Donnie Darko

Sim. Eu AINDA não tinha assistido, não sei bem a razão. Não foi por falta de indicação, nem de curiosidade, só não tive oportunidade mesmo. Aí para celebrar o início das minhas férias resolvi FINALMENTE conferir Donnie Darko, produção independente de 2001 com roteiro e direção de Richard Kelly (que agora é apontado como produtor da versão cinematográfica de Pride and Prejudice and Zombies). No papel que dá título ao filme temos Jake Gyllenhaal já surpreendendo antes de ser um cowboy em Brokeback Mountain.

O enredo é até bastante simples: um jovem com problemas mentais encontra numa noite um sujeito vestido de coelho (Frank) que anuncia para ele que o mundo acabará em 28 dias, 6 horas, 42 minutos e 12 segundos. Como saiu da cama para ouvir o que Frank tinha a dizer, Donnie é milagrosamente salvo de um acidente envolvendo uma turbina de avião que acerta em cheio seu quarto. Ok, eu sei que isso parece um tanto bizarro, mas convenhamos, ainda assim é simples.A questão é o que vem a seguir, partindo desse evento. Viagem no tempo, buracos de minhoca, universos paralelos… enfim, pense em todo tipo de coisa relacionada a isso, desenvolvido em um roteiro bem amarrado que prende sua atenção do começo ao fim e ainda faz com que voce fique repensando a história mesmo depois que ela acaba. É genial. Até porque é um filme aberto a interpretações variadas (embora o diretor tenhauma interpretação própria). Eu, por exemplo, fiquei com a sensação que a história toda já narra uma segunda viagem no tempo de Donnie, que tenta “arrumar as coisas” e quando vê que não conseguirá fazê-lo volta mais uma vez para o que seria o desfecho da história.

Mas não é só a história em si que faz de Donnie Darko um filme tão legal. Para marcar o tempo (1988) o filme vem cheio de canções de bandas dos anos 80, como Echo and the Bunnymen (o que obviamente ganhou o meu coraçãozinho já nos primeiros minutos).  E Mad World que toca no final do filme simplesmente não sai da minha lista de repeteco. Além disso,  as interpretações são ótimas também – sobretudo as de Jake Gyllenhaal, com algumas expressões que em determinados momentos chegavam até a assustar. Maggie Gyllenhaal (antes de ser Secretária, hehe) também está muito bem.

Fico feliz que tenha assistido, embora eu ache que teria gostado muito mais se fosse na época do lançamento. E gostei tanto que já até torci o nariz para S. Darko, uma suposta “continuação” do filme que não tem roteiro nem direção de Richard Kelly e meio que só saiu por questões legais, digamos assim. A história foca na irmã mais nova de Donnie (Samantha) e saiu direto em DVD lá fora. Será que presta?

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