que a Segunda Guerra Mundial.

Para quem não sabe, nesta época Guimarães Rosa era cônsul-adjunto em Hamburgo. Foi mais ou menos isso que o meteu numa roubada de presenciar uma guerra, mas que por outro lado lhe rendeu uma segunda esposa. De qualquer forma, antes que me prolongue: corre para a banca e compre a Bravo. Não só pelos trechos do diário, mas pelo perfil do escritor, é aquele tipo de revista para ter guardada em casa.

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