Um pouco atrasada, mas lá vai a lista dos melhores filmes deste ano. Para quem chegou agora: vale apenas filmes lançados no Brasil entre janeiro e dezembro de 2017 (eu tenho burlado o critério com uns “lançados em festivais no Brasil” para filmes que gostei demais e inexplicavelmente ainda não apareceram por aqui). Listas dos anos anteriores:
2004 | 2005|2006 | 2007 | 2008 | 2009 | 2010 | 2013 | 2014 | 2015 | 2016
10. Quase 18 (The Edge of Seventeen, 2016): Eu morri de rir em algumas situações, talvez até por me identificar um tico com a protagonista (pensando em quando era adolescente, é óbvio). Woody Harrelson está ótimo e essa Hailee Steinfeld tem muito futuro, vai aparecer em um monte de coisa boa, tenho certeza.
9. Star Wars: Os Últimos Jedi (Star Wars: The Last Jedi, 2017): O hype foi grande e quase estragou o filme para mim. Quase. É engraçado que o filme não mexeu tanto com minha nostalgia como o anterior, mas tem algo nele que agradou muito mais. E eu que sou a loca dos vermelhos já coloquei a cena da sala do trono entre minhas favoritas de todos os Star Wars.
8. mãe! (mother!, 2017): Vamos lá, não acho que controverso seja exatamente o termo para aplicar no caso de mãe!. Mesmo os temas explorados são bastante óbvios. O que pode ter incomodado algumas pessoas é o que para mim pesou favoravelmente: um filme que causa reação em quem o assiste, um desconforto criado não só pelo absurdo, mas porque o reconhecimento é possível mesmo dentro dessa situação.
7. Amores Canibais (The Bad Batch, 2016): A Ana Lily Amirpour já tinha minha atenção depois de A Girl Walks Home Alone At Night, mas agora ganhou meu coração. É uma mistura de Robert Rodriguez com Tarantino mas o twist é o female gaze. E bem, tem também a diversão de tentar descobrir quem é Jim Carrey no filme (ou ainda, tomar um susto quando Keanu Reeves aparece).
6. Moonlight: Luz sob o lua (Moonlight, 2017): Foi um ano que não fiz nem o meu esquenta para o Oscar, nem o post comentando a cerimônia no dia seguinte. Verdade é que de quase todos os indicados nenhum realmente mexeu comigo, dando aquele tchans a mais. Dos poucos casos em que isso aconteceu está Moonlight – que tem um baita elenco fazendo um trabalho que caramba, eu espero de verdade que não seja lembrado só por causa da gafe na hora de anunciar o melhor filme.
5. Em Ritmo de Fuga (Baby Driver, 2017): Já falei mais de uma vez aqui que odeio filme com perseguições de carro, o que normalmente é visto como um ponto alto nos filmes de ação eu acho só entediante porque é pneu derrapando aqui, coisa explodindo acolá, etc. E aí chega Baby Driver e me diverte tanto, tanto, que agora vou ter que começar a dizer que odeio “algumas cenas de perseguições de carro”, não mais todas, haha. Soma aí também a trilha sonora, tão bem utilizada que quase parece que as músicas foram feitas sob medida para o filme.
4. Colossal (idem, 2016): Depois que você vê a alegoria para relacionamento abusivo não dá mais para desver, por mais que monstros gigantes estejam destruindo Seul, o que vai sempre estar ali, te cutucando o tempo todo é o modo como Oscar posa de amigão super apoiador de Gloria, mas que no fim das contas é mais um grande fdp. E isso não fala contra Colossal, pelo contrário. Que bom que conseguiram retratar a situação de um jeito que talvez não seja apenas pregação para convertidos, mas um modo de alcançar quem realmente precisa (os Oscares por aí que se acham heróis, para começar).
3. Corra! (Get Out, 2017): De uns tempos para cá tem saído muito filme de terror bom, daqueles que pintam nas listas de favoritos não só de quem é fã do gênero (oi, eu), mas de quem não costuma assisti-lo. Corra! é um desses casos, especialmente porque capta tão bem o zeitgeist para o desenvolvimento da tensão (vide a cena final, que surpreende justamente porque vimos o contrário acontecer tantas vezes). É tenso demais, do momento em que o Chris chega na casa da namorada até a hora em que sobem os créditos.
2. Seu Nome (Kimi no na wa., 2016): Ahhhhhhhhh filme para lembrar que tenho que ver mais vezes animações orientais (acabei vendo mais dois do Makoto Shinkai agora em dezembro, de tão empolgada que fiquei com Seu Nome). Não tem muito o que dizer. A história é cativante e o visual é lindo (dá vontade de ficar dando pause o filme todo). Daqueles que quando chega no fim dá até um aperto no coração porque poderia durar mais tempo. PS: Tem na Netflix. Corre e aproveita para ver enquanto está no catálogo.
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Primeiro lugar de verdade é A Ghost Story, mas nem com minhas regras chunchadas deu para colocá-lo na lista. Com sorte sai no cinema aqui do Brasil no ano que vem, ou pelo menos em algum serviço de streaming e aí coloco na lista dos filmes de 2018. É provável que você já tenha ouvido falar “do filme que o Casey Affleck é um fantasma daqueles de lençóis brancos com dois buracos no lugar dos olhos”, mas antes que fique com receio achando que é zoeira, considere isso: mesmo que a descrição seja verdadeira, ainda assim é um filme melancólico ao extremo.
E é isso aí. Ainda volto para a lista dos livros, então 2018 pelo menos terá dois posts no Hellfire, iei.
😉 alguns quase todos indo pra minha lista para assistir
Não cheguei a ver todos da lista, mas os que eu vi concordo que devem estar entre os melhores.
Sobre animações japonesas (YOUR NAME SEMPRE VOU EXALTAR) eu comecei a pegar gosto ano passado e se estiver interessada aqui vão algumas sugestões: Ano Hana (11 ep de 20 min), Túmulo dos Vagalumes, Jardim das Palavras e um curta chamado A Casa de Pequenos Cubinhos. Metade desses tem na netflix
Jardim das Palavras eu já vi, vou anotar as sugestões dos outros <3 Tem outro do mesmo diretor de Your Name que também tem na netflix e eu amei, o 5 centímetros por segundo. Caso não tenha visto, aproveita para ver que é bem bom e lindo também =D
Eu lembro de ter visto esse filme vagamente há bastante tempo… o único adjetivo q vem a cabeça quando lembro desse filme é “confuso” kkkk, mas não lembro o porquê. Eu vou assistir de novo quando puder pra descobrir