Bittersweets

E depois dizem que nós nerdzinhos não sabemos como rir de nossas próprias desgraças, né? Dia dos namorados estrangeiro chegando e o ThinkGeek começa a vender balinhas em formato de coração com mensagens singelas como “Sinto saudades do meu ex“, “Nós tínhamos planos“, “Devolva meus CDs“, “Usei você por diversão“, “PS: Eu me amo“, etc. Para aqueles que foram rejeitados ou que estão dando um pé na bunda de alguém. Olha que gracinha:

É por essas e por outras que sempre digo que inteligência e senso de humor andam juntos…

O blog é show de bola, sim senhora!

Então que na quinta-feira passada o Diego lá do Riffs & Solos indicou o Hellfire no Esse blog é Show de Bola e É um blog muito bom sim senhora e eu fiquei toda boba e lisonjeada, porque foi no mesmo dia que o Bagrong do 42 escreveu um post bem cute falando de vários blogs e não só incluiu o Hellfire, mas como falou do meu novo xodó, o Meia Palavra. Então, agradeço a gentileza de ambos e agora continuo a brincadeira do Diego indicando outros três blogs para participarem.

Só que desta vez vou inovar um tico e sair dos meus favoritos (como o Covil, Confessions, Eu diria que… etc.) e vou indicar alguns que chegaram recentemente na minha lista de favoritos (o que não significa que são novos, é claro). Crianças, se forem indicados, não estraguem a brincadeira e indiquem vocês também, viu?

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Rapidinhas (porque eu tenho que trabalhar!)

johnnydepp.jpgEu tenho noção que nasci na época errada quando o assunto é música no momento que a “grande volta” aos palcos não é Led ou algo do gênero. A única banda que acompanhei desde o começo e agora estou vendo notícias um retorno, é o New Kids on the Block
. Ô mãe, eu poderia ter nascido uns dez anos antes e as músicas do meu tempo não seriam tão vergonhosas, né?

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Sweeney Todd foi minha maior decepção sobre qualquer filme do Tim Burton. Juro. Não é um filme horrível, aliás, muito pelo contrário: ali o Burton leva ao extremo a habilidade de criar mundos oníricos. A Londres de Sweeney é a Londres que muitos fãs de literatura vitoriana já devem ter imaginado, mas com o cinza imperando. E o contraste com o vermelho do sangue dá um efeito muito legal. Mas sério, tinha momentos que eu já dizia: PELAMORDEDEUS, NÃO CANTA! Ao contrário de musicais como Chicago, aqui as músicas não são boas.

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Senhores do crime (Eastern Promises)

Então que na última terça saiu a lista dos indicados para o Oscar e eu senti falta do Russel Crowe pelo Ben Wade de Os Indomáveis lá. Acho que por isso fiquei ainda mais curiosa sobre cada um dos filmes cujos atores principais foram indicados. E está aí a razão pela qual ontem quis assistir Senhores do crime, sem ter lido nada do filme (o que é bem atípico no meu caso, devo dizer).

E tornando uma longa história curta, o fato é que tive mais uma ótima surpresa. Senhores do crime é um daqueles filmes que te fisgam desde o começo, apresentando personagens de uma maneira que parece óbvia para então nos lembrar da complexidade da personalidade de cada um. É aí que o filme ganha pontos extras: porque ao te fazer acreditar que você já sabe como determinada personagem se comportaria, vem um fato que derruba sua certeza e o obriga a refazer a imagem da personagem. E isso do começo até o fim.

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O Amante (Marguerite Duras)

A Cosac & Naify já tem fama de lançar obras caprichadíssimas, daquelas tão lindas, lindas, lindas que não basta só ler o livro, você quer TER o livro também. É esperto da parte deles, claro. O chato é que a esperteza custa dinheiro, né. Por exemplo: foi lançada recentemente a coleção “Mulheres Modernistas”, com obras de Karen Blixen, Virginia Woolf, Katherine Mansfield e Marguerite Duras. A coleção completa (com sete livros) vem dentro de uma sacola féchion, e custa por aí nada mais nada menos 295 reais.

É, 295. Mas por sorte, você pode adquirir os livros separadamente, o que já alivia um pouco as coisas. E por sorte minha ( :mrpurple: ), ganhei de presente de aniversário do Lira e da Giorgia O Amante, da Marguerite Duras livro que simplesmente devorei (e pelo qual estou apaixonada, vale dizer).

