Tesis (1996)

A primeira vez que ouvi falar de Alejandro Amenábar foi ali para o final de 2001, com a chegada de Os Outros no cinema. Lembro que nas ‘n’ reportagens que li elogiando o trabalho dele como diretor e roteirista, mencionavam também o Abre Los Ojos, que depois de um acordo com Tom Cruise ganhou a versão hollywoodiana Vanilla Sky. Mas aquela coisa, salvo raríssimos casos (como o Tarantino), não sou exatamente macaca de auditório de diretor e não costumo sair correndo atrás de qualquer coisa que tenha seu nome, por isso foi uma baita surpresa quando após terminar o thriller Tesis (1996), descobri que era um filme de com roteiro e direção de Amenábar.

Suspense bem bacana, o que aliás me levou a pensar o que aconteceu com filmes como esse. Lembro que na década de 90 pipocaram vários filmes do gênero, e alguns acima da média como Cova Rasa e Seven. E agora você consegue contar nos dedos os suspenses que não tenham necessariamente qualquer relação com o sobrenatural ou que bom, que sejam realmente aqueles que valem a pena assistir, como foi o caso de Tesis.

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Horror espanhol

Então que segui a sugestão do Jedan e assisti Quem pode matar uma criança? (no original, ¿Quién puede matar a un niño?). Eu não vou escrever um post dizendo que estou surpresa, porque a verdade é que há muito que tenho percebido o quanto eles mandam bem quando o assunto é horror. Vocês sabem, um dos meus filmes favoritos é uma produção hispano-mexicana, A Espinha do Diabo. E tem pouco tempo chegou [REC], que até ganhou uma versão americana, por exemplo.

Enfim, não foi surpresa. Mas ao mesmo tempo, Quem pode matar uma criança? surpreende pelo modo como lida com a ideia de horror. O filme é de 1976 e começa com uma sequência de trechos de documentários e reportagens mostrando guerras e as consequências dessas para as crianças. Muda então para um casal em férias que decide visitar uma pequena ilha na região, e quando chegam lá descobrem que não há adultos no lugar.

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A Hora Negra

Depois de [REC] resolvi investir algum tempo no cinema de terror em espanhol – o problema é que não é bem o tipo de coisa que basta só decidir, né? Tem que procurar e tudo o mais. Mas eis que tive a sorte de encontrar mais um suposto filme de terror Made in Spain, chamado por aqui de A Hora Negra (e lá de “La Hora Fría“). É tão bom quanto [REC]? Não. Vale a pena ver? Sim.

O problema de A Hora Negra é que é o tipo de filme que quanto menos você sabe sobre ele, melhor. E é um tanto difícil convencer alguém a ver um filme sem saber o que virá pela frente. Mas acreditem, eu teria gostado muito mais da história se eu não tivesse lido uma sinopse antes. Até porque a sinopse falava de zumbis, e meu zumbidar apitou (e até por isso que quis assistir ao filme), mas ele não é exatamente um filme de zumbi.

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