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Algumas perguntas:
  • Por que as luas dos outros planetas tem nome, mas a nossa é chamada só de lua?
  • Por que as pessoas apertam o controle remoto com mais força quando a pilha está fraca?
  • Se cárcere e prisão são sinônimos, por que carcereiro e prisioneiro não são?
  • Por que o Pateta, que é cachorro, anda ereto, veste roupas e fala, e o Pluto, que também é um cão, não faz nada disso?
  • Por que, ó Deus, POR QUE eu vou fuçar em coisas que sei que vão me deixar mal?

    Lição para o futuro: não saber (ou lembrar) de tudo é o que nos deixa ok, de vez em quando.

  • ***

    Stereo MC’s é foda. Lembrei disso vendo aquela propaganda da Claro na TV, na qual toca a música Connected (trechinho em audio lá da Amazon). Além de lembrar de uma época bacana da minha vida, devo dizer que morro de vontade de dançar sempre que escuto essa música.

    If you make sure you’re connected
    The writing’s on the wall
    But if your mind’s neglected
    Stumble you might fall
    Stumble you might fall

    *Anica mexendo involuntariamente os pés*

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    O dia em que não fui na minha formatura…

    Ok, acabo de lembrar da formatura do 2º grau: como tinha mudado na metade do ano do Nossa Senhora de Lourdes para o Dom Bosco (porque se continuasse no Lourdão reprovaria em Matemática, Física e Química – hehehe), fiquei de fora da formatura. Assisti a formatura dos meus amigos quando deveria estar me formando com eles.

    E não é que sete anos depois a cena se repete? Hoje fui à formatura das minhas amigas da faculdade, gente que conheci em 2001. Me desmanchei de tanto chorar durante toda a colação, como se estivesse em minha própria formatura. Porque quando a Ledinha fez piada sobre dificuldade inicial com Teoria de Literatura, eu sabia o que ela queria dizer. Quando falaram “mãs” eu sabia a qual professor se referiam. E bem, eram meus amigos e meus professores naquele palco, não só um bando de estranhos como costuma acontecer quando vamos assistir formatura de parente ou um amigo só.

    E foi tão lindo, lindo, lindo…

    A Ana Tezza abraçando o pai, caraca. Fiquei pensando em como ficaria feliz de estar assistindo a formatura do meu filho no palco, e não na platéia. O discurso fofo da Ledinha citando “os que não tiveram muita pressa” – depois ela veio falar pra gente que era de nós que ela falava, que queria muito que estivéssemos nos formando com ela). O Clodoaldo, que mereceu um monte de aplausos (ele é cego). A Elisa chorando na hora da homenagem aos pais, a Alice com um discurso lindo para os amores, o professor Benito como paranifo e a Luci como homenageada da turma de Inglês… e nossa, ver a Alice, a Ana, a Jana, a Ledinha, a Elisa, a Glau e tanta gente com quem convivi nos últimos anos, foi mesmo de apertar o coração.

    Até a Jô chorou.

    ***

    Enfim, depois fomos ao Dona Helena, e nos empanturramos de vinho, polenta e franguinho frito.

    Na mesa, “os que não tiveram tanta pressa” (eu, Alex e Jô) e “os que tiveram pressa” (Grau e Edir). Fazia tanto tempo que não conversava com eles que tinha até esquecido de como era bom. Foi muito divertido, valeu cada minuto (e valeu ter saído embaixo do maior toró também, he he).

    E já que comecei o post com uma recordação, fecho com outra: tão bom voltar para casa de táxi altinha de vinho e feliz com a noitada. Um mundo de táxis para casa às cinco da manhã…

    ***

    Instalei o tal do Extreme Tracking no Bró. Quase morri do coração ao ver que ISSO foi um meio através do qual chegaram ao meu blog.

    “Coisas fofas”, é? Tipo, o que leva alguém a usar uma ferramenta de busca para procurar “Coisas fofas”?

    Ahhhhhhhhhhhhhhhhh, deixa eu ir dormir.

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    Confesso que no come�o das discuss�es sobre o referendo eu levantei a bandeira do SIM e achava um absurdo pessoas defenderem o N�O. Mas pensando bem em pr�s e contras, pesando argumentos e tudo o mais (e ignorando solenemente a propaganda imbecil que est� passando na TV e nos r�dios), minha preocupa��o agora � exatamente qual barulho a urna eletr�nica far� se eu apertar o 3 (porque veja bem, eu sou uma pessoa t�mida e n�o quero passar vergonha com b�����s e tal).A situa��o para mim � a seguinte: o que exatamente vai mudar com o ‘sim’ ou com o ‘n�o’? Armas ser�o devolvidas se o ‘sim’ ganhar? Acontecer� uma procura hist�rica por armas caso o ‘n�o’ ganhe? N�o sei, acho que em nada esse referendo alterar� as probabilidades de qualquer um de n�s morrer com um tiro na cabe�a por causa de um babaca qualquer. Na verdade, deveria existir algum tipo de referendo sobre a exist�ncia dos babacas na Terra, he he…

    No final das contas acabo concordando com o Tio Churchill: “A democracia � a pior forma de governo imagin�vel, � exce��o de todas as outras que foram experimentadas”.

