O Retorno da Revista MAD

newman-alfred.jpgAcabei de ler uma notícia no G1 falando que a Revista MAD voltará a ser publicada no Brasil, agora através da editora Panini. Na hora que li o título pensei “Ué, e em algum momento ela deixou de ser publicada?” Para minha surpresa, sim, desde 2006 ela não aparecia nas bancas. No final das contas, a falta de informação sobre o assunto é mais uma vez um sintoma de algo que está ficando cada vez mais comum: deixar de ler as revistas de papel para acompanhar notícias e artigos apenas pela internet.

Sobre o assunto o Sky já escreveu um ótimo post no blog dele, então voltemos à MAD. Pode parecer estranho, mas MAD é uma das minhas recordações mais fortes de infância no que diz respeito às revistas. Lembro que uma vez meu pai chegou em casa com um monte de MAD (e acho que depois meu irmão começou a comprar, não lembro bem, só sei que elas brotavam lá em casa) e aí me apaixonei.

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Liberdade na TV

Antes de mais nada, alguns esclarecimentos: primeiro, eu não assino tv a cabo (só vejo na casa dos sogros ou da minha mãe, hehe). Segundo, não costumo acreditar em abaixo-assinados (até hoje todos dos quais participei não deram em nada). Terceiro, sou uma defensora fanática da liberdade, por isso comentarei sobre um assunto que, levando em consideração os dois primeiros pontos, eu nem deveria estar falando.

A questão é que um projeto será votado em breve, impondo que a tv por assinatura seja composta por 50% de canais brasileiros e 10% dos canais estrangeiros apresentem programas nacionais1. Já imaginou o belo cocô que será a tv paga, certo? Uhum, igualzinha à tv aberta. Só que você pagará por isso, o que torna a coisa toda um pouco mais difícil de engolir.

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  1. Na realidade, na semana passada a proposta mudou de 50% para 25% 

Trânsito e a prova de que somos burros

Tem mais de uma semana que todo dia aparece uma notícia falando de um novo recorde de congestionamento em São Paulo. E todo santo dia eu ouço alguém aqui de Curitiba reclamando que chegou atrasado em algum lugar por causa do trânsito, que está “insuportável” e eu fico aqui pensando: vocês são burros ou quê?

Não sério. Vamos parar e pensar: Qual é o problema? “Comprar carro ficou mais fácil e conseqüentemente temos mais carros nas ruas“. Como resolver? “Construindo novos viadutos“. Não, sua mula! É oferecendo carona e usando o transporte coletivo!

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Eu só quero chocolate!

Não sou muito fã de chocolate e até passaria um bom tempo sem o doce. Mas não pude deixar de achar legal a série de fotografias da artista Sandra Bautista, baseada na idéia de como seria se coisas de nosso dia-a-dia fossem feitas de chocolate. Lá tem de tudo: dente de garfo, perna de de cadeira, anel e por aí vai. Mas as fotos mais bacanas mesmo são as que têm relação com o corpo humano, como esta com lágrimas de chocolate.

Já pensou na quantidade de gente se machucando de propósito depois do almoço só para colher algumas lágrimas de chocolate para a sobremesa? Outra bastante legal é a foto que se baseia na idéia de como seria se nosso sangue fosse chocolate:

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Não deixe que pensem por você

Quando estava lá no meu primeiro ano da escola de jornaleira (o único que cursei :mrpurple: ), lembro de um professor dizendo que a partir do momento que fizemos a matrícula, ler MUITOS (se possível TODOS) jornais e revistas seria fundamental. E eu tenho cá como hábito estar sempre atrás de notícias, em fontes variadas. Atualmente, é claro, acompanho a maioria dos periódicos pela web, mas também assino revistas como a Veja.

O negócio é: de uns tempos para cá ela está tão, mas TÃO exageradamente panfletária que parece ter esquecido algumas coisas que eu, com meu único ano de jornalismo, jamais esqueci. Não é questão de ser imparcial, porque todos sabem que a Veja não é imparcial – e nenhuma revista tem a obrigação de o ser, vide Carta Capital, por exemplo. Mas o que a Veja tem feito é um exemplo bizarro de mau jornalismo, conforme apontado por Luís Nassif: manipulação de informação, acusações com provas forjadas e por aí segue.

