True Blood S05E09 até Season Finale

Não tinha como ser diferente. Uma temporada tão ruim, com ideias boas jogadas fora e com ideias ruins ganhando cada vez mais tempo de tela, lógico que tinha que dar num season finale bizarro como o desse último domingo. Para falar bem a verdade, eu fico pensando aqui sobre o que vejo de True Blood desde a primeira temporada, e a sensação que tenho é que continuo assistindo não só por teimosia, mas por alguma esperança de que em algum momento eles conseguirão acertar a mão. Ok, a quinta temporada não foi tão ruim quanto a da Menade, mas o que conta negativamente aqui é que ela tinha tudo para ser uma das melhores, e agora está ali coladinha com a segunda como uma das piores.

Dois momentos  nesses quatro últimos episódios deram uma amostra do que True Blood poderia ter sido. Com a explosão da fábrica e aquela regra de criar novos vampiros, Bon Temps fica cheia de novos vampiros, todos loucos e morrendo de sede. Aí temos o primeiro momento, com Sookie abrindo a porta para o legista da cidade, e então descobre que agora ele é um vampiro. O outro momento, com Alcide e o pai no trailer, sendo atacados por um grupo de novos vampiros. Pegue essas duas cenas e pense, como a quinta temporada teria sido ótima se tivessem focado nisso, na cidade infestada de vampiros que não estavam mais se importando em manter as aparências (até porque não tinham como). O horror/a tensão que poderia ser criado/a a partir disso é algo equivalente ao Salem’s Lot do Stephen King. Mas horror/tensão para que, quando obviamente a série resolveu tender para a comédia?

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How I Met Your Mother (Segunda Temporada)

Então a segunda temporada começa com Ted finalmente namorando com Robin e Marshall e Lily separados. Como já tinha comentado no post sobre a primeira temporada, eu já fui atrás de alguns spoilers, e verdade seja dita não estava botando muita fé que iria gostar da segunda temporada (não, ainda não aceitei a ideia Robin/Barney, por mais que eu ache que ambos combinem, blé!). Mas ok, eu estava enganada. A segunda temporada foi de longe muito, mas muito mais divertida que a primeira. Em alguns momentos eu dava gargalhadas aqui em casa, tendo que me segurar para não acordar o Arthur, como quando Marshall dá o segundo tapão no Barney (tenho certeza que essa cena deve estar entre as favoritas de muitos fãs da série).

Acho que o principal motivo de a segunda temporada ser melhor do que a primeira é que tanto os roteiristas quando o público já estão acostumados com as personagens. Elas já nos foram apresentadas, já conhecemos suas principais características, então as cenas de humor podem ser construídas sem perder muito tempo dizendo “ei, vejam, isso é engraçado porque a personagem jamais faria algo assim” ou algo que o valha. Mas ao mesmo tempo vamos conhecendo um pouco mais deles, como o passado de Robin, ou o trabalho de Ted. E o legal é que aí cai naquela questão que já ouvi muita gente falando e com a qual concordo: ok, lógico que rola curiosidade em saber quem é a mãe. Mas esse não é o foco da série, ela não depende desse mistério – tanto que vários episódios mal tinham relação com a “mãe” (aqui provavelmente porque Ted e Robin estavam namorando).

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How I Met Your Mother (Primeira Temporada)

Então que fazia tempo que eu ouvia falar de How I Met Your Mother (bota tempo nisso, a série está no ar desde 2005), mas eu sempre acabava me enrolando e nunca assistia. Aí surgiu a oportunidade e fui dar uma conferida para pelo menos saber como era, embora na minha cabeça passar sete anos contando para os filhos como foi que você conheceu a mãe deles parece meio que espichar demais a manteiga no pão, mas ok, vamos lá. Primeiro episódio você assiste achando o Ted cute,  aí continua para ver o que acontecerá após ele dizer “Eu te amo” no primeiro encontro, então de repente você acha o Barney hilário, aí acha fofinho Lily e Marshall e quando percebe já está completamente fisgado e já assistiu todos os 22 episódios da primeira temporada.

Confesso que no começo achava que quem carregava nas costas o programa era o Barney, ele estava sempre ali nos melhores momentos de cada episódio, e as risadas tinham sempre alguma coisa a ver com ele. Mas aos poucos as outras personagens vão conquistando (especialmente Marshall, é muito nhóóóuuum mesmo) e aí até dá para entender porque algumas pessoas continuaram assistindo à série mesmo depois que Ted chegue até a sétima temporada sem ter respondido quem é a mãe dos meninos. Histórias paralelas vão sendo criadas, embora o foco continue sendo a busca de Ted pela garota dos sonhos, como a ida de Lily para a casa dos pais de Marshall (ótimo episódio) ou mesmo a história de como o Barney ficou tosco do jeito que é.

