Esquenta para o Oscar

Pôster-do-Oscar-2013

Amanhã é dia de Oscar! Para quem tem tv a cabo, o evento será transmitido pelo canal TNT a partir das 20:30h. Para quem não tem, podem xingar muito a Globo no twitter, porque a transmissão só começará após o Big Brother (como tem acontecido nos últimos anos). Para quem vai acompanhar pela internet, tem a cobertura do Cinema em Cena. E tem bolão pipocando em todo canto, mas deixo como sugestão o organizado pelo Tisf lá na Valinor (ele organiza isso tem, sei lá, quase 10 anos), para quem quiser tentar a sorte, é só clicar aqui. Outros links relacionados com ao Oscar:

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As aventuras de Pi (Yann Martel)

Como comentei no post em que falo sobre o filme As aventuras de Pi, estava com uma birra gigante com essa história por conta de todo o bafafá sobre o autor (Yann Martel) ter plagiado um livro de Moacyr Scliar chamado Max e os Felinos. E como ficou bastante claro para quem me ouviu falar sobre a adaptação, a birra acabou porque me encantei completamente com a história, o que acabou fazendo com que o livro “furasse a fila” das leituras pendentes. Neste post falarei sobre o livro, sobre o plágio e sobre como minha visão do filme mudou após ler a obra – mas vamos por partes.

1. O filme após a leitura

Eu adorei o filme. É meu queridinho para o Oscar, por mais que eu saiba que ele não tenha café no bule para ser o grande ganhador da noite. E como andei sendo bem ranzinza com algumas adaptações (As vantagens de ser invisível e O lado bom da vida, mais especificamente), achei que cabiam alguns comentários, até para deixar claro que eu não sou aquele tipo de bocó que não consegue perceber que é óbvio que adaptações são diferentes dos livros.

A questão é: tomo o trabalho de Ang Lee com As aventuras de Pi como modelo de um bom roteiro adaptado. Coisas foram deixadas de lado? Claro. Coisas foram alteradas? Evidente. Mas a essência da obra foi captada, o que a fez dela algo especial (ou seja, uma história que merecia ser contada), está lá.  Continue lendo “As aventuras de Pi (Yann Martel)”

O Discurso do Rei

É, eu bem que tive a intenção mas não vai dar para ver o que foi indicado para melhor filme no Oscar. Pensa só, Toy Story 3. Eu não vi nem o primeiro e o segundo, já seriam aí três filmes para assistir. Então resolvi tornar a meta mais realista e ver pelo menos os que tem mais indicações, o que faz de O Discurso do Rei uma escolha óbvia (foram 12 no total, não é?). Aquela coisa, nesse Oscar eu estava notando que minha torcida seria mais contra A Rede Social (superestimado, cof cof) do que a favor de qualquer um, mas acabou que Colin Firth e Cia. ganharam minha simpatia.

Para começar, as atuações. Acho que foi uma das poucas vezes que bati os olhos no Firth e não pensei “Há, Mr. Darcy!”. O trabalho dele como o Rei George VI está impecável, e não apenas pela gagueira – que sim, requer muito do ator para não fazer de forma exagerada ou artificial – mas também pelo modo como ele consegue transformar alguém com um temperamento difícil em uma pessoa admirável, carismática. Não é tarefa fácil, e se o público não estabelecesse essa relação com George VI logo que ele aparece, o filme estaria perdido. Afinal, quem quer ver a história de superação de um chato filho da mãe?

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O Segredo dos Seus Olhos

Oscar de melhor filme estrangeiro, 199ª posição no top 250 do IMDb, centenas de críticas mais do que positivas sobre o filme… e aí é óbvio que fiquei morrendo de vontade de conferir O Segredo dos Seus Olhos, produção argentina com Ricardo Darín que conta a história de um agente de justiça que depois de aposentado resolve escrever um romance baseado em um dos casos mais marcantes de sua carreira, um estupro seguido de assassinato.

