Socorro

Socorro (Arnaldo Antunes/Alice Ruiz)

Socorro não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo,
Não vai dar mais para chorar
Nem pra rir

Socorro alguma alma mesmo que penada,
me empresta tuas penas.
Já não sinto amor, nem dor,
Já não sinto nada.

Socorro alguém me dê um coração,
que esse já não bate nem apanha.
Por favor, uma emoção pequena
qualquer coisa.

Qualquer coisa que se sinta
tem tantos sentimentos deve ter algum que sirva

Socorro alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento,
acostamento,
encruzilhada
Socorro, eu já não sinto nada

O que você vai ser

“E no meio do inverno, eu finalmente aprendi que havia dentro de mim um verão invencível.”
Albert Camus

O Kado anda meio deprê por causa dos planos que dão errado, colocando em um sentido mais amplo. Ontem eu fiz piada, mas no fundo acho que entendo ele. Ou pelo menos o motivo de ele estar triste (embora eu ache que ele esteja mais confuso do que triste).

Eu sempre fui uma pessoa meio sistemática, dada a mil rascunhos antes de qualquer passo mais arriscado. Eu sei que quem me conhece de pouco tempo deve até dar risada lendo isso, mas um dia eu já fui uma dependente total da minha agenda.

Continue lendo “O que você vai ser”

Voltando à correria

Leandro me salvou hoje, se eu tivesse que ir embora de ônibus depois do trampo, acho que sentaria no meio-fio ali na frente do HC e ficaria por lá mesmo. Caramba, como dar aula cansa.

Pelo menos compensa, todas minhas turmas são maravilhosas e é ótima essa troca entre professor e aluno. E melhor ainda é quando vem a Jô me contar que um aluno foi perguntar “Se a professora Ana Paula ainda dá aulas e em qual horário porque ele queria mudar para minha turma”.

Mas cansa. Putaquepariu, dói tudo.

Continue lendo “Voltando à correria”