The Graveyard Book (Neil Gaiman)

neilEm agosto do ano passado comentei sobre a coletânea de contos M is for Magic do Neil Gaiman, alegando que ao contrário de Coraline, o livro agradaria tanto crianças quanto adultos (apesar de ser infanto-juvenil). O mesmo acontece com The Graveyard Book, uma das obras mais recentes do autor. Muito embora o próprio Gaiman se refira à história como “livro para criança”, o tom sombrio da história acaba de certa forma equilibrando as coisas, tornando The Graveyard Book agradável também para os mais “crescidinhos”.

Um dos capítulos do Graveyard Book (The Witch’s Headstone) foi publicado no M is for Magic em 2006, quando Gaiman ainda estava escrevendo o livro. Na hora não chamou minha atenção, na verdade um dos meus favoritos foi October in the Chair, que segundo Gaiman foi escrito como um exercício para o Graveyard. Mas agora lendo desde o princípio a história de Nobody Owens, um menino que foi adotado por fantasmas e criado em um cemitério, a história ficou muito mais interessante.

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Mais sobre a segunda temporada de True Blood

Mês passado ao comentar sobre a confirmação da estreia da segunda temporada de True Blood no dia 14 de junho, também coloquei algumas imagens de divulgação, que no final das contas nem revelam muito sobre o que vem por aí. De qualquer forma, faltando pouco mais de um mês para que finalmente possamos saber qual será o destino de Lafayette (hehehe), é natural que videos e propagandas comecem a pipocar por aí.

E aquela coisa, HBO é HBO e pelo menos na parte da divulgação não dá para negar que eles mandam bem. Um exemplo disso é o pôster para anunciar a segunda temporada, que é simplesmente um dos mais legais que já vi. É o que está ilustrando o post, então clique na imagem para visualizá-la em tamanho maior (e se você só está vendo uma mancha de sangue, continue olhando para a figura, sim?).

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De porque não estou empolgada sobre o filme do Dylan Dog

Isso não deveria acontecer, mas fã de HQ sofre. Pelo menos aqui no Brasil, lugar onde um contrato com a DC parece uma batata quente que ninguém quer ter em mãos, ou que ao chegar qualquer coleção nas bancas, a preocupação maior do leitor é “Será que será publicada até o fim?”. Às vezes fico cá pensando se esses caras não são até meio sádicos, sabe? Do tipo “Ei, conheça essa hq super bacana!” e aí quando você está adorando ler as histórias, empolgado esperando a próxima publicação… pans! Título cancelado.

Isso aconteceu comigo em 2006, quando cancelaram Dylan Dog. E o mais chato desse negócio é que você fica meio descrente sobre tudo. Por exemplo, quando falaram de adaptação para o cinema, eu pensei “Puxa, que bacana”, mas nem levei à sério. Pensei que seria um daqueles ‘n’ casos de projetos que depois são engavetados por motivos óbvios (leia-se “por não dar lucro”). Aí ontem o Ramalokion postou lá no Meia Palavra um link para a matéria do Omelete com fotos da tal da adaptação. Talvez tivesse sido melhor a ideia não ter passado de projeto.

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Laid to Rest

(ou: O que há com você, Dona Indústriadosfilmesdeterror?)

Ok, não é novidade que a indústria cinematográfica como um todo adora seguir ‘ondas’, ‘modinhas’ e afins. Ninguém é doido de nadar contra a maré com tanto dinheiro em jogo, certo? Pois então, talvez seja justamente esse o problema. Eu ainda acho que não é à toa que filmes ditos “independentes” como Juno e Pequena Miss Sunshine estão ganhando cada vez mais público. É um sintoma de que o nós estamos simplesmente de saco cheio de continuações, remakes e filmes que obviamente seguem uma receita de bolo.

O que assusta sobre isso é que mesmo os filmes de terror, que teoricamente são em sua grande maioria independentes e extremamente experimentais, estão entrando nessa onda covarde. Eu já comentei sobre isso anteriormente: começou com os diversos remakes. Agora vamos para a receitinha de bolo, com filmes como Laid to Rest.

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Frenesi Polissilábico (Nick Hornby)

Então que no mês passado chegou nas livrarias o Frenesi Polissilábico do Nick Hornby. Eu fiquei bem curiosa, primeiro porque é o Nick Hornby (sei que só li quatro livros dele, mas adorei os quatro). Segundo porque o Moacyr Scliar escreveu uma resenha bem legal lá na Veja. Terceiro, porque li um dos capítulos e vi que lá estava o Hornby do jeito que eu gosto: como que conversando com você, falando das obras que leu e o que pensa delas.

De primeira você pensa que será uma coletâneas de resenhas, o que em teoria é. “Frenesi Polissilábico” é a reunião das colaborações de Hornby para um jornal meio alternativo, chamado The Believer. A questão é que você mal começa a ler e já se dá conta que a idéia vai além, porque ao falar sobre livros, Hornby acaba fazendo um belo livro sobre o que é ser leitor. E é aí que ele nos fisga, porque em vários momentos você acaba se reconhecendo no que ele está falando (seja no “sofrimento” ao se obrigar a ler determinados livros até o fim, ou seja o prazer da descoberta de uma obra, por exemplo).

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15 anos sem Senna

Eu sempre digo que nasci na época errada, mas no final das contas uma das poucas coisas boas de ter nascido em 1981 foi ter o prazer de ter a personagem “Ayrton Senna” na minha vida. Daquele jeito meio torto que ídolos fazem parte das nossas vidas, mas ainda assim eu posso dizer que ouvi Galvão Bueno gritando AYRTON SENNA DO BRASIL e toda aquela coisa. Minhas lembranças não são só as gravações que passarão hoje em todas as homenagens na TV. São memórias daqueles tempos, de ser criança e acordar cedo e ver corrida na casa da vó ou de receber visita em casa.

E eu tenho certeza que várias pessoas têm diversos momentos marcantes relacionados a Senna, memórias sobre não só o dia em que ele morreu mas também os dias que ele venceu. Eu tenho cá as minhas. Porém, eu confesso que uma das cenas mais tocantes que vi com relação ao Senna nos últimos anos foi Schumacher chorando depois que o repórter conta para ele que com a vitória daquele dia, ele igualava o número de GPs vencidos ao de Ayrton Senna. Todo mundo sabe da fama de frio que o alemão tem, e talvez por isso essa cena tenha ficado registrada na minha cabeça. Para quem perdeu ou esqueceu, tem o video aqui (prestem atenção ali pelo 0:35).

Enfim, deixo o espaço aberto para quem quiser compartilhar alguma lembrança sobre o Senna – até como uma forma de homenagem ao piloto. Não esqueçam que dá para colocar videos do Youtube nos comentários, basta copiar o código e colar. 😉