To everything there is a season

Eu sei que antigamente fazia posts de cada episódio para cada série que acompanhava, mas como deve ter dado para notar pela falta de posts, ando com uma preguiça tremenda para escrever (e ler e fazer qualquer coisa, que fase!), então para não deixar passar batido vou comentar algumas séries que estrearam nova temporada recentemente e que estou assistindo. Lembrando que ainda estou de ressaca pelo fim de Breaking Bad e nada do que vejo é tão bom quanto Breaking Bad e eu adoraria só falar de Breaking Bad e… ok, parei. Vamos lá.

HOW I MET YOUR MOTHER (S0901 até S0904)

Muita especulação sobre como seria a última temporada da série, ainda mais que agora todos nós conhecíamos o rosto da mãe. Aí começaram a surgir notícias falando que toda a temporada mostraria apenas o final de semana do casamento de Robin e Barney (confirmando minha teoria de que o nome da série deveria ser How I Met Your Barney) e eu fui desanimando. Mas aquela coisa, se você assiste oito temporadas, é claro que vai acabar vendo a nona nem que seja para saber qual será o desfecho. E aí chegou primeiro o episódio duplo de estreia, e então o terceiro e… agora recuperei minha esperança na série.

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O sentido (e a necessidade) de um fim

Comecei a assistir uma série de 1999 chamada Freaks & Geeks e gostei tanto, mas tanto, que já foram aí cinco episódios, em pouquíssimo tempo. Pretendo falar sobre ela mais além, mas hoje resolvi parar na grande pergunta que qualquer pessoa que também já viu Freaks & Geeks deve ter feito: por que diabos cancelaram a série com apenas um ano, já que ela é tão boa, tão legal, tão tão tão? Eu não sei quais eram os dados de audiência, se um número baixo influenciou a decisão (é o palpite mais provável, não?), mas de qualquer forma, não tem como não achar que foi injusto e que deveria ter durado muitas e muitas temporadas e não ser cancelado e come and play with us forever and ever and ever e…

Tá, Franco, me empolguei, foi mal.

Ok, acho que deu para ter uma ideia do que quero dizer. O fato é que não queremos que nossas séries favoritas acabem. Lembro aqui da primeira vez que aconteceu algo assim comigo: eu lá com meus 15, 16 anos, completamente apaixonada por Jordan Catalano Minha Vida de Cão, até descobrir que sim, as séries acabam assim, sem mais nem porquê. Dos tempos que ainda dependia da tv para assistir séries, lembro também de Jack & Jill, que eu tinha adorado mas que, bem, só um ano. E o que dizer quando você está lá virando canal na tv, assiste a um episódio de uma série, acha bacana e vai para o computador buscar mais informações, e aí descobre que ela foi cancelada? Aconteceu comigo com Accidentally on Purposeque também durou só um ano (há, vejo um padrão aqui). Então é isso, não queremos que acabe porque é bom. Por outro lado, pense aí em uma lista de séries que você abandonou porque começou muito bem mais depois de anos ficou ruim? Li notícia sobre o cancelamento de Dexter agora na oitava temporada e todos parecem ser unânimes “Já vai tarde”. Eu abandonei na terceira temporada, mas lembro que gostava muito. O que faz uma série ótima chegar ao ponto do “já vai tarde”? Bom, a resposta é óbvia: não saber quando é chegada a hora do fim.

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American Horror Story: Asylum

Quando começaram a sair as primeiras notícias sobre o que seria a segunda temporada de American Horror Story, confesso que senti um certo receio: o que ficou claro é que ela não seria uma continuação da primeira, as personagens não teriam nada a ver com o que vimos antes e um novo local seria o cenário para o horror. Logo fiquei sabendo que alguns atores da temporada anterior voltariam  (sem ter a menor ideia de como isso funcionaria), e que a segunda temporada seria ambientada em um hospício. Coloque aí nessa conta uma série de teasers beeeem “wtf?!” e pronto, curiosidade lá no topo.

