Ultraje

Das lembranças que eu tenho de infância, eu lembro sempre de uma vez que eu, meu pai e meu irmão estávamos dentro do carro no estacionamento do supermercado, esperando minha mãe fazer compras. Aí começamos a cantar:

O meu chiclete faz ploc
O seu chiclete faz bum
O meu chiclete faz ploc
O seu chiclete faz bum
Bum bum bundão
Bum bum bundão
Bum bum bundão…

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Descompasso Literário

Ano passado estava procurando um presente de natal para minha sobrinha e, pensando na idade e tudo o mais, achei que o ideal seria dar algum livro que marcou minha infância para ela, já que a Bibi (para meu orgulho) também tem o bom hábito de ler. Aí fiquei na dúvida: dou para ela A Marca de Uma Lágrima ou A Morte tem Sete Herdeiros?

Sabia que, infelizmente, ela já tinha passado da fase de ler A Vida Acidentada de um Vampirinho, bem como A Fada que Tinha Idéias e Flicts. Mas eu apostava em senhores como Pedro Bandeira, ou ainda em algum título de Marcos Rey na Coleção Vaga-lume. E qual a triste conclusão que eu chego? Que mesmo que ela tenha acabado de completar 12 anos, esses livros não servem mais para ela.

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Detetive

Minha infância foi marcada pelos jogos de tabuleiro. Passei horas jogando até me tornar uma milionária no Jogo da Vida, chutei longe todas as pecinhas do War, me dava muito bem com Cotidiano e Entretenimento mas acabava me ferrando em Artes e Ciências no Master… E me divertia muito, mas muito mesmo com o Detetive.

Eu sei de caso de pessoas que nunca jogaram (cofcof), o que até pouco tempo atrás achava impossível. Para essas pessoas, sugiro a leitura desse FAQ aqui, que poupará o tempo da explicação.

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O Mistério do Minuano

Quando você era criança e tinha vontade de tomar um refrigerante bem geladinho de limão, o que você pedia? Sprite? Se você era criança nos anos 80, e morava no Brasil, a resposta não é bem essa. Na verdade, ela varia um pouco com a região do Brasil na qual você morava. Por que isso? Bem, lendo recentemente o Almanaque Anos 80, vi uma ligeira insistência em falar da tal Fanta Limão.

Fiquei indignada, como é que eles poderiam ter esquecido do delicioso Minuano Limão?! ESSE era o refrigerante de Limão! E na minha cabeça conseguia ver claramente iô-iôs da Coca Cola, verde e brancos com a marca do Minuano estampada. Alguma coisa estava errada ali.

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Ren & Stimpy

Não fazem mais desenhos como antigamente. Assisti um episódio de Ren & Stimpy ontem no Fábio. Que saudades das tardes assistindo esse que é um dos desenhos mais pirados e bagacêras que eu já vi até hoje.

Btw, a palavra saudades deveria ter uma foto minha ilustrando o verbete em alguma enciclopédia qualquer.

***

Fui buscar meu histórico no DAA e levei dois sustos:

1. Estou no 10º período
2. Já tive IRA 0,81 um dia (atualmente estou num medíocre 0,62)

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Melhores e piores dos anos 80

Saiu uma matéria no UOL Música com uma relação dos melhores e piores dos anos 80. A enquete rolou durante dois meses e as músicas selecionadas foram as que mais tocaram nas rádios entre 1980 e 1989. As listas (vou deixar em vermelho as que eu gosto):

Sucessos brasileiros preferidos dos anos 80
“Eduardo e Mônica”, com Legião Urbana (1986)
“Sonífera Ilha”, com os Titãs (1984)
“Que País É Este”, com o Legião Urbana (1987)

“Como Eu Quero”, com Kid Abelha (1984)
“Ideologia”, com Cazuza (1988)
“Menina Veneno”, com Ritchie (1983)
“Um Certo Alguém”, com Lulu Santos (1987)
“Muito Estranho”, com Dalto (1982) (WTF is Dalto?!!!!!)
“Óculos”, com Paralamas do Sucesso (1984)
“Louras Geladas”, com o RPM (1985)

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O Menino Maluquinho

Então. Colégios têm sempre tradições, e uma das tradições do Lourdão era ler “O Menino Maluquinho”, do Ziraldo. Acho que não teve gente que escapou de ler, mesmo porque ganhamos até versões de bolso do livro no Dia das Crianças.

Mas é um livro bacana bagarai. Simples e inocente, é claro, mas muito legal. Tem algumas sacadas, jogos de palavras, etc. que não aparecem em livro “de gente grande” digamos assim. No final das contas, o livro é todo poesia. Continue lendo “O Menino Maluquinho”

Tédio

Tédio (Biquíni Cavadão)

Sabe esses dias em que horas dizem nada
E você nem troca o pijama, preferia estar na cama
O dia , a monotonia tomou conta de mim
É o tédio , cortando os meus programas, esperando o meu fim
Sentado no meu quarto
O tempo voa
Lá fora a vida passa
E eu aqui à toa
Eu já tentei de tudo
Mas não tenho remédio
Pra livrar-me deste tédio
Vejo um programa que não me satisfaz
Leio o jornal que é de ontem , pois pra mim , tanto faz
Já tive esse problema, sei que o tédio é sempre assim
Se tudo piorar, não sei do que sou capaz (repete desde o in�cio)
Tédio, não tenho um programa
Tédio , esse é o meu drama
O que corrói é o tédio
Um dia, eu fico sério
Me atiro deste prédio.

Sessão da Tarde

OS FANTASMAS SE DIVERTEM Enquanto corrigia os exercícios dos meus alunos fiquei assistindo ‘Os Fantasmas se Divertem’, ótima comédia dirigida pelo Tim Burton. É bacana pensar que agora ele é ‘Sess�o da Tarde’, quando na verdade já foi filme que esperei ser lançado na locadora.

O bizarro é que eu ainda sei todas as falas de cor! E me divirto com o filme, mesmo tendo assistido tantas vezes. Eu sei que o que me divertia no passado (as piadinhas toscas do Beetlejuice – cujo nome foi lamentavelmente traduzido) não é o mesmo que me diverte agora (o humor negro constante no filme). Mas acho que é isso que faz de ‘Os Fantasmas se Divertem’ um filme especial: ele serve para qualquer época.

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