Hell House (Richard Matheson)

Publicado em 1971 e sendo relançado agora no Brasil pela Editora Novo Século, Hell House foi escrito por Richard Matheson, o mesmo autor de Eu sou a lenda. E assim como Eu sou a lenda já ganhou versões para o cinema, eu só vi uma, mas bem, já nem lembro mais a razão, mas sei que não curti A Casa da Noite Eterna (1973), dei três estrelinhas só. Então não tinha lá muitas expectativas sobre o livro, apesar de várias pessoas estarem lendo e elogiando.

E o bom de não ter expectativas é que é possível se surpreender. Gostei muito do livro e colocaria fácil em uma lista de melhores histórias de fantasma que já li. Não só pelo fator assustador da história, mas pelo modo como Matheson desenvolve a narrativa, que foi muito bem sacado. Um grupo com quatro pessoas vai investigar uma mansão assombrada: um físico, a esposa dele, uma médium e um rapaz que conseguiu escapar da mansão anos antes.

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Evocando espíritos

Histórias de fantasma não precisam ser verdadeiras para assustar. Até porque dependendo de sua crença, você poderia até estar vivendo em uma sem se dar conta disso, buscando respostas racionais para o que acontece. Então eu nem quero entrar nos méritos de Evocando espíritos mostrar já logo no começo o famoso “baseado em fatos reais”, porque verdade seja dita, o cinema molda os tais dos fatos reais da forma como acha melhor, e isso não quer dizer necessariamente se manter fiel aos acontecimentos.

Mas o fato é que o filme assusta. E muito. Eu já tinha perdido minhas esperanças com o horror norte-americano e pans, vem esse aí. Em teoria não é muito diferente de Terror em Amityville, com uma família mudando-se para uma casa “com uma história”. No caso da família Campbell, o novo lar em Connecticut fora uma funerária. Ok, até aí nada assustador.

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Coming Soon

Ahhhh, o horror tailandês! Que coisinha mais batutinha! A premissa é quase sempre a mesma, fantasmas vingativos e um mistério relacionado a esses, mas a verdade é que mesmo assim eles conseguem cumprir seu propósito de forma eficiente: assustam. Veja o caso de Coming Soon, por exemplo. Ele até começa meio confuso…ok, ontem *eu* estava meio confusa e isso pode ter pesado um pouco na hora da compreensão da história. De qualquer forma, as cenas iniciais mostrando a história de Shomba já dão um baita medo.

O roteiro é de Sopon Sukdapisit e o nome pode até não dizer nada para você, mas digamos que ele esteve envolvido com Espíritos 1 e com Espíritos 2 – eu continuo achando um absurdo terem vendido como continuação filmes que na verdade são diferentes, mas deixemos isso para lá e vamos aos fatos: lembrando desses dois filmes, meio que já se sabe o que dá para esperar de Coming Soon.

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O Orfanato

Eu nunca tinha dado atenção para como o pessoal da língua espanhola parece ter um dom especial para histórias de fantasmas. Fugindo do esquema anglo-saxão de castelos e histórias de amor que não deram certo, a base nos filmes hispânicos é quase sempre um crime horrível – o que de certa forma traz a história para mais perto da realidade do que da fantasia, apesar do tema.

E isso é importante para a criação da atmosfera de horror. Se você embarca em uma história que desde o momento grita “É só uma história!” você não compra a idéia e consequentemente não tem medo. É por isso que Poe, por exemplo, é tão genial: o horror dele é o horror de sermos humanos e percebermos do que somos capazes no momento da loucura.

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