Bial, o cronista esportivo

Então, dois dias sem jogos e penso com os meus botões: iupi! Pelo menos dois dias sem as crônicas imbecis do Bial!! Bom, ledo engano. Ontem no Jornal Nacional, lá estava ele, achando que é *o* cronista esportivo o que afinal de contas, não é. Eu sei porque não sou a única a reclamar, já que na Ilustrada da Folha desse último domingo ele e suas crônicas estiveram presentes na lista dos piores momentos da Copa (coloco a matéria no final desse post).

Sabe, não é que ele seja ruim, porque ruim ele não é. Já li o Crônicas de Repórter e pelo menos quando eu tinha uns 15, 16 anos (idade que tinha quando li), gostei bastante do estilão dele. Mas gente, prefiro final com Argentina do que ouvir essas crônicas.

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O que veio antes, a música ou a dor?

Eu ouvia a música porque estava infeliz? Ou estava infeliz porque ouvia a música? Esses discos todos transformam você numa pessoa melancólica?

As pessoas se preocupam com o fato das crianças brincarem com armas e dos adolescentes assistirem vídeos violentos; temos medo de que assimilem um certo tipo de culto à violência. Ninguém se preocupa com o fato das crianças ouvirem milhares – literalmente milhares – de canções sobre amores perdidos e rejeições e dor e infelicidade e perda.

(do livro Alta Fidelidade, de Nick Hornby, que além de ser uma ótima sugestão de leitura – até mesmo para os que não são muito fãs de livros – ainda corre o sério risco de ser objeto de estudo no meu Mestrado, hehe)

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Palavras, palavras, palavras…

livroNesse último semestre cursei uma disciplina de Tradução e, eu que odiava traduzir, acabei tomando gosto pela coisa. Nós traduzimos textos de autores irlandeses (algum dos quais eu nunca tinha ouvido falar, devo dizer), e nessa tarefa sempre levantamos os problemas da tradução (relativa às escolhas, falta de background para entender um termo utilizado, etc.). Sim, é algo bacana – tão bacana que estou pensando em tirar diploma em tradução também (o que envolveria mais uma monografia além das outras duas que estou fazendo hehe).

Deixando o blablabla de lado, hoje cedo estava dando uma olhada básica no “A Megera Domada” do Shakespeare, com tradução do Millôr Fernandes. A obra já começa com um breve texto sobre ser tradutor que achei bem bacana, mas o mais legal ainda é ver, através das notas do tradutor, a preocupação do Millôr com o texto, como por exemplo em um momento que ele diz:

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Quem tem medo de Virginia Woolf?

Entre tantas tarefas que tinha para concluir o semestre na faculdade, uma delas era um seminário sobre Virginia Woolf. Sim, sim. É aquela moça que se afogou no rio naquele filme com a Nicole Kidman. O que era para ser só mais uma tarefa, acabou virando uma ótima experiência – pude ir além de Mrs. Dalloway e conhecer algumas jóias que essa mulher produziu.

A primeira, e a que mais chamou minha atenção, foi Flush: Uma Biografia. É considerado um dos trabalhos mais ‘leves’ de Virginia, e ela de fato escreveu para ‘passar o tempo’ depois de criar obras mais complexas. Mas saca só a idéia: é a biografia de Elizabeth Barret Browning sob o olhar de Flush, seu cocker spaniel de estimação.

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Sonho de Uma Noite de Verão

Fomos ao teatro ontem, assistir a prova pública dos alunos de Interpretação do curso de Artes Cênicas da FAP. Na verdade a idéia de assistir surgiu na aula de Shakespeare (o que é meio óbvio, não?), quando foi sugerido que ao invés de fazer prova, assistíssemos a peça. Aí como para evitar avaliação um acadêmico vende até a mãe, fomos.

Nesse ‘fomos’ está incluído também o Fábio – meio obrigado por conta de más experiências no teatro. Alguém na turma de Shakespeare tinha comentado qualquer coisa sobre o figurino ser metade renascentista e metade contemporâneo e aí já ficamos com uma pulga atrás da orelha (que fez o Fábio decretar “Se colocarem um Puck repentista eu levanto e vou embora”). Mas, tcharam! Tivemos uma ótima surpresa.

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Praga de Copa do Mundo

Antes de mais nada: oi, tudo bem? Espero que ainda lembrem de mim. Eu não sei se recordam que dias atrás eu acabei deixando para depois um monte de coisa que poderia ter feito antes, e o resultado vocês já devem saber: passei uma semana dos infernos, cheia de resenhas, provas, seminários e afins – o que explica as poucas atualizações.

Mas enfim… Copa do Mundo, ahn? Brasil em campanha ‘so-so’, mas me tranquiliza pensar que em 94 também não teve nada de espetacular, todo esse bafafá de Ronaldo gordo, Bussunda morrendo, Fátima Bernardes se derretendo para o maridão (Glóóóória Mariaaaa!), etc. É, não gosto menos de Copa do Mundo e estou tentando acompanhar com a mesma empolgação dos anos anteriores. Só que eu não consigo lembrar de nenhuma copa que eu tivesse ficado tão de saco cheio da pergunta: ONDE É QUE VOCÊ VAI ASSISTIR O JOGO?

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Desisto

Sabe, há alguns m anos participo de discussões em fóruns e mais recentemente no orkut. No último caso, tenho tentado participar seria o termo mais correto. Depois de muito bater a cabeça na parede, deixo oficialmente registrado que eu desisto. É simplesmente impossível discutir naquele lugar (e notando bem como andam as coisas, acho que em qualquer lugar).

O estopim foi a velha discussão sobre aquele texto do “Um dia você aprende…” que rapaz chegou postando na comunidade Shakespeare como se fosse do poeta inglês. Algum anônimo postou dizendo que ‘não era Shakespeare’ e esse post foi seguido de um:

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AAAAAAARGH!

Eu e o Fábio costumamos assistir muitos filmes de terror, primeiro porque o gênero nos agrada, e segundo – pelo menos na minha opinião – os filmes são em si tão toscos que nunca assistimos criando alguma expectativa, ou seja, se for ruim pelo menos serviu para passar o tempo.

Mas aí vem um treco chamado Viagem Maldita e esculhamba a segurança de nossa escolha. Filme maldito, eu deveria dizer. Com todo aquele alarde de regravação de filme do Wes Craven, ‘versão sem cortes’ e pqp, lixo do começo ao fim. A verdade é que ultimamente o único porto cinéfilo seguro são os clássicos mesmo.

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Kent

“Se eu também conseguir modificar s sons da minha voz, alterando o meu modo de falar, a minha boa intenção me fará realizar plenamente o objetivo que me levou a transformar meu aspecto.”

– Kent.

Sabe qual Kent disse isso? Nããão, não foi o Clark Kent, mas o Duque Kent da peça Rei Lear de Shakespeare. Desde que reli Lear (hehehe) esse ano, fiquei com essa fala na cabeça. Não que eu ache que o Clark seja Kent por causa do duque, mas adoro essas coincidências.

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