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True Blood S05E05 até S05E08

Tem horas que eu realmente não fico surpresa por Alan Ball estar tirando o time de campo ano que vem. True Blood tem tudo para ser uma série muito bacana, mas já vão lá cinco anos e eles continuam cometendo os mesmos erros – é como se ignorassem por completo que a história seria muito melhor sem isso, pelo contrário, achassem que é o que melhora. Não é. Cansei dessa coisa de apresentarem personagem foda que você acha bacana já nos primeiros segundos de tela para ser morto de forma ridícula uns episódios depois. Pior, no maior esquema “Marvel” das séries de TV, não dá nem para levar a morte à sério, porque ninguém morre definitivamente em True Blood, todo mundo volta. E volta pior. Volta tipo piada.

Vide o caso do Russell. Na terceira temporada foi realmente uma pena que ele tivesse que abandonar a série, porque ele de longe tinha sido a melhor personagem (especialmente depois quando enlouquece com a morte do amante, talvez a única personagem de True Blood que morreu definitivamente). Aí começa esta temporada com toda a expectativa pela volta de Russell, primeiro pelo confronto com Eric (que foi bem fuééém) e depois por ele simplesmente estar de volta. Mas agora ele é só um babaca que grita palavrões a todo momento, quase que um alívio cômico junto com outro que retornou, o Steve Newlin (que, pelo que indicou o S05E08, será o novo par de Russell). Sério, se é para trazer a personagem assim, não traga. Já fica de aviso para quem estiver confabulando a volta do Roman.

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House S08E03, S08E04 e S08E05

É engraçado isso, quando uma série que você já nem estava mais botando tanta fé e até torcia para que chegasse logo ao fim de repente começa a ficar boa de novo. Aí você já pensa “Será que já foi tudo o que tinha para ser, não tem mais nada aí? Está tão legal, poderia se esticar mais um ano”. O engraçado disso é que quando entramos nesse pensamento de “dar mais”, a consequência é óbvia: ela acabará por baixo, quando já não tem mais nada para oferecer. Então digo desde já que mesmo que a oitava temporada de House esteja tão boa (melhor do que as duas últimas com certeza), eu espero de verdade que essa seja a última temporada, para acabar no alto – e que as lembranças da série sejam sempre boas.

A decisão de trazer Odette Annable e Charlyne Yi foi muito acertada. As atrizes dão conta de personagens que são ótimas, e trazem algo de novo nas relações com House. Jessica (Annabele) ainda não sabe muito bem quais são os limites do doutor, e vai conhecendo aos poucos. Já Park (Yi) parece não endeusá-lo como quase 100% das personagens do hospital. Além disso, mais uma novidade, as dificuldades de House para a temporada não foram resolvidas de imediato – ele levou quatro episódios para conseguir o departamento de diagnósticos de volta, contratar Chase, Taub e Jessica.

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Supernatural S07E05 e S07E06

Você tem noção de que uma série já deu o que tinha para dar quando começa a apelar para alguns recursos para “encher linguiça” em uma temporada de 20 e tantos episódios, digamos assim. No episódio anterior comentei do problema que eles simplesmente esqueceram de mencionar os leviatãs, aí no quinto fizeram exatamente o que eu tinha sugerido: colocar só um pouco do episódio mostrando que sim, eles continuam buscando os Winchester. O problema do quinto episódio (Shut up, Dr. Phil) é que embora ele tenha sido bom, ele tem um dos sintomas de que Supernatural tem que acabar esse ano.

Eles pegaram atores de uma antiga série conhecida (no caso duas, Buffy e Angel) e colocaram como personagens na história, que foi mais engraçada do que qualquer coisa. Os atores são James “Spike” Marsters e Charisma “Cordelia” Carpenter. É o tipo de coisa que tenta atrair a audiência dos fãs da série antiga, de modo a dar uma infladinha no número de telespectadores. Eu teria ficado muito brava se fizessem isso e o episódio fosse ruim, mas vá lá, foi engraçado a história com o casal de bruxos cheio de poderes em crises. Os Winchester não fizeram nada se for pensar bem, os show foi realmente do Marsters e da Carpenter.

