Macunaíma (Mário de Andrade)

Quando li Macunaíma pela primeira vez, acho que estava nas mesmas condições de temperatura e pressão (hehe) que muita gente que leu Macunaíma pela primeira (e única) vez. Estudante perto do vestibular, com literatura brasileira enfiada goela abaixo e portanto um leve preconceito sobre algo que não me permitiam conhecer sozinha, no meu tempo. Conclusão? Achei um saco. Só parei de torcer o nariz para o nome de Mário de Andrade depois de conhecer a brilhante coletânea de crônicas chamada Os Filhos da Candinha (fica a sugestão aí).

E então que eu resolvi dar uma segunda chance e pedi de presente de aniversário. Ganhei da Day, que deu para mim outros ótimos livros, incluindo uma versão em inglês de Ensaio sobre a cegueira que ainda tenho que ler. Enfim, que surpresa ahn. Adorei Macunaíma. Devorei o livro nas horas que tinha livre e depois ainda fiquei pensando nele, saboreando alguns momentos e pensando em como deveria ter sido legal conversar com o Mário de Andrade, há.

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House M.D. S06E10 e S06E11

E House também voltou. Ao contrário do Supernatural que deixou todo mundo com um baita de um ponto de interrogação na testa no episódio antes da pausa de fim de ano, House seguiu no mesmo ritmo sem prometer novidades, e retornou: bem, sem grandes novidades. O que não é de todo ruim, porque pelo menos a continuidade foi mantida e sim, a estrutura do show também, como acontece há seis anos: a pessoa de quem menos desconfiamos é a que ficará doente e precisará de House. O que de certa forma me faz lembrar das mortes do começo de Six Feet Under, há.

Em The Down Low (S06E10) temos o caso de um traficante que aparece no hospital com uma doença misteriosa mas que não aceita passar informaçõees pessoais para a equipe. Sinceramente, achei o “mistério médico” meio bocó, e o caso em si nem chamou muita atenção. Claro, foi legal observar o modo como as personagens reagiam de acordo com o que sabiam sobre o traficante, mas fora isso não teve tanta graça.

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O Sétimo Unicórnio (Kelly Jones)

Virou tipo uma mania literária, acho. Sei que quando bati os olhos na sinopse de O Sétimo Unicórnio não resisti e comprei o livro. A história se passa em Paris e gira em torno de um conjunto de tapeçaria chamado La Dame à la licorne, que tive a oportunidade de ver no Museu de Cluny, o Museu Nacional de Idade Média. Mas no geral eu meio que já sabia o que esperar, qualquer coisa meio O Código Da Vinci, mas sem tanta teoria de conspiração como pano de fundo.

E O Sétimo Unicórnio segue bem essa linha, incluindo aí o elemento do romance (que não lembro se era tão evidente no livro de Dan Brown). Alex é curadora do Museu de Cluny, e em visita a um convento de Lyon, encontra um desenho que parece ser o rascunho que deu origem às tapeçarias da Dama e o unicórnio. Também acha um poema que parece indicar que na realidade não são seis, mas sete obras que fazem parte do conjunto. E aí uma parte da história é a busca dela pelo que seria esse sétimo unicórnio.

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A Estrada (filme)

Para quem viu o post que eu escrevi logo após ler A estrada de Cormac McCarthy, já tem uma vaga ideia de como estavam minhas expectativas para a adaptação cinematográfica desse livro. Altíssimas, acreditem. A estrada atualmente está no meu top10 de livros favoritos de todos os tempos, e saber que Viggo Mortensen estava no elenco como o Homem só aumentaram ainda mais minhas expectativas. E vocês sabem que o resultado final desse tipo de espera invariavelmente acaba sendo decepção, certo? Bom, com A estrada não é bem assim.

Para começar, Viggo continua fantástico como era de se esperar. Eu sinto de verdade a esnobada que esta atuação dele está levando (por enquanto só duas indicações, e poucas chances de estar entre os cinco do Oscar), porque para quem leu o livro, sabe que ele conseguiu dar conta muito bem da personagem. O momento em que desesperado por achar que não conseguiria fugir de uma casa cheia de canibais ele aponta a arma para a testa do filho exemplifica bem o que quero dizer.