    ***

    Para comemorar meu 9,0 em Literatura Inglesa II vamos para o momento…

    GEE, EU AMAVA POESIA E N�O SABIA!!

    Lemos hoje em sala de aula uma poesia extremamente linda do e.e. cummings, chamada “somewhere i have never travelled, gladly beyond”. A Luci, que � uma professora batuta, levou para a aula uma vers�o em portugu�s e musicada que o sr. Zeca Baleiro fez dessa poesia que – pasmem – ficou linda tamb�m.

    Vou colocar a poesia em Ingl�s e depois a vers�o do Zeca, porque eu sei que se s� coloco os links a pregui�a impera e s� o Higor l�

    Vers�o Original

    somewhere i have never travelled, gladly beyond
    any experience, your eyes have their silence:
    in your most frail gesture are things which enclose me,
    or which i cannot touch because they are too near

    your slightest look easily will unclose me
    though i have closed myself as fingers,
    you open always petal by petal myself as Spring opens
    (touching skillfully, mysteriously) her first rose

    or if your wish be to close me, i and
    my life will shut very beautifully, suddenly,
    as when the heart of this flower imagines
    the snow carefully everywhere descending;

    nothing which we are to perceive in this world equals
    the power of your intense fragility: whose texture
    compels me with the colour of its countries,
    rendering death and forever with each breathing

    (i do not know what it is about you that closes
    and opens; only something in me understands
    the voice of your eyes is deeper than all roses)
    nobody, not even the rain, has such small hands.

    Vers�o do Zeca Baleiro – Nalgum Lugar

    Nalgum lugar em que eu nunca estive, alegremente al�m
    de qualquer experi�ncia, teus olhos t�m o seu sil�ncio: no teu gesto mais fr�gil h� coisas que me encerram,
    ou que eu n�o ouso tocar porque est�o demasiado perto
    teu mais ligeiro olhar facilmente me descerra
    embora eu tenha me fechado como dedos, nalgum lugar
    me abres sempre p�tala por p�tala como a primavera abre
    (tocando sutilmente, misteriosamente) a sua primeira rosa (2X)
    ou se quiseres me ver fechado, eu e
    minha vida nos fecharemos belamente, de repente
    assim como o cora��o desta flor imagina
    a neve cuidadosamente descendo em toda a parte;
    nada que eu possa perceber neste universo iguala
    o poder de tua intensa fragilidade: cuja textura
    compele-me com a cor de seus continentes,
    restituindo a morte e o sempre cada vez que respira
    (n�o sei dizer o que h� em ti que fecha
    e abre; s� uma parte de mim compreende que a
    voz dos teus olhos � mais profunda que todas as rosas)
    ningu�m, nem mesmo a chuva, tem m�os t�o pequenas.

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    Hum. O filme do Guia dos Mochileiros é legal, mas não é tãããão legal assim. Faltaram algumas coisas, e eu tenho quase certeza de que quem não leu o livro perdeu as melhores piadas.

    Vejamos o que mais…

    … ah, sim. Eu sei fazer Frango Xadrez e Yakimeshi e nem sabia. Divertoso, ahn?

    Ú-au.

    ***

    Engraçado esse negócio de morar em apartamento. Você tem uma segurança relativamente maior, não precisa se incomodar em levar o lixo para fora (ou qual é o dia do lixeiro), nem se o gás está para acabar ou não.

    Em compensação, tem que lidar com a possibilidade de ver a vizinha do prédio da frente sem roupa na sacada, uma porteira que nunca está na portaria e te deixa para fora às 8 horas da matina e um vizinho aloprado que escuta músicas de desenhos dos anos 80 no último volume enquanto fuma maconha.

    Escolhas, né?

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    Mierzwiak! Please let me keep this memory, just this one.

    Na última noite tinha sonhado que estava conversando com dois amigos do tempo do Lourdão, o Magalhães e a Pati. Aí, como vi o Magalhães online no orkut, resolvi deixar um scrap de alô para ele, contando sobre o sonho. E qual não é minha surpresa quando recebo de resposta isso aqui:

    “e aí anica..tudo bem com vc? Poxa, nem me fale, ja sonhei várias vezes que eu estava convewrsando com ela tbm..´poxa, da uma tristeza lembrar dela e ver que ja não esta mais por aqui, né?”

