iZombie

izombieEu poderia estar com Better Call Saul em dia, poderia ter terminado a primeira temporada de Constantine e começado a segunda de Hemlock Grove, mas aqui estou eu, conferindo mais uma série de zumbis. E sabe, dois episódios ainda não bastam para afirmar com toda certeza, mas o negócio é que eu curti o que vi até agora.

Criada por Rob Thomas (não o do Matchbox 20, o da série Veronica Mars) iZombie é basicamente um mexidão do que se tem na tv atualmente. Sabe, como se as séries mais populares tivessem todas se unido e formando um megazord ou coisa assim. É baseada em HQ, passa na CW, envolve investigações e “o caso do dia”, tem humor, tem drama, tem casal para shippar e sim, o óbvio, tem zumbi. Não vou ficar surpresa se de repente do nada aparecer um dragão na tela. Na falta de tempo para ver de tudo, de repente investir em iZombie pode ter sido uma boa escolha.

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Constantine (S01E01 e S01E02)

Quando começaram a sair as primeiras notícias sobre a adaptação das histórias de John Constantine para a TV, fiquei um tanto descrente de que o projeto realmente daria em algo. Aquela coisa de gato escaldado – ouço boatos sobre adaptação de Sandman para a TV há anos, então acabou que senti que seria só mais um caso de muito barulho por nada.

E então veio o nome do ator escolhido, Matt Ryan (who??). Depois vazou essa imagem dele já caracterizado:

E eu fiquei bem empolgada porque, convenhamos, ficou perfeito (ainda mais quando você pensa em Constantine, fecha os olhos e salta uma imagem do Keanu Reeves hehe).  O negócio é que mesmo com essa imagem ainda não tinha certeza de que a série realmente aconteceria (sim, sou bem cética sobre meus personagens do coração finalmente chegando às telas). E então apareceu um trailer:

 

IEIIII, é real! Está acontecendo!!! AHHHHHHH << sons de uma Anica feliz. Foram aí mais alguns meses até o primeiro episódio finalmente estrear – no meio do caminho chegou até a vazar o piloto, que não assisti porque veio mais ou menos junto com o Augusto, há. Tudo isso só para dizer que: já vi dois episódios e por enquanto estou curtindo (mas com ressalvas).

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Ghostwatch (1992)

Você deve conhecer aquela história de como uma leitura de A guerra dos mundos feita pelo rádio por Orson Welles causou pânico em alguns lugares dos Estados Unidos, certo? Halloween de 38, um monte de gente achou que era real, etc.  Sempre tive uma certa dose de interesse sobre o evento, e foi por isso que assim que o especial de Halloween da BBC Ghostwatch passou no meu radar, logo já procurei para assistir. Não lembro mais onde ouvi falar dele, mas comentavam que em 1992 o especial, assim como a leitura do Welles, enganou muitas pessoas achando que o que viam era real, criando tamanha controvérsia que o programa nunca mais foi reprisado na tv britânica, apenas em outros países.

E a ideia era até simples: apesar de ter sido gravado semanas antes, o programa foi apresentado como se fosse ao vivo, naquela noite de 31 de outubro. O especial contava com imagens do estúdio (com um apresentador bem famoso lá na Inglaterra recebendo uma especialista em fenômenos paranormais) e com imagens em uma casa mal assombrada, onde uma apresentadora (igualmente famosa, ao que entendi parece que era o equivalente ao que era a Xuxa aqui no Brasil) passaria uma noite com a família que dizia estar sendo aterrorizada por um fantasma.

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Penny Dreadful S01E01 (Night Work)

Quando falamos de alguns títulos da literatura do século XIX, pensamos nas histórias já em seu formato fechado, em um único livro (ok, às vezes mais de um livro). O negócio é que era bem comum naquela época as histórias serem publicadas aos poucos em periódicos. Fazendo uma comparação com a tv, o periódico seria seu canal favorito e algumas histórias seriam novelas ou séries que você costuma acompanhar. Charles Dickens? Vários romances saíram capítulo por capítulo no Household Words. Sir Arthur Conan Doyle? vários contos de Sherlock Holmes apareceram primeiro na Strand Magazine. E isso para citar os dois mais conhecidos.

Nesse formato em série existiam também os penny dreadfuls, publicações que contavam histórias de horror e eram vendidas por, ahnnn… um penny (dona Wikipédia pede para diferenciar e dizer que é o “old penny“). Muito embora eu goste muito de assuntos relacionados à Inglaterra do século XIX, a primeira vez que ouvi falar dos penny dreadfuls foi através da Kika, enquanto ela pesquisava para escrever o livro Construindo Victoria.

