Desumanização

rampo13.jpgNa terça-feira, quando cheguei em casa do trabalho, vi na televisão as primeiras notícias sobre o acidente do avião da TAM. Confesso que ali, naquele momento, eu achava que a coisa não seria tão horrível e que haveriam bastante sobreviventes. Infelizmente, passaram algumas horas e ficou claro que não seria assim.

E tão logo ocorre a tragédia, somos bombardeados por histórias das pessoas que estavam lá, e também ficamos sabendo de amigos dos amigos dos amigos que estavam lá. E eu não vou dizer que não choca (ou que não me deixa triste), mas acho que só me dei conta do horror quando acessei o Fórum Valinor e li uma mensagem de um colega nosso, conhecido como “Shazan”.

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Roma

rome.jpgSempre fui apaixonada por História, tanto que só me decidi entre essa e Letras na última hora. Talvez esta seja uma das razões para eu ter gostado tanto de Roma, desde o primeiro episódio. Soma-se à isso o fato de que sim, a série é MUITO bem feita (não deixa nada a dever para as melhores superproduções hollywoodianas) e, até mais do que isso, é muito bem conduzida.

O plot é conhecido por qualquer um que tenha concluído o ensino fundamental: todas as intrigas envolvendo Roma, no período de decadência da República, tendo como ponto principal o conflito entre Júlio César e Pompeu (isso, é claro, é o primeiro ano da série – o segundo ano já deve contar com as disputas entre Marco Antônio (nhâmi!!) e Otávio.

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Vaias, medalhas e afins.

lula.jpgEu estava completamente desligada desse negócio de Pan até sexta-feira passada. Para começar, por algum motivo bizarro, eu gosto do momento em que acendem a pira olímpica e acho que isso vale até para olimpíadas da escolinha Elefantinho Sabido. Mas aí já nas aberturas vem um fato que chama minha atenção: as vaias para o Lula.

Deixarei bem claro uma coisa aqui: defendo e acredito na liberdade de expressão de qualquer cidadão. Mas também acredito em educação e semancol. Observei alguns depoimentos e me dei conta que tinha gente que nem sabia por qual motivo vaiava o presidente – se fizessem uma ola para o Lula, estariam no meio. Então não me venham com essa de que todos ali estavam tentando mostrar descontentamento com a situação política atual, porque não estavam: era só folia.

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Atendimento em tempos de inclusão digital

11-ie_win.jpgUns tempos atrás corria por ai um arquivo de áudio que supostamente seria uma ligação de uma usuária do Windows para o atendimento ao cliente. Na conversa, ela esbravejava que não tinha instalado a estrelinha que aparecia na barra de ferramentas dela, e queria saber como tirar aquilo.

(A estrelinha em questão é aquela que indica que a cópia do Windows é pirata. Você pode conferir a conversa clicando aqui, o som está ruim mas foi a única gravação que consegui encontrar. Se alguém achar de melhor qualidade, por favor, mandar para meu e-mail)

Na época que ouvi, pensei que era óbvio que era um áudio fake, porque ninguém poderia ser tão burro assim. Mas desde que comecei a fazer o atendimento aos visitantes lá na Valinor, acho que é possível, sim.

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Sexta-feira 13

jason.jpgEu tinha uma amiga que sofria do mal de todo cético exagerado: era completamente sem graça. Ela não se permitia aproveitar algumas bobagens que todos sabemos que não são reais, simplesmente porque não acreditava naquilo.

E toda sexta-feira 13 eu lembro dela porque quando eu, toda empolgada, queria fazer algo especial para o dia em questão, ela com um tom metade deboche e metade enfado dizia: Ah, Ana, é só mais um dia como outro qualquer.

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Eu vou forrar as paredes…

…Do meu quarto de miséria
Com manchetes de jornal
Pra ver que não é nada sério…1

Sabe, o mundo está louco e não é de hoje. Eu tenho evitado comentar aqui no Hellfire, porque somando os fatos com minha ranzinzice crônica, a pessoa que lesse meu post depois acabaria optando por tomar formicida com guaraná.

Desde os mais recentes escândalos políticos até os moleques batendo em doméstica “porque acharam que era uma prostituta“, o fato é que parece que nossos valores estão ultrapassando a barreira da distorção. Agora, bacana mesmo é a distorção que uma mente poluída como a minha consegue fazer de uma notícia como essa:

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  1. Cazuza – Um Trem Para as Estrelas 

De porque eu e o passado não nos damos muito bem

girl_with_dunce_cao.jpgNão sei se vocês já passaram por uma situação assim: prova importantíssima, daquelas salvadoras ou arrasadoras. Professor decide elaborá-la como uma prova de múltipla escolha, e deixa vocês anotarem a resposta para então conferirem o gabarito. Aí você faz a prova e uou, aparentemente detonou. Aparentemente. Porque quando você confere o gabarito, percebe que errou quase tudo.

É mais ou menos assim que me sinto com relação ao passado. Porque a medida que o tempo passa, a vida começa a dar gabaritos para mim, e aí eu percebo quanta burrada fiz quando achava que estava tudo no mínimo bem.

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A menina que roubava livros

menina.jpgAntigamente, quando eu ainda estava na fase das grandes descobertas literárias, lembro que terminar um livro do qual gostava muito era ao mesmo tempo bom e ruim: bom, porque eu sabia o destino de personagens que me cativaram. Ruim, porque a história acabava, e não existiriam novas histórias com essas personagens.

Dava saudade, sabe? E fazia muito tempo que não sentia isso. Ontem, depois de anos, senti novamente quando cheguei ao fim de A menina que roubava livros, do Markus Zusak. O enredo é interessante, Zusak utiliza técnicas bacanas durante a história toda, mas o que encanta mesmo são personagens como a roubadora de livros, Liesel, e seu pai de criação, Hans.

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Embracing my inner freak

battlestargalactica.jpgEu achava que tinha alcançado o cúmulo da nerdice quando comecei a assistir a série clássica de Star Trek (e o pior, gostar!!), mas nunca se é nerd o bastante!! Ahhh, não, não é. Você ainda pode cruzar com uma minissérie chamada Battlestar Galactica e, piuf, lá vai você ganhar mais dois graus na escala nérdica.

E sabe o que é pior (ou melhor)? A minissérie é muito boa, independente de você curtir sci-fi ou não. Porque a parte das naves, das batalhas e afins servem apenas de pano de fundo para o drama vivido pelos sobreviventes de um ataque que dizima todas as colônias terráqueas.

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Eu bebo sim!

devil-girl-drinksb.jpgDia desses eu estava fazendo uma pesquisa por imagens no Google e encontrei uma página que apresentava 365 bons motivos para beber. É um calendário completo, com datas comemorativas e aniversários, incluindo uma receita ou outra de drinks. No meu aniversário, por exemplo, temos lá:

Festival of Women as Cultivators (Persian). Bet the ladies were excited about this one.
Farmer’s Cocktail
1/2 oz dry vermouth
1/2 oz sweet vermouth
1 oz gin
2 dashes bitters
Stir ingredients with ice, strain.

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