Plim-plim

Propaganda cara-de-pau do Meia Palavra, mas vocês sabem, é um cantinho que me enche de orgulho e tudo o mais. Então, para quem perdeu, vamos lá:

  • Como aquecimento para a chegada do autor no Brasil, começamos a promoção “Conn Iggulden na Bienal”, que vai até dia 03/08. Se ainda não participou, ‘bora lá mandar email.
  • 10 Perguntas e Meia para Tony Belotto – siiiim, o Tony Belotto dos Titãs e dos livros do Bellini. Boa entrevista, vale a pena dar uma conferida. E fiquem espertos porque logo chega outro 10 Perguntas e Meia muito legal.
  • A lista de sugestões d’Os 14 Casais Fofos da Literatura que está rolando lá no Votorama MTV foi criada por membros do Fórum Meia Palavra. A enquete ficará aberta por mais 20 dias, e eu até sugeriria uma trollagem nérdica que tirasse Harry Potter e Crepúsculo das primeiras colocações, mas meeeh, deixa a rapaziada ser feliz.
  • E bem, aproveitando para deixar o convite: se tiver algum artigo que você queira publicar no Blog Meia Palavra, basta mandar um email para meiapalavra@meiapalavra.com.br. E se ainda não visitou o Fórum Meia Palavra, passa lá que no momento está rolando uma discussão bem legal sobre Cândido do Voltaire no Clube de Leitura.

True Blood S03E06: I Got a Right to Sing the Blues

Uou! Ca-ra-ca! Sabe aquele tipo de episódio que normalmente antecede o season finale? Um monte de coisa acontecendo ao mesmo tempo, algumas dessas deixando com aquele baita “ELES NÃO TERIAM CORAGEM DE FAZER ISSO!!!!!!!” estampado e por aí vai. Poisé. Foi assim o episódio que marcou o meio da terceira temporada de True Blood, I Got a Right to Sing the Blues (S03E06). Ok, claro que tem coisa para resolver ainda, mas em alguns casos fica a sensação que no próximo episódio já passam a régua, sério. E o post está obviamente cheio de spoilers como todos os que eu escrevo fazendo comentários sobre a série, mas nesse caso eu REALMENTE recomendo que só seja lido depois de ver o episódio em questão, porque… uou.

Lógico, tivemos lá alguns momentos meio bobinhos que não vão levar a nada muito importante (pelo menos não aparentemente), como a relação da Jessica com a Arlene (alguma dúvida que vão ficar amigas?) e de Lafayette com Jesus (fica mais por aquela de saber se Jesus está ali para algum golpe ou algo que o valha). Mas fora isso, era um evento mais importante do que outro, acho.

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Caro Emerald

Bom, eu adoro vocais femininos, isso eu sempre deixei bem claro por aqui. Gosto tanto que ontem trocando de canais aleatoriamente vi Sandy batucando e cantando no melhor estilo “divadampb” e pensei, uou, a menina cresceu e está até mandando bem. Sério. Enfim, pensando nisso eu acho que não é taaaaanta surpresa o fato de eu ter gostado tanto do som da holandesa Caro Emerald, apresentado há algumas semanas pelo meu irmão.

O álbum de lançamento (Deleted Scenes from the Cutting Room Floor) da moçoila foi oficialmente lançado em janeiro desse ano, e dá para dizer que fez sucesso suficiente para que até eu já tenha escutado, há. E é daqueles trabalhos gostosos, que você pode deixar tocando sem pular faixa alguma e pode até melhorar o seu humor em uma segunda de manhã, digamos assim.

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Diferentes leituras sobre um mesmo filme

Eu sei que muitas pessoas adoram listar as ‘n’ situações nas quais os livros são melhores do que os filmes, valendo-se sobretudo do argumento de que nada supera a imaginação. Mas a verdade é que tem algumas coisas que funcionam tanto para o cinema quanto para a literatura, e uma delas (e acredito que a mais legal) é a possibilidade de “ler”/”compreender” uma história de forma diferente. Enquanto todo mundo vê algo como “x”, aparece alguém e mostra um outro jeito de ver aquilo, o que às vezes pode até melhorar sua experiência.

O primeiro exemplo disso que tive com a telona foi com o filme Sinais, do Shyamalan. Ao contrário de muitas pessoas eu saí do cinema super animada com o que tinha assistido, adorei mesmo a tal da história dos ets (e juro que até hoje em dia nem dou bola para aquela coisa dos bichos vindo para um planeta que tinha quantidade absurda justamente do que poderia matá-los, hehe). Mas aí uns dias depois estava lá eu nerdiando na Fórum Valinor quando o Folco postou uma “teoria” sobre Sinais (que segue dentro de spoiler):

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2666: A parte de Amalfitano

Continuando a leitura de 2666 de Roberto Bolaño, terminei ontem à noite a segunda parte (A parte de Amalfitano). Para situar quem acabou de chegar, estou seguindo na direção contrária do que foi adotado pela família do autor (publicação do que seriam cinco livros em um só) e fazendo os comentários aos poucos, sempre antes de iniciar a parte seguinte. Minhas opiniões sobre a primeira parte (A parte dos críticos) você pode encontrar aqui.

Eu sei que em teoria estou lendo o livro tal e qual a qualquer um – até porque mal estou interrompendo a leitura. Por causa disso acho que as sensações que tive sobre A parte de Amalfitano não serão tão diferentes, talvez só os achismos sobre o que as outras três partes podem trazer, o que será até divertido de confirmar depois. A verdade é que se não fosse a já familiar dificuldade para ler o catatau na cama, fiquei em alguns momentos com a impressão que tratava-se de um outro livro.

