A Rede Social

Acho tão triste quando vejo um filme que é todo redondinho, perfeito mas que simplesmente não me agrada da forma que deveria. Lembro de A Rainha, por exemplo, e Frost/Nixon. E agora coloco na galeria A Rede Social, de David Fincher. Talvez o maior problema nesse caso seja a personagem principal (Mark Zuckerberg) que não tem carisma algum. Aquela coisa, eu adoro personagem escroto, mas gente que, como a mocinha comenta mais para o fim “se esforça para ser escrota”, ahhh… não é tão legal assim.

Ele é desde o início retratado como um egoísta obcecado com uma ideia, ao ponto de não enxergar nada ao redor. E como é desde o começo, você meio que desde o começo quer mais é que ele se ferre. Mas as personagens que vão cruzando seu caminho também têm lá seu defeito: são fracas. Tão fracas ao ponto de você também não se importar (código de honra de Harvard? WTF?!).

Continue lendo “A Rede Social”

Cisne Negro

Ahááá, finalmente consegui assistir a algum filme após o nascimento do Arthur. Eeeeeeeee, viva o/ Comemorações à parte, o fato é que eu escolhi mal. Não que Cisne Negro seja ruim (está beeem longe de ser, diga-se de passagem), mas é que é um filme cuja trilha sonora e imagens são tão poderosas que é quase um pecado vê-lo em casa, tenho certeza que no cinema teria provocado ainda mais reações em mim. Então desde já eu deixo a dica: se está curioso sobre o filme, aguenta as pontas e deixa chegar nas telonas (aqui no Brasil a data de estreia está marcada para fevereiro), porque valerá MUITO a pena.

O enredo é até bem simples, se for pensar bem. O importante do filme é o modo como ele é conduzido, quase como um balé mesmo – e se essa sensação foi inspirada em mim, que não sou muito fã de dança, imagina de quem gosta. Temos Nina (Natalie Portman), uma bailarina desesperada para ser reconhecida como uma estrela. Ela vê sua chance chegar quando o diretor da companhia de balé procura por uma nova Swan Queen (Cisne Rainha) para sua montagem de O Lago dos Cisnes.

Continue lendo “Cisne Negro”

Histórias de Natal

Natal? Agora, Anica? Sim, eu sei que é dia 27. Mas eu estou caradepaumente copiando um post que coloquei no Meia Palavra no dia 25/12, só porque não gosto de deixar o blog sem atualização por muito tempo (e nesta semana estranha entre o natal e o ano novo a tendência é que ele fique às moscas mesmo). O original você pode conferir aqui.

É quase um top5 de histórias com Natal como pano de fundo. Quase top5 porque são cinco mas elas estão organizadas de forma aleatória, e não de favoritismo (como acontece com os top5). Aproveito e já deixo o espaço aberto aqui: você lembra de alguma história com ano novo como pano de fundo? Não consigo pensar em nada agora, fora Harry& Sally (mas aí já é cinema). Se você lembrar, comenta aí e refresque minha memória, hehe.

Continue lendo “Histórias de Natal”

That 2000’s Show

Achei bem legal, charge de Mario César representando elementos da cultura pop da década que passou. Eu não consegui reconhecer algumas, acho queminhas referências não são mais tão mudernosas. Qualé da moça de guarda-chuva, a de casaco de oncinha e a outra de verde bebendo algo de canudinho? O_o

(clique na imagem para ampliá-la)

Mais do Mario César aqui.

Supernatural, o Anime

Eu sei que estou bem atrasada com minhas séries, mas pretendo colocá-las em dia em breve. Só que quando vi o video que o @mathlfreg postou no twitter, eu tive que vir aqui para compartilhar. Eu já sabia sobre esta versão anime do Supernatural, mas ver o trailer é algo completamente diferente. Deu vontade de assistir, mesmo já sabendo o que acontece em alguns episódios hehe

Para quem ficou curioso, aqui tem uma lista dos 12 episódios do anime, alguns são remakes da série de tv mas outros são originais. A saber, o Sam ficou ótimo em versão anime, mas o Dean não, blé! Nem Papa Winchester. Humft. Enfim, segue aí o trailer completo (em japonês):

Top5 livros em 2010

E como eu adoro tradições, e mais ainda este clima de retrospectiva que impera no final do ano, vamos lá para o top5 de leituras de 2010. Fiz em 2007, 2008 e 2009, e no caso desta lista vale qualquer coisa lida durante o ano, não necessariamente livros que foram lançados agora. 2010 teve pouco daquelas paixões arrebatadoras, o que não significa que não tive meus bons momentos de leitura. Menos brasileiros este ano, o que me deixou com vontade de estipular como meta para 2011 ler mais do que é feito aqui. Vamos ver se eu cumpro isso, hehe.

O começo do ano foi bem devagar, até porque estava trabalhando. Agora com a licença maternidade meu ritmo de leitura subiu um monte, e a maioria dos livros do top5 são, talvez por coincidência, da segunda metade de 2010. Segue então meu top5, lembrando que os links nos títulos levam para os posts que publiquei sobre os livros.

Continue lendo “Top5 livros em 2010”

Melhores filmes de 2010

A verdade é que este ano estou fazendo a lista apenas para manter a tradição. Desde a semana do nascimento do Arthur eu não assisti mais nadica de nada, e a lista de melhores de 2010 ficou bem chinfrim e, o que é pior, o melhor filme que eu assisti este ano não entra nela porque minha lista tem lá as firulas de que só valem filmes que foram lançados em território nacional.

De qualquer modo, seguem aí os links para as listas dos outros anos – eu faço isto desde 2004, então acho que dá para entender porque estou querendo manter a tradição mesmo com poucos filmes, hehe. Tem listas de 2004, 2005, 2006, 2007, 2008 e 2009. O favorito ainda é 2004, vamos ver se de repente 2011 me surpreende, né? Vai a lista 2010 aí então:

Continue lendo “Melhores filmes de 2010”

Ficção de Polpa Vol.1 (Vários)

Antes de tudo uma história para ilustrar. Há uns anos fui assistir uma adaptação de Sonhos de uma noite de verão da FAP, dita como releitura modernizada. Esperei bastante para contar essa última parte para meu marido porque sabia que ele não iria gostar muito disso, e resolvi que o melhor momento era já no meio do caminho para o teatro. A resposta dele foi um “Ah, não, vão colocar um Puck repentista na peça!”. Não, não colocaram. A peça foi excelente mas isso não vem ao caso. O que importa disso é um sintoma da criação artística no Brasil: esta necessidade de colocar as ditas “cores” nacionais em tudo que se faz, como se apenas isso validasse o que foi criado como algo “brasileiro”.

Ficção de Polpa da Não Editora chega justamente para desmentir essa ideia. Ao convidar vários escritores para formar a coletânea, a proposta segundo (Samir Machado de Machado na introdução) era esta: criar um conto de ficção científica, fantasia ou horror com completa liberdade temática. E os autores souberam aproveitar essa liberdade sem usar o conto como “meio” para apresentar brasilidades, eles fazem ficção brasileira, e de qualidade – sem a artificialidade de elementos inclusos única e exclusivamente para dizer que bem, é ficção feita no Brasil. Continue lendo “Ficção de Polpa Vol.1 (Vários)”