Cinema e Literatura

stranger-than-fiction-2006-poster-0.jpgAcredito que para muitos o filme Mais Estranho que Ficção acabe beirando ali entre o bom e o razoável, enquanto eu achei simplesmente perfeito. E sim, tenho consciência que parte do meu encanto pelo filme veio pelas referências à Literatura que aparecem quase todo momento, mas não acho que seja isso.

A história gira em torno de Harold Crick, um auditor da Receita Federal que em uma manhã percebe que sua vida está sendo narrada por uma mulher. Todos os atos e pensamentos são detalhados “de forma precisa… e com vocabulário melhor“, como Harold descreverá depois. A questão é que no meio de uma das narrativas ele escuta que morrerá em breve.

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Já que tá todo mundo falando…

… eu é que não vou deixar de comentar o Oscar. Por uma certa ironia, acabei dormindo no meio da premiação que mais teve surpresas, escapando completamente daquela “cartilha” dos entendidos do Oscar. Mas nada que uma olhada nos jornais matutinos não resolva, certo?

Pois então, ao Oscar. Falou-se em surpresas mas, no caso dos prêmios especiais, não foram tantas assim. Alan Arkin para coadjuvante e Os Infiltrados para melhor filme foram surpresas, no sentido de não serem os mais esperados (sites especializados indicavam Eddie Murphy e Babel como vencedores, respectivamente).

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De como a lenda virou fato

Cresci ouvindo a “lenda” do jacaré do Parque Barigüi e, como nunca fui freqüentadora assídua do local, a história permaneceu nesse status de lenda até que uns anos atrás um amigo garantiu que viu o tal do jacaré e que não era lenda – na verdade, a “lenda” mede mais de 3 metros de comprimento, e ganhou “lendinhas” como companhia com o passar dos anos (em 2004 apareceu um outro de 80cm de comprimento). Continue lendo “De como a lenda virou fato”

Uma idéia bacana

Não que seja original, mas mesmo assim é bem bacana: junte alguns dos diretores mais conhecidos do cinema de horror e dê para eles pouco menos de uma hora para que desenvolvam uma história assustadora. O resultado disso é a série Masters of Horror, que infelizmente não passa no Brasil.

O que aliás, me leva a questionar: por que diabos os canais a cabo têm aquela programação bizonha com episódios repetindo coisa de três vezes no mesmo dia, deixando de lado a variedade? Lembro que anteriormente você tinha uma grade normal durante toda a semana, e só no domingo passavam reprises. Agora é reprise e Pollishop. Sei não. Se eu pagasse tv a cabo ficaria meio puta com isso.

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E lá vem o Carnaval de novo

Eu não estou ranzinza esse ano sobre o carnaval, portanto vou selecionar coisas boas (sabe como é, always look on the bright side of life – tchuru, tchuru ru ru ru ru) a respeito dessa data festiva na qual pessoas fazem questão de mostrar que estão mais felizes e livres do que o normal, pulando e correndo atrás do trio elétrico e engolindo os confetes que não colaram ao corpo por causa do suor.

(ok, eu disse que não seria ranzinza)

Mas, siiiim, há coisas boas no carnaval. Na verdade, coisas boas o suficiente para poder fazer um top5. Portanto vamos ao…

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Um cara batuta

Nesse mundo de pseudo-celebridades pipocando em todo canto por qualquer coisa, falta um pouco do contato de gente como Franz Xaver Kappus (um cara que sonhava ser poeta) e Rainer Maria Rilke (um grande poeta). Percebi isso lendo ontem o ótimo Cartas a um jovem poeta, uma seleção de cartas de Rilke para Kappus, falando basicamente sobre o ato de criar e, mais adiante, o próprio viver.

Rilke parecia ser um cara batuta. Mas batuta mesmo. Extremamente educado e cordial, sem perder o tom afetuoso. Preocupado em responder o moleque que lhe enviara alguns poemas para que os avaliasse.

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Muita fé

Estava lembrando de um zine que ganhei certa vez, acho que era O Berne, ou coisa assim. Entre várias histórias, tinha uma na qual aliens queriam descobrir as riquezas da terra, e acabam relacionando riqueza com fé, e por causa de um engano gramatical definem que “muita riqueza” (muita fé) seria o mesmo que “fezes”.

Era algo mais ou menos assim, memória tá fraca e eu não sou boa nesse negócio de contar piada, que dirá piada em quadrinhos. O fato é que ontem, após assistir o documentário Jesus Camp, notei que a relação entre fé e fezes não parece ser só um equívoco gramatical.

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OHDEUSPRECISOOPINARSOBREISSO

Então, né, Cicarelli em mais uma confusão: o blog ligado à música da revista Wired publicou um post entitulado Brazilians Prostitutes Turn On iPod (trocadilho entre o “excitar” e o “ligar”). Bla bla bla, video com prostitutas rolando em mp4 bla bla bla… Não chamaria muito a atenção, não fosse um detalhe: o post foi ilustrado por uma foto da Cicarelli. 😆

O G1 em um gesto super elegante entrou em contato com o pessoal da Wired explicando as implicações da utilização da foto e, obviamente, eles retiraram do ar. E apagaram TODOS os comentários feitos anteriormente por brasileiros, então não sei o grau da zoação que rolou ali.

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Terror das antigas

Como tudo mundo está careca de saber, eu gosto muito de filmes de terror. Na verdade, gosto tanto que já vi uma penca – bons e ruins. E é claro que, por ver muitos, eles em dado momento ficam extremamente repetitivos, é só ver o caso da quantidade de filmes no estilo Os Outros que saiu da época do lançamento deste até atualmente, por exemplo.

Aí, para fugir da repetição, a melhor forma é recorrer ao horror das antigas, de 1985 para baixo, até porque além de serem um tanto mais originais, os filmes dessa época ainda não estavam presos nas correntes do politicamente correto (hã,hã, falei bonito).

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