Enfim, a ideia era de entretenimento barato para quem gostava de histórias com monstros e sangue, muito sangue. Para ter uma ideia, a primeira vez de Sweeney Todd no mundo da literatura foi em The String of Pearls: A Romance, publicado originalmente como um penny dreadful. Caso queira saber mais sobre o assunto, recomendo esse link aqui. E se eu estou falando tudo isso é um pouco para que você possa entender o espírito da nova série do canal Showtime, chamada (sim, você adivinhou) Penny Dreadful.

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How I Met Your Mother (Series Finale)

Eu acho que ninguém que acompanha um show por algum tempo fica lá muito satisfeito com um final de série. Porque nunca atenderá nossas expectativas, já que temos uma ideia própria do que seria o desfecho ideal. Além disso, o óbvio: se você acompanha há tempos, é evidente que você gosta, então aquele sentimento de despedida de personagens queridas pode descer meio mal. Isso se encaixaria com o finale de How I Met Your Mother? Não sei. A sensação geral que eu tive, pelo menos para os minutos finais da série, foi que o que estragou tudo foi a nona temporada (que, por incrível que pareça, eu adorei).

Vamos lá, aos poucos: se você está lendo esse post deve já ter percebido que comentarei o episódio, portanto spoilers rolarão soltos aqui, a começar pelo que  (para mim) foi o problema da conclusão. Tem um post meu aqui de julho do ano passado em que listei não-casais favoritos, onde dá para ler a seguinte descrição para o casal número três:

Aqui o azar é tão grande que a última temporada será toda sobre o final de semana do casamento da Robin com… o Barney. E então que eu estou quase querendo acreditar numa teoria louca de fãs que tem rolado por aí de que na realidade a mãe morreu e Ted está contando para os meninos como a conheceu, mas agora está com a Robin. Gente, que troço triste, melhor não.

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True Detective (ou: Porque o finale foi tão bom)

(O título já deveria ser bem explicativo, mas né, vale o aviso: se você é fresco de spoiler e ainda não viu a série, volte depois)

Foi mais ou menos assim: começo de ano, eu ainda empolgada com o retorno de Sherlock, e começam a aparecer ali e aqui notas comentando sobre uma nova série que era a grande promessa da HBO, chamada True Detective. Por coincidência, a curiosidade falou mais alto exatamente na semana em que saiu o primeiro episódio, então comecei a acompanhar logo que começou, sem aquela desconfiança que todos nós sentimos sobre séries que do nada começam a ser muito comentadas. Cheguei meio perdida, sem saber qual era a proposta, o formato e a fins – só sabia que tinha um crime da década de 90 investigado por uma dupla de policiais, que seria ligado com outro na década de 00. Hmkay, é o tipo de coisa que pode ser interessante, vamos conferir.

Negócio é que terminei o primeiro episódio (The Long Bright Dark) com o queixo no chão. A forma como a história é construída, com três linhas temporais principais (2012, 2002 e 1995), funciona muito bem porque instiga nossa curiosidade ao mesmo tempo que vai cozinhando as personagens em fogo baixo, digamos assim. Em 2012 vemos um Rustin Cohle (Matthew McConaughey) comentando sobre certa investigação da qual fizera parte em 1995. Há um abismo tão grande entre o Rust de 90 e o de 10 que você não consegue deixar de se perguntar: o que diabos aconteceu com esse sujeito? Por outro lado o Martin Hart (Woody Harrelson) que também está prestando depoimento é um sujeito engomadinho que obviamente “subiu na carreira” dentro da polícia desde 95. O que dividiu o caminho desses homens? Por que não são mais uma dupla? Mais além, por que tanto tempo depois outros investigadores chegam até eles querendo saber sobre um crime do passado?

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Les revenants

A primeira vez que ouvi falar sobre Les revenants lembro que a definição era “série de zumbis francesa”.  Antes de começar a assistir de fato fui atrás de outras informações e então descobri que ainda conta com só uma temporada (oito episódios iniciados em 2012), que a segunda temporada tem previsão de estreia para a segunda metade de 2014 e que a série é uma espécie de remake de um filme de 2004 dirigido Robin Campillo. Hum, sim, também vi esta imagem aqui da publicidade:

E achei que tinha tudo para gostar e lá fui eu, dar uma olhada nessa primeira temporada. Já no primeiro capítulo já fiquei bastante interessada, até porque fugia do que já é mais conhecido nas histórias de zumbis: você não via cadáveres se decompondo andando de um lado para outro, mas pessoas normais. Até por causa disso, acho que a nota principal de Les revenants acabou ficando com o drama ao invés do terror, apesar da história central. Esta primeira temporada é muito mais sobre como os vivos se relacionarão (ou ainda, lidarão) com os mortos-vivos do que com sustos causados por comedores de cérebro, digamos assim.

