De porque eu e o passado não nos damos muito bem

girl_with_dunce_cao.jpgNão sei se vocês já passaram por uma situação assim: prova importantíssima, daquelas salvadoras ou arrasadoras. Professor decide elaborá-la como uma prova de múltipla escolha, e deixa vocês anotarem a resposta para então conferirem o gabarito. Aí você faz a prova e uou, aparentemente detonou. Aparentemente. Porque quando você confere o gabarito, percebe que errou quase tudo.

É mais ou menos assim que me sinto com relação ao passado. Porque a medida que o tempo passa, a vida começa a dar gabaritos para mim, e aí eu percebo quanta burrada fiz quando achava que estava tudo no mínimo bem.

E sabe, viver pensando que algumas coisas poderiam ser diferente, que a resposta era ‘a’ e não ‘n.d.a’ é simplesmente cruel. Aliás, não é viver. “Mas aí você pode aprender com seus erros“, alguém pode dizer. Não, não pode.

Porque você nunca encontra encruzilhadas iguais. Não adianta você aprender a reagir de tal maneira em determinada situação, se no futuro você encontrará outra que, por qualquer detalhe mínimo, requeira outra reação sua.

Então, digo para vocês: é por isso que eu e o passado não nos damos muito bem.

7 comentários em “De porque eu e o passado não nos damos muito bem”

  1. zuleica – Vinte e tantos anos foi assim, minguados fins-de-semana para encontros pessoais. Os livros, jornais e revistas eram os dedicados amigos substitutos, dispostos a me acompanhar sem queixas à qualquer lugar. Os fins-de-semana agora estam mais extensos, estou mais disponível, mas mantenho em parte o hábito e não desejo modificá-lo. Por isso Veríssimo, para mim, é íntimo. David Coimbra, indispensável. Carnegie meu conselheiro. Lowen, Estés, Gibran, Bonder, Verne, Clark, Andrews, A. Rochais e outros são parceiros na mesa de debates que existe em meu mundo mental e emocional. Recorro a eles ao tomar decisões, em busca de inspiração, afinal “amigos assim” se pode ocupar tranqüila e serenamente. Neste espaço compartilho com você as pérolas desta convivência. Confira e opine
    kuinzytao disse:

    Mas… ;)dá para observar se é um comportamento recorrente de “se colocar” em uma posição em que sempre será supreendida; ou, quando acontece, observar se sua reação é desproporcial ao acontecimento atual, ou se há uma atonia. As vezes, revisitar o passado não serve para utilizar os mesmo métodos ou traçar uma estratégia melhor, e sim para um método terapeutico que se chama catarse. Reviver sem censura um acontecimento crítico em nossas vidas, tem um poder curativo. Não desista de seu passado ele formou a pessoa linda que você é.

  2. Eu entendo como é. Eu também não sou muito amigo do passado – em certos pontos. Mas eu larguei mão de me preocupar com as partes que teoricamente teriam me ensinado algo, e, quando se trata de passado, só penso nas que realmente me trouxeram algo, ou seja… As partes em que eu acertei. hehe Que comentário mais auto-ajuda, o meu… ¬¬ hehe
    smack
    =***

  3. O pior é que sabe aquela prova de alternativa que sempre te dão a dica, se não souber nada marca tudo na opção A que pelo menos vc acerta a metade. Pois é eu e meu passado somos assim. O prob é que não teve muito A no gabarito, céus…

  4. A vida é mais um Camel Trophy do que uma Fórmula 1: A idéia é chegar no fim sentindo-se bem, passando pelos obstáculos e não destruíndo muita coisa no caminho.

    Se fosse prova, a média era 5: só precisa acertar tanto quanto você errou; se conseguir acertar mais, melhor, mas ficar no meio não é um resultado tão ruim.

  5. Anderson "Mené" Vieira – Brazil – Ainda não sei o que falar sobre mim. Na verdade eu sei mas eu não quero assustá-lo logo de cara. Quero fazer isso aos poucos.
    Menegroth disse:

    É…detesto o meu passado também. Sempre penso assim: Ahh Anderson, era só fazer assim e você seria muito feliz. Como não pode ter visto isso antes? Era simples…estava na cara… porque não o fez?
    Nos meus sonhos mais lindos eu posso voltar no passado.
    Detesto o passado…

  6. zuleica – Vinte e tantos anos foi assim, minguados fins-de-semana para encontros pessoais. Os livros, jornais e revistas eram os dedicados amigos substitutos, dispostos a me acompanhar sem queixas à qualquer lugar. Os fins-de-semana agora estam mais extensos, estou mais disponível, mas mantenho em parte o hábito e não desejo modificá-lo. Por isso Veríssimo, para mim, é íntimo. David Coimbra, indispensável. Carnegie meu conselheiro. Lowen, Estés, Gibran, Bonder, Verne, Clark, Andrews, A. Rochais e outros são parceiros na mesa de debates que existe em meu mundo mental e emocional. Recorro a eles ao tomar decisões, em busca de inspiração, afinal “amigos assim” se pode ocupar tranqüila e serenamente. Neste espaço compartilho com você as pérolas desta convivência. Confira e opine
    kuinzytao disse:

    Participei, mas não falei o que sinto sobre o meu passado. Eu ficava irada quando lembrava “os foras” que eu dava. Em geral por estar mais dentro de um livro, do que em contato com o que ocorria ao lado. E carreguei isso amargamente(como eu era estúpida, como eu era idiota). Alguém sugeriu que eu deveria fazer um “julgamento de mim”, considerando as minhas condições e conhecimento na época. Segui esse conselho e aí que percebi que a minha inocência é mais um motivo para admiração, do que para desprezo ou raiva.

  7. Você não está muito exigente consigo mesma, não? A gente meio que tem uma mania de estar sempre descontente, ainda mais se for com as nossas próprias pessoas.
    Conselho de alguém que certamente não tem moral para dar conselhos, ainda mais nesse tema do post, mas pelo menos já rodou um pouco mais: Relaxa um pouco e tente se dar bem com o futuro. (Chavão puro, eu sei)

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