Bibliotecas no cinema

Sim, normalmente elas são só parte do cenário, não tem grande relevância para a história em si, mas mesmo assim estão lá: as bibliotecas. Sejam as grandes bibliotecas públicas ou as confortáveis bibliotecas pessoais, o fato é que algumas ganharam um lugarzinho especial na minha memória, seja por serem belíssimas, seja porque a cena em que elas estavam presentes eram marcantes. E foi por causa disso que resolvi fazer aqui um top5 unindo duas coisas que adoro: livros e filmes. Vamos então para o meu…

TOP 5 CENAS EM BIBLIOTECAS!

5. Três formas de amar (Threesome, 1994)

Eu acho que o filme nem é assim tão imperdível (lembro de ter gostado, mas assisti apenas uma vez), mas é engraçado como anos e anos depois ainda lembro da garota dando uma de Sally na biblioteca da faculdade, é uma cena bem marcante, no final das contas. Sobre o filme, vale se você de alguma forma estiver sentido saudades dos anos 90, porque ele é a cara dessa década (a começar pela trilha sonora).

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Top5: Novelas

Não, eu não vou falar de novelas da tv, até porque eu acho que a última que assisti do começo ao fim foi A Usurpadora.  Negócio é que notei que volta e meia falo sobre novela (em literatura) e aí fico sentindo falta de um linkezinho que traga uma (tentativa de) explicação sobre o que é novela e alguns exemplos disso. Então veio uma ideia de voltar para o bom e velho top5 do Hellfire, trazendo uma seleção com minhas novelas favoritas, ieiii! Ok, primeiro as (tentativas de) explicações. Normalmente as pessoas resumem toda a lenga lenga em “Novela é um texto mais longo que um conto, porém mais curto do que um romance”. Você já deve ter lido isso por aí, inclusive no Hellfire mesmo. O negócio é que é um tanto chato fazer uma definição que vá além disso, porque na realidade: 1) ninguém liga para esses detalhes, e aí todo mundo prefere dividir entre curto (conto) e longo (romance); 2) editoras e autores também não facilitam o trabalho, já que às vezes chamam de conto o que é novela, e de romance o que é novela e 3) a definição curtinha até que é boa, no final das contas.

Traçando um paralelo, romances seriam 11.

Mas tudo bem, vamos aos detalhes. Há quem diga que novela seja um texto que tenha algo entre 20 ou 40 mil palavras, o que é só uma versão com números da definição curta, se você for pensar bem. Negócio é que há concursos literários que premiam contos e novelas, e aí a diferenciação entre categorias fica justamente por conta do número de palavras, caso do Prêmio Nebula, que premia além de  roteiros, também contos, novelas, noveletas (sim, a coisa complica) e romances, levando em consideração o número de palavras. O conto, por exemplo, tem menos de 7.500 palavras, se tiver pouco mais do que isso já é noveleta. Continue lendo “Top5: Novelas”

Top5 livros em 2010

E como eu adoro tradições, e mais ainda este clima de retrospectiva que impera no final do ano, vamos lá para o top5 de leituras de 2010. Fiz em 2007, 2008 e 2009, e no caso desta lista vale qualquer coisa lida durante o ano, não necessariamente livros que foram lançados agora. 2010 teve pouco daquelas paixões arrebatadoras, o que não significa que não tive meus bons momentos de leitura. Menos brasileiros este ano, o que me deixou com vontade de estipular como meta para 2011 ler mais do que é feito aqui. Vamos ver se eu cumpro isso, hehe.

O começo do ano foi bem devagar, até porque estava trabalhando. Agora com a licença maternidade meu ritmo de leitura subiu um monte, e a maioria dos livros do top5 são, talvez por coincidência, da segunda metade de 2010. Segue então meu top5, lembrando que os links nos títulos levam para os posts que publiquei sobre os livros.

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Bonequinha de Luxo (Truman Capote)

Sei que devemos muito à Audrey Hepburn por imortalizar a imagem de Holly Golightly em frente à joalheria Tiffany’s no filme Bonequinha de Luxo (1961). Mas é só depois de terminar a novela escrita por Truman Capote que você se dá conta que a personagem era na realidade um presente para a atriz, porque ela já vem pronta: arrebatadora, cativante. Página após página o narrador, visivelmente apaixonado pela moça, a apresenta para o leitor de modo que é impossível terminar a história não amando Holly Golightly.

São pequenas manias (como coçar o nariz quando sua privacidade é invadida), o jeito tagarela, inocente e ao mesmo tempo esperto, sonhador e calculista. Não dá para explicar. É uma combinação de elementos que prendem ao leitor da novela porque ele quer mais Holly, saber mais dela. Dia desses ao falar de Amuleto (Roberto Bolaño) comentei sobre a dificuldade de um homem escrever uma personagem feminina e de como eram raros os que conseguiam fazer isso sem cair em clichês. Pois bem, coloquem Capote na lista. Holly é a personagem feminina mais encantadora da qual tenho lembrança. Continue lendo “Bonequinha de Luxo (Truman Capote)”