Lugar Nenhum

lugar nenhumEntão que em 2007 dois livros do Neil Gaiman que fizeram com que o gosto agridoce de Deuses Americanos finalmente saísse da garganta. Primeiro Os Filhos de Anansi, divertidíssimo e com algumas personagens bem marcantes. Agora, Lugar Nenhum. Se bem que usar “agora” para se referir ao livro é um tanto estranho. Isso porque, apesar de ser lançado aqui no Brasil pela Conrad em outubro de 2007, o livro já existe tem quase uns 10 anos.

“10 anos?!!” Sim, sim… Na verdade, ao contrário do que tem acontecido cada vez com maior freqüência, primeiro veio uma série de tv (lançada em setembro de 96 na BBC) e depois Gaiman ‘novelizou’, digamos assim, a série, criando então Lugar Nenhum (Neverwhere em inglês).

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Nós que adoramos hqs

Decidi doar minha coleção de hqs. A coisa foi mais ou menos assim: lá no trabalho tem um cara que está exatamente na fase mais legal do fã de quadrinhos. Aquela que você quer ler tudo, quer conhecer tudo, e não dá a mínima para quem é o autor, quem é o ilustrador, o que é Marvel, DC, Vertigo e afins. Fui tomada de nostalgia, e comecei a fazer com ele o que o Rafael fez comigo lá nos tempos de PUC: estou emprestando alguns títulos que acho bacana (e bem, como disse, agora vou doar minha coleção).

O engraçado é perceber como as coisas se embaralham e já nem lembrava mais direito quando é que tinha começado esse meu gosto pelos quadrinhos. Aí hoje cedo estava fazendo uma espécie de flashback, para chegar até o ponto em que gastar 60 reais em uma HQ não soava tão absurdo assim, e lembrei que meu passado é negro. Como sempre.

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Por que não?

“E eu pensei: por que não? Por quê? Há um mundo lá fora. Um mundo de bebida e drogas e música. Um mundo de táxis pra casa às cinco da manhã. Por que eu deveria estudar para as provas quando poderia ser uma dançarina de auditório de algum programa de TV de madrugada para menores de 25 anos? Eu quero ser a garota que os rapazes querem. Aquela com peitões, um grande sorriso e nada na cabeça. Quero ser uma menina levada antes que seja tarde. Por que não?”

Quando li isso em Como Matar Seu Namorado pelo primeira vez, eu tinha então 18 anos. Na época eu realmente repetia o “Eu quero ser a garota que os rapazes querem” como uma espécie de mantra e acabei reduzindo todo o signficado dessa história apenas no que se referia a sedução em si.

Não que isso não importe, eu sempre vou me incomodar bagarai por não ser a garota que os rapazes querem (uma pira para desenvolver outro dia). Mas Como Matar Seu Namorado não é sobre isso. Grant Morrison não escreveria algo sobre isso.

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A Piada Mortal

Está aí uma HQ que eu não canso de reler. Não vou entrar nos méritos de “É Alan Moore, você queria o quê?”, porque ninguém é perfeito e um dia Alan Moore vai pisar na bola. Um dia, mas não agora. “A Piada Mortal” nasceu clássico.

Foi criada em 1988, ilustrada por Brian Bolland (final dos anos 80 foi um período muito bom para as HQs, acredito eu). Em “A Piada Mortal”, Coringa aparece mais insano do que nunca, e por mais contraditório que possa parecer, é da boca dele que saem as verdades mais sensatas.

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Dica de HQ

Dylan Dog nº 17 (Obsessão)

Tá muito boa, fazia tempo que eu não lia uma história tão bacana do Dylan Dog. Ok, todas as histórias são legais para mim, mas essa de alguma forma foi especial.

Essa fala sobre uma detetive que consegue mandar um assassino para a forca, mas que é constantemente perseguida pelo… fantasma dele o.O A história tem cenas trash ao estilo ‘fura bucho’.

As velhas piadas do Groucho ainda estão lá, tem o Dylan todo galinhão, o mistério… enfim, está perfeita. Custa só 5,50 reais, acho que é uma boa sugestão para que os que não conhecem Dylan Dog sejam devidamente apresentados.

Mais presentes

AHHHHHHHH!! Ganhei Asilo Arkham da minha irmãããã!!!! :joy: Natal é uma época tão boa ^^

Fui na casa da Lu e do Marlo hoje à noite. Eles fizeram fondue de chocolate, nham nham! O melhor de tudo, é que tinha até cereja. Meu, eu nunca tinha comido cereja de verdade até hoje (só aqueles chuchus em calda de mercado, hihihihi). Muito bom!

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Tímida Violetta

“Tímida Violetta…” “ou, A Princesa que Fazia o que Queria”

Há muito, muito tempo, antes do Sol e da Lua se separarem, havia um rei e uma rainha tristes por não terem filhos. Numa noite de verão, quando a Rainha não conseguia dormir com os suspiros de seu marido, ela foi ao jardim sozinha. Lá, onde ela havia regado tanto o solo com suas lágrimas, a Rainha encontrou uma criança. Uma menininha perfeita.

O coração da Rainha disse a ela que a criança era sua filha querida. Ela arrancou o bebê de seu berço de folhas e acordou o Rei. Porque os olhos da princesinha era de um púrpura tão maravilhoso, e sua pele suave como pétalas, ela foi chamada Violetta. Continue lendo “Tímida Violetta”

Como uma Luva de Veludo Moldada em Ferro

Ganhei de presente do Lê ontem  :joy:

É do Daniel Clowes, rapaz de quem pelo visto deveria me envergonhar por nunca ter ouvido falar. Bom, fui dar uma pesquisada sobre o sujeito depois e ele é famoso nos quadrinhos udigrúdi norte americanos. Embora as palavras “famoso” e “udigrúdi” soem esquisitas quando juntas, mas…

Sem pirações, que de pirada já basta a hq. Serinho, quem procura uma história convencional é melhor passar longe de “Como uma Luva…”. A sensação que se tem ao ler a história é que o Clowes passou um pesadelo dos mais bizarros para a HQ. Coisa para fazer os filmes do David Lynch parecerem Sessão da Tarde *mesmo*.

A história começa com Clay Loudermilk assistindo a um filme sadomaso e, para supresa do protagonista, a personagem principal é uma ex-namorada. Ele decide procurá-la para saber por qual motivo ela o deixara, e é durante a busca que ele cruza com as situações e os personagens mais bizarros que já vi em HQ até hoje.

Vale a pena dar uma conferida. Não é algo fácil de engolir, mas é diferente (e para mim, isso já conta como um ponto a favor em qualquer coisa).