O Retorno da Revista MAD

newman-alfred.jpgAcabei de ler uma notícia no G1 falando que a Revista MAD voltará a ser publicada no Brasil, agora através da editora Panini. Na hora que li o título pensei “Ué, e em algum momento ela deixou de ser publicada?” Para minha surpresa, sim, desde 2006 ela não aparecia nas bancas. No final das contas, a falta de informação sobre o assunto é mais uma vez um sintoma de algo que está ficando cada vez mais comum: deixar de ler as revistas de papel para acompanhar notícias e artigos apenas pela internet.

Sobre o assunto o Sky já escreveu um ótimo post no blog dele, então voltemos à MAD. Pode parecer estranho, mas MAD é uma das minhas recordações mais fortes de infância no que diz respeito às revistas. Lembro que uma vez meu pai chegou em casa com um monte de MAD (e acho que depois meu irmão começou a comprar, não lembro bem, só sei que elas brotavam lá em casa) e aí me apaixonei.

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Músicas com chuva

Eu não sei se já deixei isto claro aqui no Hellfire, mas simplesmente adoro chuva. Com o calor que tem feito nos últimos dias, amo ainda mais. Fico aqui lembrando dos versos do Velvet “Who loves the sun?/not everyone“… e já que falei de música, ei, vamos para um novo top5? :mrpurple:

A idéia é essa aí: música com chuva. Músicas que tenham chuva na letra. Eu já esbocei esse top5 em algum lugar/algum momento, mas agora com a tecnologia, posso oferecer para você, dona de casa, um top 5 cheio de videos do youtube (é só clicar nos links). Viva!

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Os anos 90

Dia desses comentei sobre a notícia de um provável retorno do New Kids on the Block e fiquei com uma pulga atrás da orelha enquanto pensava sobre o cenário musical nos anos 90. Foi o estouro do Nirvana e de outras bandas bacanas como Radiohead, Blur, No Doubt e de artistas como Beck e Alanis. Aqui no Brasil bandas como Skank, Raimundos e Pato Fu e artistas como Chico Science e Cássia Eller conquistaram um lugarzinho ao sol em um cenário até então dominado pelas mesmas bandas de sempre (Legião, Ira, Capital, Paralamas, etc.). É, parece um bom quadro, não?

Mas aí comecei a esmiuçar os arquivos musicais dos anos 90 e encontrei alguns casos que fazem com que eu concorde com a teoria do Fábio: os anos 80 foram tão, mas tão bregas, que ultrapassaram os limites da década e ocuparam um pouco dos 90 com sua breguice. Duvida? Então diz aí se você não lembra de micos como…

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Infância, Atreyu e crianças chorando

Como já devo ter contado por aqui, eu tive uma infância feliz. Andava de bicicleta pelo bairro, brincava na casa dos amigos, desenhava, escrevia, cantava, pulava. Tinha ‘n’ pretensões artísticas, que foram ficando para trás com a idade e o avanço da timidez. Planos malucos, esquecidos a partir do momento que deixaram de ser ‘planos’ e a palavra ‘malucos’ foi agregada. Enfim, criança típica de bairro.

Aí, quando você é uma típica criança de bairro, sua vida não é marcada por graaaandes tragédias ou tristezas. Pelo menos não até um certo ponto da sua infância (como quando você descobre que não importa o quanto você gosta de uma pessoa ou bichinho de estimação, às vezes eles morrem). Aí, de onde mais uma criança poderia tirar seu primeiro contato com a tristeza senão através do maravilhoooooso mundo do faz-de-conta hollywoodiano?

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Tomô?

Lembram dos mamíferos da Parmalat? É né, já tem aí uns dez anos desde que troquei meus códigos de barra pelo Quasímodo (era um urso polar, não tinha sobrado nenhum outro bichinho legal na promoção). Ahhhh, quantas mamães orgulhosas não tiraram aquelas fotos breguérrimas com os filhinhos vestidos de mamíferos, ahn?