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Heath Ledger e indagações

Ontem à noite quando vi a notícia da morte do Heath Ledger1 (que saiu do esquema ‘gatinhos das adolescentes’ com filmes como Brokeback Mountain) confesso que fiquei tão surpresa quanto ficaria se anunciassem que um OVNI apareceu aqui em Curitiba.

Pessoas talentosas, bonitas, vivendo um bom momento na carreira profissional e especialmente JOVENS como ele, não deveriam morrer. Não é natural (embora saibamos que sim, é). Ver a imagem da polícia retirando o corpo dele do prédio é aquele tapa na cara que nos faz lembrar que mortais somos todos nós.

Mas enquanto você ainda está pensando sobre esse tipo de coisa, aparece em uma notícia de jornal que um grupo homofóbico anunciou que fará piquete no enterro do ator. Se homofobia já é patética por si só, não respeitar um momento como esse porque o cara INTERPRETOU uma personagem gay, beira ao absurdo.

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  1. Bastante gente ficou preocupada sobre como ficaria o filme Batman, especialmente porque Ledger interpreta “O” Coringa. A produtora já anunciou para geral que a morte dele não influirá em nada, uma vez que eles já tinham terminado de gravar o filme. Eu tenho certeza que será uma das experiências mais bizarras que terei no cinema 

Para rir

Eu não sei sobre vocês, mas no meu caso “rir da própria desgraça” quando o “própria” se refere à nação, e não ao indivíduo, fico aqui achando que somos meio bocós. Não estou dizendo que deveríamos nos enforcar no pé de tomate mais próximo, mas esse negócio de ficar fazendo piada do que estamos vivendo no Brasil atualmente talvez alivie um pouco as coisas. Tínhamos mais é que resmungar, reclamar e fazer muito barulho, para que não tivéssemos que ouvir a Suplicy falando de epidemia de fofoca, por exemplo.

Ei, não fuja, não é um post ranzinza! Na realidade, eu queria falar da diferença entre ter senso de humor e ser bocó (ou seja, ficar rindo de qualquer coisa), isso para dizer que aqueles com senso de humor se divertiriam bastante com as duas dicas de comédias que eu tenho para dar.  :eba:

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Efeito manguaça

Sendo bem honesta, isso nunca aconteceu comigo: beber tanto que chega a ver dobrado. Ou pelo menos eu estava tão alcoolizada que nem notei que estava vendo dobrado. Mas vocês sabem, é um lugar comum na representação da visão que um bêbado tem do mundo, aquela coisa de ver dobrado. Talvez só não seja mais clichezão do que aquela história de ver uma mulher lindíssima e depois que passa o efeito, o cara descobre que a beldade na verdade trata-se de uma mocréia.

Esse papo todo na verdade é só para comentar de mais uma das maravilhas do Photoshop que você pode encontrar na internet. No freakingnews você pode encontrar fotos que simulam essa visão dobrada que um sujeito supostamente teria após umas xiboquinhas a mais.

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Segunda temporada de Heroes

Agora em janeiro a Universal começou a passar os episódios da segunda temporada de Heroes, e aí começa o blablabla sobre a série mais uma vez. Serei bem sincera: eu já tinha comentado aqui minha impressão sobre o primeiro episódio, que não foi boa. E a impressão continuou ruim, até que eu parei de assistir a série, no sexto episódio. E se em algum momento quis continuar assistindo, foi na esperança de que ficasse melhor (mas aí eu já tinha coisa melhor para ver, então resumindo, o último episódio que vi foi The Line).

Na verdade, a sensação que dá é que eles simplesmente começaram a “forçar” algumas coisas para dar oferecer um pouco de drama – o que só fica idiota (especialmente nos momentos Petrelli). Talvez a melhor coisa dessa segunda temporada seja o Takezo Kensei, até porque tende para o humor. O resto (incluindo as novas personagens), chega até mesmo a ser constrangedor.

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Os Indomáveis (3:10 to Yuma)

(Sim, eu tinha prometido para quinta, mas sabe como é…)

Minha relação com filmes distos “western” é meio estranha. Por exemplo: em uma locadora, eu simplesmente passo reto pela prateleira do gênero. Reto mesmo. Em compensação, os poucos filmes do estilo que assisti, eu adorei. Como no caso de Os Indomáveis, o remake de Galante e Sanguinário (wtf, duas chances e eles conseguem fazer uma tradução horrível do título?!)

Por que Os Indomáveis é legal? Primeiro porque tecnicamente é um trabalho impecável. Segundo, porque vocês sabem, eu tenho cá minha queda por vilões e anti-heróis, e o filme apresenta um dos vilões mais legais que já vi: Ben Wade, muito bem interpretado por Russel Crowe.

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