    Pãns. A Pati, que foi minha amiga desde a 6ª série lá no Lourdão, morreu no ano passado em um acidente de carro. Isso de perder um amigo nunca tinha acontecido comigo, no máximo amigos do meu irmão morreram, mas não meus. E não tão próximos (far away, so close! I must say…).

    Aí fui mexer na minha caixa de recordações para procurar lembranças dela, e cruzei com tantas memórias, tanta gente de quem gostava muito e que agora simplesmente não faz mais parte da minha vida, que não dá para deixar de sentir um vazio. E culpa, muita culpa.

    Eu entendo que a medida que crescemos nossos interesses mudam, nossos grupos de amigos mudam e bem, nós mudamos. Mas isso não deveria significar sempre um total afastamento.

    ***

    Em tempo: encontrei uma folha de exercícios da aula de Língua Portuguesa II da faculdade de Jornalismo. Lembro que, só para variar, eu, a Nana, a Karin e a Mulder estávamos no mesmo grupo, resolvendo juntas. O enunciado era: Elabore uma frase com cada uma das palavras a seguir: abandonar, deixar, largar. As frases?

    O Rodrigo me abandonou na praça da cidade.
    O Georges me deixou por seus amigos.
    O Sandro me largou em uma mesa de boteco.

    Caraca, nós tirávamos sarro de tudo, até das nossas próprias desgraças, fala sério. (Saudades)

    ***

    A caixa. De vez em quando dou uma limpa, se olho para o objeto e ele não traz recordação alguma, eu jogo fora. Não perguntem nada a respeito da máscara de Tiazinha, please.

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    Caiu em minhas mãos o Tratado Sobre a Tolerância do Voltaire. Quer dizer, não caiu em minhas mãos, eu fui pegar o Zadig na biblioteca para o Fábio e resolvi levar o Tratado para mim, he he. Enfim, já comecei a ler (dia de chuva, meu filho, você quer o quê?) e caramba, dá vontade de aprender francês só para ler os livros dele no original. Saca só:

    “O direito da intolerância é, pois, absurdo e bárbaro; é o direito dos tigres, e bem mais horrível, pois os tigres só atacam para comer, enquanto nós exterminamo-nos por parágrafos.”

    Muito bom mesmo. Vou ter que sentir aquela culpa e deixar a literatura obrigatória de lado por pelo menos um dia, ho ho ho.

    ***

    Não consigo deixar de pensar naquela crônica ‘Esquina’ do Mario de Andrade (coloquei um trecho dela aqui meses atrás). Nem de como a solidão cai bem nessas horas, e ouvir perguntas como “Licença, essa cadeira está vazia?” soam tão reconfortantes.

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    PRATICAMENTE PARIDO…

    Esse é o tipo de coisa que me emputece quando alguém diz “Ah, você faz Letras? Letras é fácil!” e tem a total ilusão de que o curso todo é uma colônia de férias intelectual. Sim, ler (e conhecer) obras como A Streetcar Named Desire é ótimo, não nego. Mas escrever um ensaio (em Inglês, é claro…) sobre isso, é beeeem difícil. Ainda mais quando você tem uma análise de uma poesia da Emily Dickinson para entregar no mesmo dia.

    Agora, definitivamente, a pior parte sobre o curso é justamente a que pensam que é a melhor: as leituras. Você acaba atolado com tanta coisa que mal sobra tempo pela leitura pelo prazer de ler. Pior: você se sente culpado lendo O Vermelho e o Negro pensando que tem que terminar Os Maias e Mourning Becomes Electra para semana que vem…

    Enfim, não estou dizendo que o meu curso é mais difícil que o seu. Só que não é fácil como costumam imaginar. E se você pensa “Ah, mas eu daria tudo para não ter que me preocupar com cálculos e afins e poder ler A Streetcar Named Desire, desculpa, meu filho… mas você escolheu o curso errado.

    Muito Além do Jardim

    Sabe, às vezes uma história inocente e simples pode gerar um filme bem melhor do que aqueles cheios de reviravoltas, dramas intensos e afins. Um exemplo? Muito Além do Jardim. Eu sempre tive curiosidade de ver esse filme porque gostava pra caramba de uma música da banda Intocáveis, que saiu em uma coletânea de bandas curitibanas (“Borboleta 13”) e se chamava “Muito Além dos Jardins”.Enfim, finalmente vi o filme. E ele é de uma leveza tal que ao terminar de assistir, você fica com seu humor nas alturas, te deixa bem mesmo. E, como disse antes, não é um filme intenso ou complicado: é simples. E talvez pela simplicidade da história, tenha sido possível trabalhar tão bem o roteiro, que é todo cheio de trocadilhos ótimos.
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