Poisé. Agora uma agência publicitária muy esperta teve a grande sacada de chamar aqueles pequerruchos para o novo comercial da Parmalat. Amanhã (quinta-feira) no intervalo do Jornal Nacional, irá ao ar o novo comercial, desta vez com todos os bebês já na faixa dos 13, 15 anos, tentando colocar as fantasias de bichinhos e, obviamente, não servindo nelas (eles cresceram de tanto tomar Parmalat, sacou, sacou?).

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Série Vaga-lume

Eu não conheço pessoa que goste de ler e não lembre com certa nostalgia da Série Vaga-lume, da Editora Ática. Os títulos da coleção funcionavam como “porta de entrada” para o hábito da leitura, e talvez eram umas das exceções agradáveis nas listas de livros que éramos obrigados a ler na escola.

O Mistério do Cinco Estrelas, Xisto no Espaço, Éramos Seis, Escaravelho do Diabo… tantos livros que tivemos o prazer de ler, ao ponto de deixarmos guardados no baú das boas lembranças junto com brinquedos e desenhos animados favoritos. Poisé, a coleção está fazendo 35 anos agora.

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A sessão da tarde dos outros

Tempos atrás desenvolvi uma teoria de que cada qual tem sua própria sessão da tarde. Sabe, aquela coleção de filmes que lembram os momentos que você podia passar a tarde toda esparramado no sofá sem qualquer preocupação a não ser a lição de casa que você faria perto da hora do jantar (ou simplesmente não faria, dependendo do teor de brabeza da professora).

Já tinha reparado isso anteriormente, quando falava de filmes como aquele da carta de amor que circulava por um monte de gente, causando a maior confusão e as pessoas levantavam a sobrancelha. Isso para não falar daqueles que estranham quando cito a dança do tamanduá africano! E que são dos anos 80, como eu!! *olhos arregalados*

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Cheiros da infância

É engraçado, mas sempre nos atemos aos fatos da infância quando queremos explicar o que somos hoje. Deixamos completamente de lado o modo como os cheiros que sentíamos de certa forma também nos modelaram, pelo menos na busca do que seria uma paisagem ou momento ideal para nós.

Exemplo? Quando começa a chover, a primeira coisa que penso é “Quero fazer um bolo!” e sabe, nem é pelo bolo em si. É que casa com cheirinho de bolo assando em dias de chuva é simplesmente tudo de bom para mim. Melhor do que isso, só se somar o cheiro do chá mate quentinho.

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A menina que pedia livros

Estava hoje conversando com minha mãe, comentando sobre o livro A Estrada da Noite (já teci alguns comentários sobre o que li no Fórum Valinor, caso queiram conferir é só clicar aqui), mas prometo que assim que terminar comento mais sobre ele aqui (so far, so good eu diria).

Ok, então, como eu dizia, estava falando do livro para minha mãe e de puxa, que engraçado, o livro do pai do autor foi a primeira história-grande-sem-figurinhas que li. Aí minha mãe perguntou “Não tinha aquele outro, A Morte tem Sete Herdeiros?“(eu e meu irmão gostávamos muito desse livro, e acho que lemos ‘n’ vezes). Aí eu respondi que não, que esse era do Pedro Bandeira e que era infanto-juvenil.

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Friday I’m in love

Chega sexta-feira e eu sempre lembro dos tempos de colégio, quando eu chegava meio-dia em casa, tirava o uniforme como que me livrando de uma roupa de chumbo, colocava Friday I’m in love do the Cure para tocar e não fazia p* nenhuma no resto do dia. Tinha um significado especial, e não era o de “oba, dia de badalação”, porque nunca tive esse perfil, sinceramente falando.

Eu não sinto saudades da adolescência, e até acho que do meu jeito vivi muito bem essa época. Mas sinto saudades de tocar Friday I’m in love e magicamente me libertar das minhas obrigações (que na época consistiam simplesmente em ir ao colégio).

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