Do fundo do baú: anel do humor

Internet vocês sabem como é: uma coisa leva à outra e quem começa uma pesquisa por milho pode acabar lendo sobre um filme de terror obscuro de décadas atrás. Aliás, é uma das coisas mais bacanas que eu vejo nessa ferramenta: tanta coisa interligada, tanta coisa para saber. Mas enfim, divagações à parte, eis que dia desses em uma pesquisa inocente sobre um filme, acabei lendo uma breve menção a um objeto que marcou parte da minha… ahn… infância? adolescência? Já nem lembro. Estou falando daquele trequinho bizarro chamado anel do humor.

Eu não lembro se cheguei de fato a ter um, mas lembro que brincava muito com o das minhas amigas. Eu obviamente não acreditava nos poderes profetizadores do acessório, mas me divertia horrores esfregando o anel na calça do uniforme para esquentá-lo, até que mudasse de cor. Era feio bagarai, devo dizer, mas foi febre durante uma época lá na escola. Então fica aí o primeiro objeto nostálgico do meu baú (é, daqui para frente resgatarei mais algumas lembrancinhas do passado) e um texto explicando como é que ele funcionava: Anulus adfectionis.

O Melhor Filme de Cada Ano Em Que Estive Viva (III)

E láááá vamos nós para a parte final da minha lista, que vai de 1999 até 2007. Sim, eu estou vivona aqui em 2008, mas estou deixando a data de fora até porque não vi muitas estréias esse ano (lista da vergonha nérdica: Indyana Jones, Homem de Ferro, Batman e devo estar esquecendo de outros).  Fica valendo o que eu colocar naquele meu top10 básico de fim de ano.

Por falar no top10 básico de fim de ano, eu o publico desde 2004, o que significa que terminar essa lista não seria muuuuuito difícil. O problema é que às vezes revendo filmes, ou simplesmente com o tempo mesmo, o que era o melhor filme que eu tinha assistido naquele ano passa a ser um filme muito bom, mas hum, segundão digamos assim. Então por favor, não usem o pesquisar para dizer que sou incoerente com meu gosto, já dou a resposta aqui: sim, eu sou. =P

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O Melhor Filme de Cada Ano Em Que Estive Viva (II)

Continuando com a lista dos melhores filmes de casa ano em que estive viva, agora com o período entre 1990 e 1998. Como disse antes, é, sou velha e tive que repartir em três. Ainda bem que não são três de dez, senão entrava em crise. No caso dos anos 90 a dificuldade nem foi tanto lembrar dos filmes, ou ainda, escapar da nostalgia. Aí, o problema já foi selecionar qual filme, entre tantos excelentes que apareceram nessa época, ficaria de fora da lista.

Lembrando mais uma vez que as datas de lançamento são as do IMDb, e que essa não é uma lista nostálgica (o que significa deixar de lado nossa querida e já comentada Sessão da Tarde). Então, sem mais firulas, vamos logo à segunda parte da lista dos melhores filmes.

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Das coisas que moldam nosso caráter

Acabei de ler um artigo sobre a versão mangá da Turma da Mônica e fiquei cá, lembrando de todas as ‘n’ revistinhas do Mauricio de Souza que li.  Sabe como é: cheguei até a acompanhar a chegada da revista da Magali e do formato “Gibizinho”1. Aí, sabeseláporque, lembrei de uma constante nas histórias envolvendo o Cascão, que aparentemente era mais “humilde” do que os demais amiguinhos: a moral “de que adianta dar valor aos brinquedos caros se você não sabe se divertir?” (ok, não era assiiiiiim que eu absorvia na época, só sabia que era importante saber que video game não é tudo na vida).

O engraçado é que no final das contas isso acabou moldando meu caráter, de certa forma. De um jeito meio hipócrita, talvez, mas eu era a menina que andava de bicicleta até um lugar bem longe de casa para sentar com a amiga num campinho e ficar falando na natureza (ahahahahaha, acabei de lembrar da vez que convidamos a Daniele para fazer isso e no final do dia uma olhou para a outra e disse “É, ela não entendeu como funciona”). Assim, eu não cresci com video game, mas de quando em quando achava que ter vários amigos para brincar de gato mia era muuuuuuito mais divertido do que ter a casa da Barbie, por exemplo. O que obviamente não era (pelo menos se você adorava brincar de Barbie, como eu).

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  1. sou só eu ou mais alguém aqui torcia por um ‘namoro’ entre o Cebolinha e a Mônica? O_o 

O Melhor Filme de Cada Ano Em Que Estive Viva (I)

Seguindo a sugestão do Luis e do V lá d’O Discreto Blog da Burguesia (um dos melhores títulos de blog de todos os tempos), resolvi fazer minha própria lista de melhores filmes de 1981 até recentemente. A tarefa não é das mais fáceis, até porque por mais que meu teste de demência tenha dado negativo, ainda assim minha memória não é das melhores. Além disso, eu não sou cinéfila como eles, então tem um monte de filme para ver. E ainda tive que definir o papel do fator nostalgia na lista (e aviso desde já que foi zero. Outro dia faço uma lista cheia de Curtindo A Vida Adoidado e Os Fantasmas se Divertem, prometo).