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True Blood S03E05: Trouble

E então com Trouble (S03E05) eu acho que já dá para dizer que a terceira temporada de True Blood está sendo a melhor de todas. Porque a primeira eu acho que errava em carregar demais na parte do sexo (reclamação da maioria que acabou desistindo de acompanhar a série pela metade da temporada) e a segunda… bem, vocês sabem minha opinião sobre aquele plot idiota da Menade. Mas a terceira está ótima – o sexo está lá, mas não é de forma gratuita como eram as cenas do Jason do primeiro ano. O plot dos lobisomens está se mostrando bem interessante e conectando muito bem as personagens. E iéééé, a Tara passa a maior parte do tempo calada.

Brincadeiras à parte, acho que Trouble veio recheado daqueles momentos que fazem a série valer a pena, por coincidência sempre conduzidos pelas personagens secundárias. Nada especialmente contra as principais, mas convenhamos, quem roubou o show nesse episódio foram personagens como Franklin Mott, Talbot e Russell.

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Tesis (1996)

A primeira vez que ouvi falar de Alejandro Amenábar foi ali para o final de 2001, com a chegada de Os Outros no cinema. Lembro que nas ‘n’ reportagens que li elogiando o trabalho dele como diretor e roteirista, mencionavam também o Abre Los Ojos, que depois de um acordo com Tom Cruise ganhou a versão hollywoodiana Vanilla Sky. Mas aquela coisa, salvo raríssimos casos (como o Tarantino), não sou exatamente macaca de auditório de diretor e não costumo sair correndo atrás de qualquer coisa que tenha seu nome, por isso foi uma baita surpresa quando após terminar o thriller Tesis (1996), descobri que era um filme de com roteiro e direção de Amenábar.

Suspense bem bacana, o que aliás me levou a pensar o que aconteceu com filmes como esse. Lembro que na década de 90 pipocaram vários filmes do gênero, e alguns acima da média como Cova Rasa e Seven. E agora você consegue contar nos dedos os suspenses que não tenham necessariamente qualquer relação com o sobrenatural ou que bom, que sejam realmente aqueles que valem a pena assistir, como foi o caso de Tesis.

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2666: A parte dos críticos

A tradução de Eduardo Brandão para 2666 do escritor chileno Roberto Bolaño é, sem dúvida, um dos maiores lançamentos literários aqui no Brasil em 2010. E por maiores não falo apenas da importância do acesso ao texto em português, mas também ao tamanho do catatau publicado pela Companhia das Letras: 856 páginas, adotando a decisão da família de Bolaño em não dividir 2666 em cinco partes como sugerido pelo escritor para facilitar o sustento dos filhos quando morresse. A obra foi publicada mais de um ano após sua morte, mas, como garante Ignacio Echevarría em nota à primeira edição, “o romance se aproxima muito do objetivo que ele traçou”.

E eu sei que para muitos fãs de Bolaño (e de 2666) eu provavelmente estarei cometendo uma heresia, mas decidi seguir o caminho oposto da família, e comentar o livro por partes, publicando os comentários  sempre antes de iniciar a leitura da parte seguinte. E para começar, vamos de A parte dos críticos, primeira parte de 2666. Acredito ser importante destacar aqui que estou tentando ler o mínimo possível sobre o livro para não estragar a experiência, e que muito do que falar agora eu posso contrariar em textos futuros. Mas bem, qual é a graça de se ler uma obra sem participar da brincadeira da adivinhação do que está por vir?

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True Blood S03E04: 9 Crimes

Ok, o bom é que a pausa foi de uma semana só, nada daquela coisa de ficar quase um mês sem episódio novo, que acaba quebrando todo o ritmo da série que você está acompanhando. E True Blood continua em ritmo aceleradíssimo, beeeeem diferente do que foi a segunda temporada na qual tivemos MUITA encheção de linguiça para chegarmos “ao que interessa” nos últimos episódios. A história principal está sendo bem montada, as personagens estão todas interligadas sob a mesma trama, no final das contas. E isso está funcionando muito bem.

A começar pelo Bill, que sempre achei ser meio deixado de lado nos plots anteriores. Entendam: é lógico que ele é importante, ele é o parzinho da protagonista e blablabla. Mas não tinha nada nele como personagem que você pensasse “Uou, foda!” como é possível com poucos minutos da Pam na tela, ou mesmo com o Godric na temporada passada. A história de aceitar o convite de Russel e ficar no Mississipi está dando novas cores para a personagem, que está mais complexa e bem mais interessante.

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Louras Zumbis (Brian James)

Já vão aí uns dois anos em que o que mais se tem visto sobre lançamentos para o público jovem são histórias de amor entre uma garota e alguma figura sobrenatural (o segundo normalmente sendo vampiro, certo?). A fórmula básica se repete exaustivamente, com pequenas variações que não chegam a de fato fazer diferença porque no fim é tudo sobre o sujeito diferentão que atrai a menina para sua vida, que apresenta supostos perigos. No final das contas, quem ainda busca esses livros atrás de diversão acaba se desapontando e simplesmente deixando de lado títulos novos, pensando que será mais do mesmo.

E é por isso que li com certo alívio Louras Zumbis, de Brian James lançado aqui no Brasil pela Galera Record. Quando fiquei sabendo sobre o título, pensei que lá vinha outra história com uma heroína desajeitada perdidamente apaixonada, só que dessa vez por um zumbi. Bem, as coisas são diferentes com Louras Zumbis, porque não se trata de um livro romântico, mas de ação (ou, sendo mais específica, de horror). Continue lendo “Louras Zumbis (Brian James)”