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Sentiram saudades? =D

Então que ontem foi o Oscar e bem, nem assisti. No final das contas já sabia que seria o mais previsível desde que comecei a acompanhar as cerimônias e bem, eu sou cidadã honesta e trabalhadora que precisa acordar cedo para trabalhar e garantir o leitinho das crianças (Boo e Clara, que na realidade preferem Whiskas à leite, mas enfim).

Talvez seja o primeiro Oscar que eu não digo “Injustiça!!!” para alguma escolha (talvez até porque não cheguei a ver todos os filmes). Mas confesso que fiquei bastante contente com Onde os fracos não têm vez ganhando melhor filme e melhor direção. Eu não sei se estará na minha lista de favoritos, mas certamente está entre os melhores que vi este ano (tudo bem que o ano ainda está em fevereiro, mas bem, todos nós sabemos que os melhores filmes sempre saem nesta época, justamente por causa do Oscar. Então….). Continue lendo “Sentiram saudades? =D”

Para rir

Eu não sei sobre vocês, mas no meu caso “rir da própria desgraça” quando o “própria” se refere à nação, e não ao indivíduo, fico aqui achando que somos meio bocós. Não estou dizendo que deveríamos nos enforcar no pé de tomate mais próximo, mas esse negócio de ficar fazendo piada do que estamos vivendo no Brasil atualmente talvez alivie um pouco as coisas. Tínhamos mais é que resmungar, reclamar e fazer muito barulho, para que não tivéssemos que ouvir a Suplicy falando de epidemia de fofoca, por exemplo.

Ei, não fuja, não é um post ranzinza! Na realidade, eu queria falar da diferença entre ter senso de humor e ser bocó (ou seja, ficar rindo de qualquer coisa), isso para dizer que aqueles com senso de humor se divertiriam bastante com as duas dicas de comédias que eu tenho para dar.  :eba:

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Mundo louco

Sabe, esse é mesmo um mundo louco. Estava dando uma olhada nas manchetes da Folha Online e vi a coisa toda como um mosaico: pecinhas formando um todo mais surreal do que qualquer obra do Dalí*. Acho que não nos damos conta do absurdo a que chegamos porque normalmente vemos só pecinha por pecinha, não o quadro inteiro. Mas olhem isso:

17h45 Explosões matam 10 pessoas e ferem 127 nas Filipinas
16h59 EUA abrandam procedimentos de segurança para alguns vistos
16h41 Incêndio em mesquita deixa 35 mortos e fere cerca de 200
16h35 Lula envia condolências a Líbano por morte de ex-premiê
16h05 Professora presa por pedofilia se casará com ex-aluno
15h40 Bombas ferem sete em Dia dos Namorados em Bangladesh
15h34 Atentado com 300 kg de explosivos mata ex-premiê do Líbano
15h09 Grupo reivindica atentado contra ex-premiê do Líbano
15h02 Incêndio atinge mesquita no Irã e mata ao menos cinco
14h48 Lula pede apoio de empresários a aliança com Chávez
14h37 Erramos: Veja repercussão da morte do ex-premiê do Líbano
14h18 Veja repercussão da morte do ex-premiê do Líbano
13h43 Saiba mais sobre o ex-premiê Rafik al Hariri
12h48 Teste de DNA confirma paternidade de bebê perdido no tsunami
12h40 Análise: Papel de sunitas é crucial para obter a paz
12h36 Bombardeio a Dresden faz 60 anos
11h45 Erramos: Morre última sobrevivente das aparições da Virgem de Fátima
10h53 Explosão em Beirute mata ex-premiê e mais oito pessoas
10h49 Dia dos namorados nos EUA aumenta em 40% visitas a sites “românticos”
10h10 Acidente com ônibus na China deixa oito mortos e 31 feridos

E isso num intervalo de praticamente oito horas. Depois as pessoas não sabem porque não quero ter filhos.

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* Hmkay, citei o Dalí mais por se encaixar com o termo ‘surreal’ que usei, mas lendo essas coisas eu tenho a sensação de que o quadro seria na verdade uma obra do Hieronymus Bosch (cujos trabalhos eu curto pra caramba, btw.)