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American Horror Story S01E02 e S01E03

Agora com 3 episódios dos 13 previstos para essa temporada, já dá para ter uma ideia melhor de como será a estrutura básica de American Horror Story. O passado assustador da casa se mesclará com o presente cheio de conflitos da família Harmon, com pouco mistério sendo incluído na trama de modo a não complicar um caldo que pode render já com a premissa inicial. Trocando em miúdos: a ideia é contar pequenas histórias de horror, uma por episódio, usando a família como pretexto, não como o foco principal. O foco é a casa.

E a casa com seus quase 100 anos de histórias horripilantes tem muito e muito para oferecer – pelo menos para fechar uma ótima temporada e acho que talvez até uma segunda. É só ver o caso de Home Invasion (S01E02), em que uma história do fim da década de 60 (quando a casa aparentemente funcionou como uma fraternidade) acaba surgindo com a chegada de um grupo que gosta de copiar assassinatos famosos. Foi um episódio muito bem sacado, e rendeu alguns bons sustos – isso que, só para variar, eu não tinha assistido à noite.

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Supernatural S07E04: Defending Your Life

Mais um episódio que lembra bastante o começo da série, naqueles moldes de monster of the day. Acho que um dos irmãos diz algo como “Se Bobby achar algo sobre os leviatãs nos avisará”, e é isso aí, um hunter não pode parar. O que não faz sentido é pararem a perseguição dos leviatãs, que conseguiram a lista de todos os pseudônimos dos Winchester sabe-se lá como no episódio anterior, estavam obviamente na cola dos irmãos e pans, simplesmente não apareceram nesse episódio. Eu acho que isso é um pouco de relaxo com a linha narrativa principal, não custava fornecer algum elemento extra, que fosse os Winchester despistando os leviatãs sem querer ou algo que o valha, mas mostrar que hey, eles ainda estão sendo perseguidos.

Mas sobre o episódio em si, gostei muito principalmente do começo. Eu adorava quando Supernatural trazia histórias de fantasmas, mesmo que a solução seja sempre razoavelmente simples (queimar os ossos, parece simples na tv, né? mas eu não sei se conseguiria sequer começar a cavar a cova, haha). Então fiquei bem animada com os minutos iniciais de Defending Your Life (S07E04), na realidade gostei bastante até aparecer o cara falando sobre o tal do julgamento e descobrirmos que não era exatamente uma história de fantasma.

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House S08E01 e S08E02

Se você assistia House mas largou os béts na temporada anterior, fica o conselho: volta, meu filho. Pelo menos se for levar em consideração os dois primeiros episódios desta nova temporada, que lembraram em muito os bons tempos da série, prendendo a atenção do começo ao fim, com tiradas ótimas de House (senti saudades!) e pouco espaço para drama novelesco sentimentalóide como vimos desde que resolveram juntar o médico com Cuddy.

Por falar em Cuddy, eles resolveram da forma mais simples possível a saída de Lisa Edelstein do elenco: House vai para a cadeia por ter jogado o carro na sala de Cuddy, passa meses lá sem qualquer contato com pessoas de fora, e quando volta, uou, o mundo já não é mais como era. Foreman é o novo diretor do hospital, a equipe de diagnóstico foi desmantelada e inclusive a sala de House já foi ocupada pela ortopedia. Essa estranheza dos primeiros contatos de House com a nova realidade já renderam momentos que por si só já foram melhor do que todos da sétima juntos.

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Supernatural S07E03: The Girl Next Door

Êêê, lasquêra, não dá para elogiar muito que pans, já erram a mão. Ok, The Girl Next Door (S07E03) não foi de todo ruim, mas é chato quando você percebe que poderia ser milhões de vezes melhor. Contrariando o que eu tinha comentado no post anterior, o episódio realmente segue a linha monster of the day mas não ignora por completo o que tinha acontecido antes. A primeira parte é toda dedicada à fuga dos Winchester do hospital cheio de Leviatãs.

Problema: foi muito rápido. Isso era coisa que poderia ter rendido um episódio inteiro, e seria foda. Mas não sei porque diabos resolveram economizar tempo para isso, e aí o Bobby reaparece (do tipo “ei, eu não morri”, quando podiam ter deixado o suspense no ar para pelo menos uns dois episódios a mais), pega o Sam super rápido e o Dean consegue escapar de muletinhas e pronto, tudo ok. Sério, esse negócio do hospital ter Leviatãs tinha tudo para ter rendido uma ótima história, mas fazer o que, segue lá para o monstro do dia, uma kitsune (raposa).

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