John Constantine

“O bom de estar aqui é saber que você não pode ir mais pra baixo” – JOHN CONSTANTINE

Tá aí uma das melhores coisas que me rendeu a leitura de Sandman. A primeira vez que eu tive contato com as histórias do John foi no arco de histórias Prelúdios e Noturnos e, claro, foi paixão à primeira vista. Comecei a procurar por Hellblazer, Vertigos Especiais… onde fosse que aparecesse o mago, eu estava lendo.

O que faz do Constantine um personagem tão especial? Ele é canalha. Foge completamente do esteriótipo do “mago esquisitão todo vestido de preto”, na verdade, parece um malandro bastante comum. Fuma compulsivamente, mente mais compulsivamente ainda, apronta com Deus e o mundo (ou deveria dizer “diabos” e o mundo?), é mulherengo, além de sempre ter uma tiradinha sarcástica na ponta da língua ferina. Oh, well. Ele é inglês, o que mais podia se esperar, né?
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Sobre Capitu

Segundo Fábio Lucas, na introdução do livro Dom Casmurro lançado pela Editora Ática, “sob a forma de um memorial de acusação, temos que considerar o relatório como força re-construtiva do protagonista e fixadora da imagem dos demais figurantes”.

É ao narrar sua história que Bentinho, ao invés de justificar sua vida através de acusações contra Capitu, acaba por gerar a dúvida sobre se ela seria de fato culpada. Mais do que isso, ao evidenciar a tendência que Capitu tinha de dissimular, acaba criando em torno dela uma aura mística, um mistério que só é menor ao da sua traição.
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