A intenção de escrever o romance é óbvia desde o início: o escritor reconhece que aquele caso foi uma das encruzilhadas em sua vida, um daqueles momentos decisivos que fazem toda a diferença por causa de suas ações e das demais pessoas envolvidas. Escrever sobre o assassinato é de certa forma repensar o que foi que fez dele o que é hoje, um sujeito que apenas vive, mas cheio de vazio.

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Pá-pum cinéfilo (parte V)

Eu sei que sumi tem uma semana, mas há motivos para isso. Primeiro é que eu não estou mais de férias. E não estar mais de férias significa acordar cedo e chegar em casa com TANTO sono que não consigo nem ler, que dirá escrever aqui. Mas um pouco antes disso deu para conferir alguns filmes, então fecho o Pá-pum cinéfilo dessas férias comentando sobre eles. Tem filme cotado ao Oscar, filme massacrado pela crítica e adaptação odiada por mim, há. Vamos lá.

Guerra ao Terror: Uhum, esse é um dos cotadíssimos ao Oscar, e ó: nas categorias principais. E o bafafá ao redor desse filme está tão grande que a distribuidora aqui no Brasil, que tinha lançado o título direto em DVD no ano passado, resolveu agora lançar no cinema (previsão é 5 de fevereiro). Eu vou dizer uma coisa, simplesmente NÃO É meu tipo de filme, então pode ser uma obra prima como muitos estão dizendo, mas para mim foi só um saco. Até porque eu não consigo simpatizar com a “causa” dos americanos que estão lá no Iraque. Mas sim, a tensão é bem desenvolvida e tudo o mais. Mas hum, não ficarei chateada se o filme não levar estatueta alguma.

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O Curioso Caso de Benjamin Button

Os comentários gerais que ouvia sobre O Curioso Caso de Benjamin Button eram de que o filme era bom, “mas não tudo isso”. Tanto é que minha aposta para o Oscar era Slumdog e Milk, com o Curioso Caso… ficando ali com os prêmios mais “técnicos”, tipo maquiagem e efeitos especiais. Pois então, terça-feira de carnaval, eu em Curitiba com um tempinho feio e absolutamente nada para fazer, finalmente vou lá conferir o filme. Uma das principais razões de eu ter deixado para assistir só nessas condições é que o filme tem cerca de duas horas e quartenta. Haja vida, heim.

E até por causa do tamanho do filme (quase um Senhor dos Anéis, hehe) meu primeiro medo era justamente que ele fosse maizomeno. Daqueles que você fica toda hora olhando para o relógio e pensando “Falta muito, Papai Smurf?”. Notícia boa: você nem sente o tempo passar. Talvez pelo plot inusitado (o homem que nasce velho e vai ficando jovem), desde o princípio sua atenção é presa e você embarca em uma espécie de montanha russa, saltando do cômico para o drama de uma cena para outra.

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Oscar 2009

Eu não estarei aqui (alalaolalaolalaoooo) no dia do Oscar. Na realidade estarei bem longe, num lugar com tv a cabo para que eu possa acompanhar a cerimônia na TNT, levando em consideração que a Globo fez a gentileza de comprar os direitos de transmissão e bem, simplesmente resolveu que o desfile das escolas do Rio era mais importante que o Oscar e resolveu não transmitir o evento (depois não sabem por que eu não gosto de Carnaval). Justo esse ano, que o Robert Pattinson1 entregará um dos prêmios, Rede Globo? Fica aqui a maldição do dia: NA NOITE DO CARNAVAL A RECORD E O SBT FICARÃO NA FRENTE DA GLOBO NO IBOPE.

Humft.

E como de quando eu quando eu costumo fazer aqui, colocarei meus pitacos para o Oscar desse ano. Só nas catigurias principais, nada contra os curtas e documentários, eu simplesmente não os assisti. Lembrando que faço meus palpites tentando pensar como os velhacos da academia – eles não refletem de modo algum quem eu gostaria que ganhasse. Vamos lá então:

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  1. alou, minha gente, estou relendo Twilight mas isso aí é brincadeira e talz. 

