Hemlock Grove

hemlockÉ bem provável que a essa altura você já tenha ouvido falar de Hemlock Grovemas vale uma explicação. A série é uma produção original do Netflix, seguindo os moldes de House of Cards: o Netflix disponibiliza a temporada completa, o que eu acho excelente porque odeio aqueles intervalos das séries gringas que às vezes duram mais de um mês. Com as séries do Netflix (Arrested Development está chegando!) você define quando assistirá ao show e se um episódio terminar com um gancho daqueles extraordinários, não há qualquer necessidade de esperar no mínimo mais uma semana para saber como a história continua, basta um clique e lá vem outro episódio. Foi minha primeira experiência com o formato (ainda não vi House of Cards), e está aprovadíssimo. Não, eu não estou sendo paga pelo Netflix (em tempos de jabás para blogueiros é sempre bom lembrar, né) a real é que eu ultimamente me identifico muito com essa menina aqui.

Enfim, Hemlock Grove. Apesar de ser uma série de terror, eu não estava muito confiante. Primeiro porque o pôster de divulgação tinha um lobo, e vocês sabem, não suporto histórias com lobisomem fora Um lobisomem americano em Londres. Segundo porque a produção (e direção de alguns episódios) ficou por conta de Eli Roth – e o que eu vi de terror dele (Hostel), eu simplesmente detestei. Terceiro (e o mais importante): alguém já fez um levantamento de quantas sinopses de séries falam de “uma adolescente é brutalmente assassinada e começa a busca pelo assassino”? Pois é. Achei que seria tudo mais do mesmo e o pior, mais do mesmo com lobos. Mas como queria testar o formato Netflix (e sabia que logo começariam a chover spoilers nas redes sociais) resolvi começar a ver. Primeira imagem é essa aqui: Continue lendo “Hemlock Grove”

Sherlock (BBC)

Acho que estava entre 1994 e 1995, então tinha 13, 14 anos e muito tempo livre. Tinha também já um certo gosto pela leitura, que minha mãe incentivava seguindo este acordo: uma vez por mês eu podia ir na livraria e escolher um livro para levar para casa. Não sei bem por quantos meses isso funcionou, mas sei bem de uma coleção de livros de Sir Arthur Conan Doyle que só consegui por causa desse acordo. Ficava esperando ansiosa até o próximo momento em que entraria na Ghignone da Praça Osório e levaria mais um livro com as aventuras de Sherlock Holmes.

Foi uma fase importante para mim, como leitora. Porque me apaixonei pela Inglaterra vitoriana descrita por Conan Doyle, e a partir disso quis ler mais livros desse período. Digamos assim: foi por causa dele que cheguei aos meus primeiros clássicos. E eis que passei um bom período completamente obcecada pela personagem. De ficar feliz de ter a sorte de gravar em uma fita vhs Dressed to Kill, com Basil Rathbone como Sherlock (e na minha cabeça ele sempre foi “o” Sherlock), por exemplo. Continue lendo “Sherlock (BBC)”

Being Human

Aquela história de sempre: vendo lá as opções de séries no Netflix, vi essa Being Human da BBC entre as opções, e achei que valia a pena dar uma conferida. Sim, é evidente que o que chamou minha atenção foi a palavra “vampiro” na sinopse, mas vá lá, a premissa é interessante: um vampiro (há!), um lobisomem e uma fantasma morando juntos e tentando se passar por humanos normais. Antes que você já comece a ter uma falsa impressão sobre a série, ela tem seus momentos engraçados mas não é comédia. Também ao contrário de muita coisa que tenha personagens sobrenaturais no enredo, ele não se sustenta em casos amorosos – embora é evidente que uma vez que se apaixonar é parte de “ser humano”, isso também aparece ali.

Aliás, chega a ser irônico como uma história com seres sobrenaturais consegue trazer um olhar tão atento à nossa condição, com o que temos de melhor e de pior. Cada uma das personagens busca algo diferente: Annie, a fantasma, nesta primeira temporada quer apenas resolver qualquer pendência que a esteja mantendo entre os vivos. George, o lobisomem, quer ser uma pessoa normal (e de preferência não causar mal algum nas noites de lua cheia, quando se transforma). Temos então o vampiro Mitchell, tentando sobreviver sem beber sangue humano.