De qualquer forma, está aí a primeira parte. De 1981 até 1989. Já deixo como registro que preciso urgentemente assistir mais filmes dos anos 80. Não os da Sessão da Tarde, até porque tive uma infância bem desocupada e feliz, obrigada. Outra coisa: datas de lançamento de acordo com o IMDb. Ok, vamos à lista.

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O mês mais gostoso do ano

Minha memória sempre se funcionou melhor com cheiros. Na lista daqueles que automaticamente me conduzem para bons momentos: cheiro de grama cortada, de café sendo coado, de perfume, de bolo assado em dia de chuva, etc. etc. etc. Tem até uns cheiros mais abstratos, tipo “cheiro de tarde de outono” ou ainda “cheiro de felicidade” mas enfim, o fato é que se existe algo que faz lembranças despertarem para mim, é o cheiro das coisas.

Mas aí chega junho, e junho sempre foi um dos meus meses favoritos (talvez o favorito, porque dezembro é legal também, mas fim de ano é sempre uma correria e aquele calor dos infernos sux). E em junho, o que mais atiça minha memória é o paladar, quase tudo envolvendo aquelas comidinhas típicas de festa junina.

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Nostalgia internética

Eu morri de rir vendo a imagem, mas eu acho que só fará algum sentido para aqueles desbravadores da internet, que passavam por aquele momento de tensão/angústia enquanto uma imagem carregava aos poucos por causa de velocidades impressionantes que modems de 36.600 kbps eram capazes de gerar. BTW, o meu era um de 36, mas raramente passava de 31.200. Já sacou o drama, né? Domingão eu vivia caindo, e ainda por cima só reconectava a 14.400. Oh, vida.

Ok, voltemos à imagem. Vocês terão que clicar no mítico Leia mais (eu tenho aqui minha teoria que só 10% dos leitores clicam nisso) para conferir. Não porque seja um castigo de teacher, na verdade é que eu realmente não curto imagens muito grandes no começo do post, acaba quebrando o padrão geral. Sim, sou neurótica.
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Nasi e os Irmãos do Blues

Qualquer um que é minimamente ligado ao cenário musical brasileiro, mas especificamente do rock, está sabendo do bafafá que foi a saída do Nasi da banda Ira!. Ameaças com facas, processos de interdição e por aí vai – a coisa foi feia mesmo (mas niguém disse que separações são fáceis, certo?). Mas acredito que não cabe ao público definir quem é o certo ou o errado nessa história toda, nossa função é ouvir música – então vamos à música.

Na época que ainda estava no Ira! (láááá nos anos 90), o Nasi tinha um projeto muito bacana, conhecido como Nasi e os Irmãos do Blues (aahhh, agora você entendeu o título do post). O projeto é tão bacana, mas tão bacana, que dele saíram três álbuns e inúmeras participações em festivais de blues, o fato é que por mais que eu goste de Ira! devo dizer que Nasi e os Irmãos do Blues é bem melhor. As letras são inocentes e ao mesmo tempo irreverentes (você escuta coisas como “eu sou o gângster, o gângster do amor”, “quando olhas para mim quando está calor eu sinto frio” e outros versos desse naipe).

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Honey Honey

A Valinor começou uma disputa sobre os melhores desenhos da infância, e agora na primeira fase a idéia é selecionar o top of mind, digamos assim. Ou seja, os 10 desenhos que o pessoal considera nostálgico, seja lá qual for a razão. Aí enquanto fazia minha listinha, procurava por videos no YouTube para ilustrar e tudo o mais (até porque sou criatura metódica). E eis que encontro… A ABERTURA DE HONEY HONEY!! Ok, eu sei que a macharada provavelmente não lembrará desse desenho, mas gente, eu era apaixonada por isso. Aliás, o Fênix foi uma das minhas primeiras paixões platônicas, hehe. Para quem não sabe do que estou falando, tem um video do sbt bem bacana com o resumo sobre a série (tenho certeza que refrescará a memória de vocês).

The Dead Billies

Não sei se vocês conhecem a história da Cassandra da mitologia grega, que depois de regular para o Apolo teve que carregar uma maldição, no caso, de que ninguém acreditaria em suas profecias. Pois bem, eu não regulei para deus nenhum mas o fato é que também tenho cá minha maldição: eu tenho um baita bom gosto (há,há) mas nada do que eu gosto dura muito tempo. Vide o caso do Confetti Menta, Zambinos, Morphine e bem, levando em consideração o título desse post, The Dead Billies.

A história começa assim: era 1996, 1997 e eu gostava de assistir ao Gás Total da MTV e gravar clipes. Um dia passou um que achei muito legal, o Invasion of the Body Snatchers. Era zoadão e a música era muito legal, então tratei logo de gravá-lo (e obviamente assisti algumas váááárias vezes depois). Enfim, o clip me levou para as outras músicas dos caras e eu adorei. Então, cumprindo a maldição, a banda acabou.

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