Retrato de um Assassino

Eu tenho certeza que já comentei aqui sobre minha angústia como leitora: aquela coisa de não importar o quanto eu leia, eu nunca lerei todos os livros do mundo e por consequência nunca saberei o que estou perdendo. Para filmes a sensação é mais leve, mas volta e meia eu me dou conta de que se fosse depender de assistir só o que sai nos cinemas, eu provavelmente perderia MUITA coisa e às vezes não necessariamente boas, mas no mínimo interessantes.

Veja o caso de Retrato de um Assassino (Henry: Portrait of a Serial Killer) que vi ontem à noite. Nunca tinha ouvido falar. Minhas referências de filmes com assassinos seriais ficavam ali entre Assassinos Por Natureza e Aconteceu perto de sua casa e provavelmente continuariam assim se eu não tivesse cruzado com esse. Enfim, não é exatamente uma experiência que vá mudar minha vida, mas é o tipo de situação que me faz lembrar que tem muito mais por aí, argh.

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Burnt Offerings (Laurell K. Hamilton)

Então que tem aí uns dois anos que estou lendo livros de vampiros para cá, livros de vampiro para lá. Eles parecem ter em comum mais do que os dentuços. Eles costumam vir em séries também. E o público-alvo é quase sempre a mulherada. Pode reparar aí: Crepúsculo, Vampire Diaries, Vampire Academy, The Southern Vampire Mysteries (que deram origem ao True Blood)… Enfim, dessa patota toda, o que eu achava que tinha mais chances de agradar também a macharada era a série Anita Blake.

Aquela coisa: não focava tanto na melação das relações da protagonistas com sujeitos perfeitos mas em crimes envolvendo o sobrenatural, já que Anita é uma necromancer que ajuda a polícia em investigações envolvendo vampiros, ghouls, lobisomens, etc. E a coisa funciona porque Anita por si só não tem nada a ver com as “mocinhas em perigo” das demais séries, que acabam sempre tendo que ser protegidas pelos vampirões que amam e blablabla. Anita é forte, independente e gosta de manter-se assim. A narrativa em primeira pessoa ajuda também na construção da personalidade da protagonista, incluindo elementos legais como o senso de humor cáustico e a visão dela sobre o que seriam “os monstros”.

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Horror espanhol

Então que segui a sugestão do Jedan e assisti Quem pode matar uma criança? (no original, ¿Quién puede matar a un niño?). Eu não vou escrever um post dizendo que estou surpresa, porque a verdade é que há muito que tenho percebido o quanto eles mandam bem quando o assunto é horror. Vocês sabem, um dos meus filmes favoritos é uma produção hispano-mexicana, A Espinha do Diabo. E tem pouco tempo chegou [REC], que até ganhou uma versão americana, por exemplo.

Enfim, não foi surpresa. Mas ao mesmo tempo, Quem pode matar uma criança? surpreende pelo modo como lida com a ideia de horror. O filme é de 1976 e começa com uma sequência de trechos de documentários e reportagens mostrando guerras e as consequências dessas para as crianças. Muda então para um casal em férias que decide visitar uma pequena ilha na região, e quando chegam lá descobrem que não há adultos no lugar.

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True Blood S03E02: Beautifully Broken

Tá lá, no final das contas foi como eu tinha comentado sobre o primeiro episódio da terceira temporada: ele apresentava o tabuleiro. Agora com o segundo (Beautifully Broken) o que vemos é a apresentação das peças do jogo (ou pelo menos de grande parte delas). Acho legal que eles não estejam se apressando para colocar tudo em um episódio só, até porque esse tipo de pressa normalmente não funciona e deixa os episódios do meio como pura encheção de linguiça (como foi na temporada passada). Por outro lado, eu achei Beautifully Broken um pouco morno (inclusive comparado com todas as cenas mais quentes do episódio anterior, há).

Teve ótimos momentos, como a conversa entre Jessica e Pam. Ok, convenhamos que com as duas qualquer cena vira um “ótimo momento”, mas de qualquer forma, vale a pena destacar. E tem o Terry, que eu tinha esquecido de comentar no post anterior. Adoro essa personagem. Era quase um figurante, mas foi ganhando espaço cada vez mais como o veterano de guerra maluco, me parto de rir com a falta de jeito dele de lidar com gente (como quando quer dizer para Sookie que gosta dela).

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The Vampire Diaries (Primeira Temporada)

Então que há dois anos os vampiros começaram a pipocar aqui e acolá e todo mundo queria tirar um teco do bolo assado pela dona Stephenie Meyer. A coisa não mudou muito de figura no campo da literatura (agora a moda é “romance sobrenatural” para “jovens adultos,” envolvendo zumbis, fantasmas, anjos, leprechauns e o escambau), mas nas séries de tv as fatias esse ano ficaram ali entre True Blood e The Vampire Diaries. Aquela coisa: pouco tem em comum, sobretudo o público alvo, mas no intervalo de uma a outra serve para tapar buraco, e aí quando você percebe já está acompanhando a história.

