Gatos:

E no caso de alguém que é assim sempre, independente de estar apaixonado ou não? Alguém assim… tipo eu. É claro que eu poderia dar uma de intelectual e vir citando Guimarães Rosa em Grande Sertão: Veredas*, mas acho que essa tirinha me define bem melhor.

O que realmente me incomoda nisso é que eu tenho um lado absolutamente racional e, digamos assim, maquiavélico. E aí tenho meus planos arquitetados, ações programadas e reações ensaiadas, para no final das contas, jogar tudo para os ares por alguma coisa qualquer. E quando digo qualquer, é qualquer mesmo.

Enfim, um saco. Porque então eu acabo falando/fazendo sempre exatamente o oposto do que pensei/planejei. Espelho, espelho meu. Há nesse mundo Anica mais estabanada do que eu?
___________
* Ok, quem eu quero enganar? Eu sou intelectual.
“(…) Eu queria decifrar as coisas que são importantes. E estou contando não é a história de um sertanejo, seja se for jagunço, mas a matéria vertente. Queria entender do medo e da coragem, e da gã que empurra a gente para fazer tantos atos, dar corpo ao suceder. O que induz a gente para más ações estranhas, é que a gente está pertinho do que é nosso por direito, e não sabe, não sabe, não sabe!”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.