Um alarme tocando há mais de uma hora…

… ali embaixo. E entre perguntas como “Cadê o lazarento do dono do carro para desligar isso?” ou ainda “Será que o cara morreu dentro do carro?”, fico cá pensando sobre a real necessidade desse equipamento. Sério, uma hora com o troço tocando, e aposto que se alguém pensou em chamar a polícia, foi só para que dessem um fim no carro (e no alarme chato).

Ninguém mais dá bola para essas coisas. Não tem aquela história sobre caso você seja assaltado na rua é para gritar Fogo! e não Socorro! porque na segunda situação não haveria uma alma para te socorrer? Pois é. “Então erguemos muros que nos dão a garantia de que morreremos cheios de uma vida tão vazia” (eu não gosto de Engenheiros, mas gosto desses versos).

Continue lendo “Um alarme tocando há mais de uma hora…”

Coisas de Curitiba…

Então, sabem o show do Chico a 280 reais a inteira? Poisé. Estava escutando as notícias na CBN agora pouco e tem lá um sujeito entrevistando o pessoal que está comprando os ingressos na fila do Guaíra. Uma das entrevistadas estava (finalmente) alcançando o guichê às 15h (um dos quatro disponíveis para vááááários curitibanos sedentos de Chico), sendo que chegou na fila às 8 da manhã. Tinha também o rapaz que era o último da fila, que estava torcendo para que caísse uma chuva, as pessoas desistissem e ele conseguisse ingresso (e de fato, começou a chover agora pouco). Tinha outra garota que estava lá desde cedo, reclamando que os seguranças não conseguiam evitar que pessoas furassem a fila. A moça da rádio ainda alertou que mesmo que a diretoria do teatro tivesse liberado a venda de apenas dois convites por pessoa, era certeza que os cambistas dariam um jeito de conseguir os deles e vender a preços absurdos (como se 280 já não fosse absurdo, há, há). Enfim, um alvoroço.

Continue lendo “Coisas de Curitiba…”

Dilema musical

A pessoa que tenha lido meu perfil aqui no blog deve lembrar de um dos meus desejos mais profundos (ó, ó!), que consiste, basicamente, em “assistir Chico Buarque ao vivo antes que ele bata as botas“. Eis que estou lá, no busão, toda serelepe e feliz (mentira, no ônibus estou sempre ranzinza, mas enfim)… eis que vejo na rua um anúncio de show do Chico Buarque :susto:

Siiiiiiiim, eu finalmente terei a oportunidade. La la la la, alegria, alegria. Mas eis que vem a hora da brecinha. Chico, que nem é estranja, vai cobrar 280 realitos por cabeça para fazer a banda passar (cantando coisas de amor, la la la). Repito: 280 reais, 140 reais a meia entrada. Aí entra naquela coisa: pagar CARO para correr o risco do cara só tocar música do cd novo (que eu nem ouvi direito) e não tocar nenhuma das minhas favoritas? Ah, não. Dá licença, vou ali na livraria torrar 140 reais no super combo Zadig, Pigmaleão,Orgulho e Preconceito, Flush Memórias de um Cão, Uma Longa Queda e Esperando Godot, sim? Obrigada.

Continue lendo “Dilema musical”