Eu vou forrar as paredes…

…Do meu quarto de miséria
Com manchetes de jornal
Pra ver que não é nada sério…1

Sabe, o mundo está louco e não é de hoje. Eu tenho evitado comentar aqui no Hellfire, porque somando os fatos com minha ranzinzice crônica, a pessoa que lesse meu post depois acabaria optando por tomar formicida com guaraná.

Desde os mais recentes escândalos políticos até os moleques batendo em doméstica “porque acharam que era uma prostituta“, o fato é que parece que nossos valores estão ultrapassando a barreira da distorção. Agora, bacana mesmo é a distorção que uma mente poluída como a minha consegue fazer de uma notícia como essa:


  1. Cazuza – Um Trem Para as Estrelas 

De porque eu e o passado não nos damos muito bem

girl_with_dunce_cao.jpgNão sei se vocês já passaram por uma situação assim: prova importantíssima, daquelas salvadoras ou arrasadoras. Professor decide elaborá-la como uma prova de múltipla escolha, e deixa vocês anotarem a resposta para então conferirem o gabarito. Aí você faz a prova e uou, aparentemente detonou. Aparentemente. Porque quando você confere o gabarito, percebe que errou quase tudo.

É mais ou menos assim que me sinto com relação ao passado. Porque a medida que o tempo passa, a vida começa a dar gabaritos para mim, e aí eu percebo quanta burrada fiz quando achava que estava tudo no mínimo bem.

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A menina que roubava livros

Antigamente, quando eu ainda estava na fase das grandes descobertas literárias, lembro que terminar um livro do qual gostava muito era ao mesmo tempo bom e ruim: bom, porque eu sabia o destino de personagens que me cativaram. Ruim, porque a história acabava, e não existiriam novas histórias com essas personagens.

Dava saudade, sabe? E fazia muito tempo que não sentia isso. Ontem, depois de anos, senti novamente quando cheguei ao fim de A menina que roubava livros, do Markus Zusak. O enredo é interessante, Zusak utiliza técnicas bacanas durante a história toda, mas o que encanta mesmo são personagens como a roubadora de livros, Liesel, e seu pai de criação, Hans.

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Embracing my inner freak

Eu achava que tinha alcançado o cúmulo da nerdice quando comecei a assistir a série clássica de Star Trek (e o pior, gostar!!), mas nunca se é nerd o bastante!! Ahhh, não, não é. Você ainda pode cruzar com uma minissérie chamada Battlestar Galactica e, piuf, lá vai você ganhar mais dois graus na escala nérdica.

E sabe o que é pior (ou melhor)? A minissérie é muito boa, independente de você curtir sci-fi ou não. Porque a parte das naves, das batalhas e afins servem apenas de pano de fundo para o drama vivido pelos sobreviventes de um ataque que dizima todas as colônias terráqueas.

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Eu bebo sim!

Dia desses eu estava fazendo uma pesquisa por imagens no Google e encontrei uma página que apresentava 365 bons motivos para beber. É um calendário completo, com datas comemorativas e aniversários, incluindo uma receita ou outra de drinks. No meu aniversário, por exemplo, temos lá:

Festival of Women as Cultivators (Persian). Bet the ladies were excited about this one.
Farmer’s Cocktail
1/2 oz dry vermouth
1/2 oz sweet vermouth
1 oz gin
2 dashes bitters
Stir ingredients with ice, strain.

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We’re All Going To Hell

Tempos atrás eu estava contando sobre um conto de fadas musical vivido por minha ex-caloura, o que era possível especialmente por causa da internet. Depois da banda dela, comecei a prestar mais atenção nisso e notei que muita gente tem se tornado um sucesso especialmente por causa dos MySpace da vida.

Aí ontem eu recebi uma indicação do meu irmão lá no last.fm, de uma banda chamada The Bastard Fairies. Logo depois de ouvir a indicação fui fazer minha pesquisinha básica e descobri que a banda (na verdade é um homem e uma mulher) também são desses casos de estouro pela internet (mas para eles o que ajudou foi o YouTube).

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Tarantino’s Mind

Essa é para os fãs. Com direção e roteiro coletivo da 300 ML e produção da Republika Filmes, Tarantino’s Mind. O áudio está uma meleca (se bem que eu estou achando que minhas caixas de som é que estão uma meleca…), mas o curta é MUITO legal. Selton Mello e Seu Jorge divagam sobre os filmes de Tarantino, buscando relações entre as personagens de um filme para outro.

(Sendo chata, um furo na tese: Mr.Blonde e Budd)

Would you like to repeat this hour for eternity?

Sábado assisti 1408, finalmente. Bom, eu definitivamente não esperava mais do filme, mas certamente ele poderia ser melhor. Como isso? Bem, explico, mas vamos por partes. Antes de mais nada, tenha em mente que quanto menos você souber do filme, melhor (e que sim, só o trailer já esculhamba um pouco a experiência).

A história não tem nada de muito novo, uma espécie de Padre Quevedo versão cool (cool porque é o John Cusack, hehe) e escreve livros sobre os lugares mais mal-assombrados da América. Ele não é famoso e obviamente não é o sujeito mais feliz do mundo, segue apenas de um hotel para outro, passando uma noite nos supostos quartos assombrados e reportando o que acontece durante o período.

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A Estrada da Noite

Pois então, conforme prometido, cá estou. Antes de tudo, vamos ao óbvio: não é uma obra prima da Literatura contemporânea, nem é o tipo de livro que daqui uns anos estudantes de Letras se debruçarão sobre ele estudando as mil e umas técnicas narrativas empregadas pelo autor, Joe Hill, para contar a história do roqueiro Judas Coyne, que passa a ser atormentado por um fantasma após comprar um ‘paletó assombrado’.

Não, não acontecerá isso, porque Estrada da Noite é só diversão. É como assistir um filme pipoca – você não está em busca de diálogos primorosos, uma fotografia perfeita ou aquelas cenas com longos silêncios: quer apenas uma aventura que te distraia por um tempo.

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