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To everything there is a season

Eu sei que antigamente fazia posts de cada episódio para cada série que acompanhava, mas como deve ter dado para notar pela falta de posts, ando com uma preguiça tremenda para escrever (e ler e fazer qualquer coisa, que fase!), então para não deixar passar batido vou comentar algumas séries que estrearam nova temporada recentemente e que estou assistindo. Lembrando que ainda estou de ressaca pelo fim de Breaking Bad e nada do que vejo é tão bom quanto Breaking Bad e eu adoraria só falar de Breaking Bad e… ok, parei. Vamos lá.

HOW I MET YOUR MOTHER (S0901 até S0904)

Muita especulação sobre como seria a última temporada da série, ainda mais que agora todos nós conhecíamos o rosto da mãe. Aí começaram a surgir notícias falando que toda a temporada mostraria apenas o final de semana do casamento de Robin e Barney (confirmando minha teoria de que o nome da série deveria ser How I Met Your Barney) e eu fui desanimando. Mas aquela coisa, se você assiste oito temporadas, é claro que vai acabar vendo a nona nem que seja para saber qual será o desfecho. E aí chegou primeiro o episódio duplo de estreia, e então o terceiro e… agora recuperei minha esperança na série.

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Breaking Bad: Felina (Series Finale)

Caro leitor que ainda não assistiu aos outros episódios de Breaking Bad: é evidente que se o título fala de Felina, este post será sobre Felina, portanto recheado de spoilers. Não seja bobo de continuar lendo isso aqui para depois sair xingando que tomou spoilers. Eu avisei: SPOIIIIIIIIIIIIILERS, SPOILERS MIIIIIIIL. Dica para quem quer começar, Netflix tem todas as temporadas (aqui no Brasil a quinta vai até o episódio 8, no Netflix UK eles já colocaram o episódio 16). E agora você, que já assistiu ao finale, pega na minha mão e vem comigo.

Que final. Que final. Como eu tinha comentado no post anterior, não tinha como ter “final feliz”, até porque Walt arrastou todo mundo para o fundo do poço. Eu me sentiria bastante lograda caso o último capítulo da história de Walt fosse, sei lá, com a personagem inventando uma mentira que livrasse sua pele, e aí todo mundo vivendo feliz e contente como se nada tivesse acontecido. Porque não foi só a metanfetamina que aconteceu, muito foi dito e feito e por causa disso para o protagonista sobrava apenas uma vaga redenção. Então veio como um alívio o fato de não termos Walter Jr. abraçando o pai e dizendo que o perdoa, ou qualquer outra variante do tipo.

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Breaking Bad: S01E01 até S05E15

Não é como se eu nunca tivesse ouvido falar de Breaking Bad, conhecidos elogiavam bastante, e até despertavam minha curiosidade. Mas é que eu sofro de TdSBCnF (Trauma de Série Boa Cagada no Final) e aí quando láááá na primeira temporada já tinha gente dizendo “É foda, é foda”, eu pensava se não valeria a pena esperar chegar até o fim para ter certeza que não ia ficar ruim no meio do caminho.  Só que aí no começo do mês eu li este artigo aqui, e ficou complicado ficar adiando aquele primeiro episódio (aliás, uma dica, se quiser convencer a assistir algo, não diga “É foda, é foda”, fale como esse cara do post). E então foram duas semanas vendo Breaking Bad em qualquer horário que aparecia disponível, não só para conseguir ver tudo antes do finale, mas porque esse negócio é viciante. O engraçado é que enquanto eu ia comentando uma coisa aqui e acolá do que estava vendo, fui percebendo que eu não era a única pessoa que começou a assistir perto do fim, muito menos a única viciada. E a partir daqui é evidente que os comentários serão spoilers para quem não assistiu Breaking Bad do S01E01 até o S05E15, então não seja bobo de continuar perdendo tempo lendo isso aqui, vai lá ver. É foda, é foda, etc.

Enfim, primeira temporada passou voando (até porque por conta da greve dos roteiristas, ela só teve 7 episódios). Uma questão importante: sempre que vejo um começo de série dou uma chance de três episódios para ela engrenar porque normalmente noto uma estranheza no elenco, seja em “vestir” suas personagens ou mesmo se relacionar com as outras. Vou usar um exemplo bem nada a ver mas que para mim é emblemático: o primeiro episódio de Supernatural chega a dar vergonha alheia. Se você comparar os irmãos Winchester do piloto com os de temporadas mais avançadas, não dá para acreditar que são os mesmos atores nos mesmos papéis. É considerando esse tipo de coisa que criei a regra dos 3 (exemplos de séries que não engrenaram depois do 3 para mim: Girls, Once Upon a Time, Revenge). Enfim, comecei o primeiro episódio de Breaking Bad já sabendo que teria que dar essa chance, o negócio é… não precisou. Fiz um monte de julgamentos sobre situações e personagens que mais para frente revi como completamente errados (sim, a Skyler do primeiro episódio é uma pentelha), mas desde o início tudo parece funcionar tão bem, como se aquele não fosse um primeiro episódio, mas sei lá, algo de uma terceira ou quarta temporada.

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