No caso de The Vampire Diaries, os primeiros episódios eram um tanto fracos. Meio que culpa do fato de que já chegou vendendo a ideia de que a protagonista ficaria dividida entre o amor de dois vampiros. O vampiro “do bem” até que foi conquistando bem o espaço na série, mas o “do mal” que tinha tudo para ser a personagem mais legal, era só irritante, sem uma boa motivação. Enfim, deixei a série lá no modo de espera e acabei só terminando de ver agora a primeira temporada.

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Exam (2009)

Se você passar os olhos na sinopse, até pensa que é tipo O Aprendiz ou algum reality show do gênero. Oito pessoas (quatro homens e quatro mulheres) chegam na última fase de um processo de seleção do que seria um emprego imperdível. Eles estão todos acomodados em uma sala sem janelas, onde resolverão uma “prova”. A “prova” é responder uma pergunta em oitenta minutos, sem rasurar o papel, sem sair da sala, sem falar com o guarda ou com o fiscal de prova. Quem não respeitasse uma dessas regras estaria automaticamente eliminado.

E então você pensa “ok, o que pode sair de interessante disso?”. Bom, o negócio é que no momento que eles abrem a prova, reparam em um pequeno detalhe: não há pergunta. O verso do papel está em branco, constando apenas o número de cada um deles para identificá-los. Uma das mulheres sob stress resolve escrever na folha “Eu acho que mereço ser contratada…” e mal escreve, o guarda a retira da sala por rasurar o papel de prova.

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Trilha sonora de propagandas

Eu já comentei aleatoriamente sobre algumas aqui, mas não lembro de ter reunido em um post só. Mas sabe, uma das coisas que mais gosto nas propagandas (fora quando elas são criativas e bacanas ehehe) é a trilha sonora. Tem música que eu só fico conhecendo porque um sujeito resolveu que ela ficava bem tocando no fundo de um comercial de carro, calça jeans ou bebida. Enfim, o fato é que algumas vezes a música é tão legal, mas tão legal que você acaba até cantarolando por aí sem perceber, logo depois que vi a propaganda.

E pensando justamente nessas músicas que quase fazem a gente esquecer qual é o produto que está sendo vendido (há!) que resolvi fazer esse TOP5. Antes de mais nada, uma dica: se gostou de algum video, vai lá no KeepVid e baixa, porque eu não dou nem dois meses para esse material sumir, sabe como é. E bem, eu provavelmente esqueci de muita coisa bacana, mas sabe como é, listas são assim. Então vamos ao…

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Festa estranha com gente esquisita

Eu era até bem tolerante sobre filmes de terror, pensava assim “ok, você sabe que está vendo algo que serve para se divertir, então não vá cobrar genialidade do entretenimento”. Mas depois de uma série de filmes maizomeno eu fico pensando aqui, se as boas opções estão se esgotando ou se os hormônios zoados da gravidez estão esculhambando meu gosto para filmes, não só comida. Não é que eu tenha odiado, mas faz tempo que não vejo um filme e me empolgo um monte pensando “Uou, tenho que indicar esse para um amigo”.

Enfim, vamos a um esquema meio pá-pum, checando o que vi até o momento. Eu queria fazer uma menção honrosa ao Valhalla Rising, que embora não seja de terror é tão bizarro que quase parece um. Lembrei na hora da imagem que eu tinha de filme europeu antes de começar a assisti-los, era exatamente aquilo, hehe. Mas ok, vamos à lista.

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True Blood S03E01: Bad Blood

Depois de uma espera com campanha de publicidade bem bacana, incluindo a ideia de minisodes, eis que True Blood finalmente volta para a terceira temporada com o episódio Bad Blood. Aquela coisa: não dá para dizer muito sobre toda a temporada baseado-se apenas em um episódio, mas a primeira sensação que tive é que voltaram a apelar para o sexo como acontecia na primeira temporada. Algumas situações tinham alguma coisa a ver com a história mas outras foram colocadas de forma desnecessária. Ok que envolvia Eric, mas qualé, eu meio que já passei da idade para ficar empolgada com uma cena só porque mostrava a derrière de um ator gostosão.

De qualquer modo, não é nada que tenha estragado o episódio, que foi até bem legal. Situou bem as personagens e conseguiu dar conta da tarefa de ligar o final da segunda temporada com as novas situações que estão para acontecer agora na terceira. Talvez a única coisa chata mesmo continue sendo a Tara, mas vá lá, já vi tanta gente elogiando a personagem que estou achando que é invocação só minha.

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