Pá-pum cinéfilo (parte III)

Minhas férias acabaram e acabei reduzindo o ritmo das sessões de filmes, mas ainda assim dá para fazer pelo menos um último Pá-pum cinéfilo (ou fazer uma categoria disso, vá saber). Lembrando que aqui você poderá encontrar a primeira parte dos comentários e aqui a segunda parte. Dois mais antigos na lista, duas barbadas do Oscar desse ano e um Del Toro de lambuja porque vocês sabem, adoro filme baseado em gibi. Comecemos então.

Wall.E (2008): Desde que essa animação chegou aos cinemas eu tive ‘n’ oportunidades de assisti-la, mas por alguma razão sempre deixava para lá. Não era por falta de vontade de ver, porque TANTA gente elogiava que era óbvio que não era ruim. E não é mesmo. Pelo contrário, é excelente. Daquelas histórias inocentes e fofas, com personagens que cativam pelas ações, não pelas palavras (até porque o filme quase não tem diálogos). É impossível não se encantar pelo robozinho e pelas pessoas e máquinas que ele encontra (até mesmo o vilão uma espécie de HAL 9000. E o melhor: apesar da mensagem ecológica, não é piegas (ou pelo menos não no nível vergonha alheia da pieguice). Primeiro nota 10 que esse ano, na minha opinião e barbada para Oscar de melhor animação.

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Pá-pum cinéfilo (parte II)

Ontem eu comecei uma lista com breves comentários sobre os filmes que assisti agora em janeiro (férias, iei!), mas resolvi dividir a lista em duas partes para que não ficasse um texto muito longo (daqueles que ninguém lê, menos a Roberta para quem sempre dedicarei meus posts mais compridos). Se você chegou agora através de Google ou algo que o valha, a primeira parte dos comentários está aqui. Então sem mais enrolações, vamos lá para o Pá-pum cinéfilo parte II.

Um Beijo Roubado (2007): Sabe aqueles filmes bonitinhos em que nada realmente relevante acontece, mas mesmo assim você vai até o fim e acha bem bacana? Poisé. Porque em Um Beijo Roubado temos Norah Jones como Elizabeth, uma garota que viaja o Estados Unidos trabalhando como garçonete, conhecendo pessoas que mudam sua vida e blablabla. Se for pensar bem, é tipo um Na Natureza Selvagem de menina, mas sem mato e sem bocó morrendo de fome no final. Gostei muito de alguns diálogos, embora outros fossem ahn… sabe daqueles que o cara fala um monte de coisa de uma forma cool mas no final não disse nada com nada (Wait, what?)? Poisé. A metáfora da torta de blueberry, por exemplo, eu ainda não saquei, para ser bem sincera. Aquilo era para ser algo para animar o humor da menina? Era uma cantada? Era só um treco para estabelecer uma relação entre o rapaz e Elizabeth? Se alguém souber explicar, por favor, é só usar os comentários abaixo. Mas sim, é um filme bem legal. E tem a Cat Power, iei.

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Pá-pum cinéfilo (parte I)

Estou nos últimos dias das minhas férias e resolvi aproveitá-los assistindo filmes, sabe como é. Oscarizáveis, alguns do ano passado que deixei passar batido, velharias que morria de vergonha por nunca ter visto… o básico. Então, ao invés de fazer váááários posts sobre o que tenho visto, resolvi fazer um só com comentários breves mesmo. Até porque eu ainda acho que nunca ninguém chega até o fim dos posts mais longos mesmo, há, há.

Então, fora A Duquesa (indicado ao Oscar de Melhor Figurino e de Melhor Direção de Arte) e Repo! The Genetic Opera (Paris indicada ao Framboesa de Ouro de Pior Atriz Coadjuvante) dos quais já falei por aqui, vamos lá para o pá-pum cinéfilo. De repente serve pelo menos como sugestão de filme para ver (ou evitar!), se você estiver meio à toa na vida num dia friozinho como o de hoje, hum.

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