Dália Negra (James Ellroy)

Primeiro, vamos aos fatos: 1) Não, eu não vi o filme de Brian de Palma inspirado nessa obra de James Ellroy (que também escreveu Los Angeles: Cidade Proibida). 2) Comprei Dália Negra em uma promoção da Livrarias Curitiba e eu se fosse você aproveitava e dava uma garimpada lá, livros por apenas R$9,90 (e o que é melhor: não são todos de auto-ajuda, como costuma acontecer em promoções assim). Acertado tudo isso, vamos então ao livro em si.

Eu já tinha ouvido falar na história do assassinato da atriz Elizabeth Short – sabe como é, difícil ter acesso à Internet e em algum momento não ficar sabendo de casos que nunca foram solucionados. O que James Ellroy se propõe a fazer é escrever o que acredita ser a conclusão do crime, a partir de anos colhendo informações sobre o assunto.

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We’re not in Kansas anymore, Toto

Sim, como devem ter percebido, desde o final de fevereiro o Hellfire estava fora do ar. Após um problema com o servidor todos os sites hospedados no servidor da Valinor  foram para as cucuias, e com isso veio o desânimo, a necessidade de cuidar do Meia Palavra (que passou pelos problemas) e acabei deixando o retorno do Hellfire para o fim.

Até cogitei não continuar, e depois pensei “Vou mudar as coisas quando voltar”, mas a verdade é que sou preguiçosa e adoro uma rotina, e as coisas vão continuar do jeitinho que eram: eu escrevendo aleatoriamente sobre filmes, livros, séries e o que mais der na telha.

Então cá estou eu novamente, embora ainda em processo de recuperação de alguns posts entre agosto do ano passado e o dia do apagão. Logo as coisas voltam ao normal e tudo será como se eu tivesse passado uma temporada (quase um mês) fora, prometo.

E antes que eu me esqueça: já sei o sexo do bebê, será um meninão. Previsão de nascimento agora é 04 de setembro. ;D

Tingo

Ontem nenhum aluno apareceu (nesses casos sempre lembro de uma colega de Tópicos de Estudo em Linguística perguntando para o professor “Vai ter pré-feriado?”), e fiquei lá preparandinho minhas aulas futuras. O tema de uma das unidades é termos atípicos,  “palavras sem tradução direta em outras línguas” digamos assim, assunto que o Rui já comentou lá no Blog do Meia Palavra.

Aí vi que a referência dessa aula é o livro The Meaning of Tingo and other extraordinary words from around the world, do Adam Jacot de Boinod. Surpreendentemente, já temos uma tradução aqui no Brasil (saiu pela Conrad em 2007), que pode ser encontrada como Tingo: o irresistível almanaque das palavras que a gente não têm. Parece um daqueles livros divertidíssimos, se for considerar alguns exemplos que traduzi lá da edição americana:

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Generation Dead (Daniel Waters)

Desde que os primeiros mortos começaram a se levantar nos cemitérios da cultura pop, a idéia de zumbis como uma metáfora para nossa sociedade vem acompanhando essas histórias. Pegue lá Dawn of the Dead, o filme do Romero, que na leitura de algumas pessoas faz uma crítica ao consumo desenfreado nos tempos (já nem tão) atuais. E aí você pega Generation Dead, livro de estréia de um tal de Daniel Waters (escritor tão obscuro que você não encontra na Wiki, mas que tem um blog no blogspot) e fica pensando “Ok, como é que esse livro poderá me surpreender?”

E o mais engraçado, como quase tudo envolvendo zumbis:  você sempre acaba se surpreendendo. Nesse caso, o que mais chama a atenção é que em teoria, Generation Dead é um livro teen com mortos-vivos. Em teoria não, porque nuss, tem um monte de coisa de futebol americano e baile da escola e blablabla. Mas não é chato, pelo contrário, você simplesmente não consegue largar o livro. E quando o assunto é a metáfora para nossa sociedade… olha, acho que esse foi o que tocou mais fundo o dedo na ferida.

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Blood Feast

O primeiro splatter de todos os tempos. Você não assiste um filme assim esperando uma obra-prima, uma pérola da sétima arte, é óbvio. Mas no final das contas enquanto assistia a Blood Feast, eu não deixava de pensar em Plano 9. Êta filme ruim! Por exemplo, qualquer atuação fraca o suficiente para que uma pessoa leiga como eu possa perceber que trata-se de uma má atuação, é provavelmente péssima. Mas wtf, o importante é se divertir. E teve até algo de nostálgico ver o elenco principal trabalhando, lembrei na hora dos teatrinhos que fazíamos no colégio, hehe. A melhor, quer dizer, a pior, é a Connie Mason, como Suzette.

A história é assim: a mãe da Suzette (uma dondoca hilária) contrata os serviços de um tal de Fuad Ramses para fazer um banquete egípcio para a filha. Mal sabe ela que o tal do banquete é um ritual para trazer à vida a deusa Ishtar. Buawhahaha! Poisé. Então por que diabos o filme é tão comentado?

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