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How I Met Your Mother (Primeira Temporada)

Então que fazia tempo que eu ouvia falar de How I Met Your Mother (bota tempo nisso, a série está no ar desde 2005), mas eu sempre acabava me enrolando e nunca assistia. Aí surgiu a oportunidade e fui dar uma conferida para pelo menos saber como era, embora na minha cabeça passar sete anos contando para os filhos como foi que você conheceu a mãe deles parece meio que espichar demais a manteiga no pão, mas ok, vamos lá. Primeiro episódio você assiste achando o Ted cute,  aí continua para ver o que acontecerá após ele dizer “Eu te amo” no primeiro encontro, então de repente você acha o Barney hilário, aí acha fofinho Lily e Marshall e quando percebe já está completamente fisgado e já assistiu todos os 22 episódios da primeira temporada.

Confesso que no começo achava que quem carregava nas costas o programa era o Barney, ele estava sempre ali nos melhores momentos de cada episódio, e as risadas tinham sempre alguma coisa a ver com ele. Mas aos poucos as outras personagens vão conquistando (especialmente Marshall, é muito nhóóóuuum mesmo) e aí até dá para entender porque algumas pessoas continuaram assistindo à série mesmo depois que Ted chegue até a sétima temporada sem ter respondido quem é a mãe dos meninos. Histórias paralelas vão sendo criadas, embora o foco continue sendo a busca de Ted pela garota dos sonhos, como a ida de Lily para a casa dos pais de Marshall (ótimo episódio) ou mesmo a história de como o Barney ficou tosco do jeito que é.

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Mad Men (Primeira Temporada)

Então que a Netflix chegou ao Brasil e eu e o Fábio assinamos para ver qualé. O acervo ainda é bem fraquinho, poucas opções e filmes que lembram mais o Cinema em Casa do SBT (deem uma olhada na categoria Clássicos e chorem). De qualquer modo, tinha lá Mad Men, uma série da qual só ouvia elogios mas nunca tive paciência de baixar, procurar legenda e yadda yadda yadda. Como com o Netflix já vem em HD e legendadinho, lá fui eu toda feliz e marota dar uma conferida na série, começando obviamente pela primeira temporada cujo último episódio acabei de ver.

O que achei? Viciante. Tem o óbvio e muito falado cuidado com os detalhes como figurino e cenário, o que é um trabalho extra para uma série que se situa em uma época específica do passado. A história se passa nos anos 60, um período de transição, cheio de novidades mas ainda com algumas mentalidades dos tempos da Grande Guerra. As mulheres começam a ganhar seu espaço, mas na maior parte do tempo “são só mulheres”, como fica claro na agência de publicidade machista liderada por homens que ainda acham que o papel delas é ficar em casa cuidando dos filhos e que ter amantes faz parte do contrato, por exemplo.

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Californication (Primeira Temporada)

Arquivo X acabou tem aí uns 8 anos, e eu lembro que as últimas temporadas já nem fazia mais tanta questão de ver, o segundo filme também não. Mas desde o lançamento de Californication (2007) morria de curiosidade de saber como o Duchovny acabava se saindo fora da pele do Mulder, e aí eu fui enrolandinho, enrolandinho até que tirei um dia aí para conferir a primeira temporada (sério, foi um dia inteiro. Licença maternidade quando o bebê ainda não chegou é bacana, né?).

Enfim, vamos à primeira questão, sobre como o Duchovny se sai sem ser Mulder. A resposta é: muito bem. Ao encarnar Hank Moody, o escritor que não consegue escrever mais nada de novo e se encontra em plena crise de meia idade, nosso querido agente do FBI fica lá para trás, esquecido.É uma outra pessoa, outra personagem e Duchovny consegue deixar isso bem claro desde o início. Tchau, Mulder! Olá, Moody!

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Supernatural (Primeira Temporada)

Uma amiga minha comentava que não entendia aqueles locutores de jogos de futebol que ao narrar uma partida que já tinha acontecido e cujo resultado eles já sabiam, faziam todo um estardalhaço na hora do gol. No final das contas eu estou me sentindo um pouco como um desses locutores ao vir falar aqui da primeira temporada de Supernatural, série que começou a passar lá fora em 2005 e esse ano chega a quinta (e provavelmente última) temporada. Todos que acompanharam os primeiros episódios devem ter pensando o mesmo “WTF, QUE SEASON FINALE É ESSE?”, mas aí eles conversaram juntos sobre isso, ficaram procurando spoilers durante o intervalo para a segunda temporada, etc. etc. etc.

Mas hey, pelo menos estou vendo agora né? Com sorte acabo a tempo de acompanhar o quinto ano  (primeiro episódio previsto para 10 de setembro). Antes de começar a falar sobre a primeira temporada, vamos para o essencial que deve ser dito: é uma série de terror/aventura. Se essa não é sua praia, é meio óbvio que você não vai gostar. Pronto, agora vamos para o primeiro ano.

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