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Supernatural S05E11: Sam, Interrupted

Siiiiim, eles voltaram! Depois de uma longa pausa de fim de ano, os irmãos Winchester mais uma vez estão à caça de seres sobrenaturais. O problema : Oi, e a continuidade? O décimo episódio (Abandon All Hope) foi um daqueles típicos de season finale, com personagens importantes deixando a série (Jo e Ellen), o fato de a Colt simplesmente não funcionar com Lúcifer, etc. etc. etc. E aí você pensa que o próximo episódio com o sugestivo título Sam, Interrupted vai no mínimo mostrar um Sam muito louco após tudo isso, mas não é bem assim.

Dean e Sam vão para um hospital psiquiátrico para ajudar um ex-caçador a encontrar um monstro que supostamente está matando os internos, fazendo com que os crimes se passem por suicídios. Eu sei que eles usam toda a questão do apocalipse como forma de mostrar que são loucos para serem internados, mas a verdade é que soou como se tudo aquilo que tinha acontecido antes fosse nada, só um trabalho que não deu certo ou algo assim.

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Pá-pum cinéfilo (parte V)

Eu sei que sumi tem uma semana, mas há motivos para isso. Primeiro é que eu não estou mais de férias. E não estar mais de férias significa acordar cedo e chegar em casa com TANTO sono que não consigo nem ler, que dirá escrever aqui. Mas um pouco antes disso deu para conferir alguns filmes, então fecho o Pá-pum cinéfilo dessas férias comentando sobre eles. Tem filme cotado ao Oscar, filme massacrado pela crítica e adaptação odiada por mim, há. Vamos lá.

Guerra ao Terror: Uhum, esse é um dos cotadíssimos ao Oscar, e ó: nas categorias principais. E o bafafá ao redor desse filme está tão grande que a distribuidora aqui no Brasil, que tinha lançado o título direto em DVD no ano passado, resolveu agora lançar no cinema (previsão é 5 de fevereiro). Eu vou dizer uma coisa, simplesmente NÃO É meu tipo de filme, então pode ser uma obra prima como muitos estão dizendo, mas para mim foi só um saco. Até porque eu não consigo simpatizar com a “causa” dos americanos que estão lá no Iraque. Mas sim, a tensão é bem desenvolvida e tudo o mais. Mas hum, não ficarei chateada se o filme não levar estatueta alguma.

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Diários do Vampiro: O Despertar

Então que eu resolvi comprar uma daquelas edições que tem dois livros em um para saber qual é dos livros Diários do Vampiro, que deram origem é série que passa na Warner aqui no Brasil. Sobre a adaptação, vocês sabem que não me agradou muito, embora eu esteja acompanhando. Aquela coisa: “vilão” sem uma motivação forte, personagens meio sem sal e ainda matam as legais. Mas como insistiram bastante que os livros eram diferentes (e melhores) resolvi dar uma chance.

Ontem à noite terminei o primeiro livro, O Despertar. E a verdade é que realmente é beeeem diferente da série, embora eu não saiba se é exatamente melhor. Tanto que não estou muito animada para continuar o segundo livro, vou dar um tempo para as leituras que ficaram pendentes no final do ano (há!).

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Catherine O’Hara

Vocês pensem só na coincidência. Ontem a tarde assisti Onde Vivem os Monstros e bem, como sempre fato dei uma olhadela nos créditos (há, sempre lembro do Homer no filme dos Simpsons, falando “Essas pessoas trabalharam duro só para terem seus nomes lidos!” ou algo que o valha). Aí é noite assisti Penélope e de novo assisti aos créditos. Não, a coincidência não foi essa seu bobo. Isso se chama HÁBITO. A coincidência é que nos dois filmes constava a Catherine O’Hara nos créditos: no primeiro fazendo a voz de Judith, e no segundo como a mãe da protagonista. Legal, né?

Hehe, deixe quieto, foi a deixa para comentar sobre esses dois filmes mesmo. Não que ambos sejam maravilhosos e imperdíveis (por falar nisso, Moon está chegando direto nas locadoras como Lunar, se não viu ainda, veja, porque esse é imperdível), mas são uma boa dica para quem não tem muito o que ver. E ainda dá para prestar um tributo para Catherine O’Hara, que marcou presença na infância de muitas pessoas ao som de Day-O no filme Os Fantasmas se Divertem (se não lembra, clica aqui) e também como a mãe de Kevin em Esqueceram de Mim. Mas ok, vamos aos comentários.

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