Pois bem, toca aí o tema de abertura (assustador, mas ainda acho o da primeira temporada mais horripilante). Por desencargo de consciência vou já avisando que este post fala da segunda temporada como um todo, e portanto está cheio de spoilers, ok? Ok. Então vamos lá. Logo no primeiro episódio fica evidente o que é que eles tinham em mente: é como se cada temporada de  American Horror Story fosse uma nova série de terror estreando na tv. Ao entrar em Briarcliff logo fica evidente que agora as regras do jogo mudaram: esqueça as histórias de espíritos presos a uma casa, o horror agora é outro. Na realidade, outros: não se economiza em possibilidades de assustar: ets, médico louco, serial killer, freira sádica. De tudo, um pouco.

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American Horror Story S01E04 e S01E05

Uou. Não poderia imaginar que usariam tão bem um feriado de Halloween para um par de episódios em American Horror Story. Sim, sim, era previsível que eles combinariam o tempo da série com o tempo real, ajustando o calendário para fazer uma história acontecendo no Halloween. A questão não é essa. O que me surpreendeu é como fizeram isso. Muito, muito bom. Especialmente a primeira parte (S01E04), que no final das contas explica como funcionam as coisas no universo de American Horror Story, o que é muito importante para desenvolver a tensão.

A ideia é de que no Halloween os mortos andam por aí – ok, é exatamente o que se diz sobre o Halloween. Mas imagine o que isso significa na casa dos Harmon. A primeira parte tem um ritmo frenético, com muita coisa acontecendo, é daqueles que quando acaba você fica de olhos arregalados e morrendo de vontade de saber o que virá a seguir. Além disso, alguns elementos importantes para a “mitologia” da série foram inclusos nesse episódio. Continue lendo “American Horror Story S01E04 e S01E05”

American Horror Story S01E02 e S01E03

Agora com 3 episódios dos 13 previstos para essa temporada, já dá para ter uma ideia melhor de como será a estrutura básica de American Horror Story. O passado assustador da casa se mesclará com o presente cheio de conflitos da família Harmon, com pouco mistério sendo incluído na trama de modo a não complicar um caldo que pode render já com a premissa inicial. Trocando em miúdos: a ideia é contar pequenas histórias de horror, uma por episódio, usando a família como pretexto, não como o foco principal. O foco é a casa.

E a casa com seus quase 100 anos de histórias horripilantes tem muito e muito para oferecer – pelo menos para fechar uma ótima temporada e acho que talvez até uma segunda. É só ver o caso de Home Invasion (S01E02), em que uma história do fim da década de 60 (quando a casa aparentemente funcionou como uma fraternidade) acaba surgindo com a chegada de um grupo que gosta de copiar assassinatos famosos. Foi um episódio muito bem sacado, e rendeu alguns bons sustos – isso que, só para variar, eu não tinha assistido à noite.

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American Horror Story: Pilot

Aquela coisa, quando o assunto é horror eu não preciso de muitos argumentos para pelo menos dar uma conferida. Mas American Horror Story tinha algo que eu gosto muito nesse gênero, história de casa mal assombrada. Então fiquei acompanhando uma notícia aqui, outra acolá, vejo um trailerzinho aqui e vou me animando, até que o primeiro episódio finalmente foi ao ar e pude conferir. E sim, gostei do que vi. Dá para desenvolver mais, mas do Piloto dá para dizer que a série tem bastante potencial.

O foco aqui é a casa para onde uma família muda, tentando deixar o passado para trás. Saindo de Boston para Los Angeles, a família Harmon já tem na bagagem um filho morto e um caso de traição que envolveu a mulher vendo o marido com a amante na própria casa. E quando eles pensam que vão encontrar a paz que precisam para reconstruir as próprias vidas, descobrem que na verdade chegaram em uma casa que tem sua própria bagagem. Continue lendo “American Horror Story: Pilot”