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Aos que chegaram aqui ontem e pensaram “WTF? Cadê a Emily?”, calma… eu voltarei a usar o tema antigo. Mudei temporariamente para a Fada Verde do Moulin Rouge porque há meses estou com o monitor estragado e simplesmente não consigo enxergar os vermelhos. Então imagina como eu me virava num layout nos quais os links e tudo o mais ficavam em #ff0000, né?

Bom, e é isso. Simpirilim, já dizia a carinha de anjo.

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Ok, agora vamos falar sobre HQs, uebaaaaa!!!!! Fazia tempo, não? Eu devo confessar que a falta de um emprego e um enrosco com o cartão de crédito acabaram me afastando dessa minha paixão, infelizmente. Mas hoje eu lembrei que existe um plano b, ou melhor R, e eis que releio uma das HQs mais hilárias de todos os tempos:

A PRO, de Garth Ennis.

Ok, eu sei que “paródias de super heróis” são bastante comuns, mas ‘A Pro’ tem algo a mais: o talento de Ennis. É impossível não rir com essa hq, que é esculacho do começo ao fim.

Um resumo da história já dá para entender bem o quão avacalhada ela é: a heroína da história era uma prostituta e mãe solteira, até que, ao ganhar super poderes, passa a fazer parte d’A Liga da Honra.

Os membros da tal liga são uma tiração com os da Liga da Jstiça da DC (Batman, Superman, Mulher Maravilha, etc.) e até eu que conheço pouco desses personagens consegui sacar as referências, que são *muito* engraçadas.

Vale muito a pena, é ler para crer. Eu confesso que me mato de rir toda vez que leio o momento do PARA O ALTO E AVANTE!!! hehe…

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O que mais irrita a respeito de algumas pessoas que definem-se como atéias é a idéia que elas têm que, por não acreditar em Deus, são intelectualmente superiores. Coloco isso no mesmo nível de estupidez do que a pessoa que acredita em um deus e mata outra por não acreditar em um deus igual.

É igualmente patético porque não deixa de ser um preconceito. E não é embarcar em papo politicamente correto nem nada, mas se tem algo que eu acredito é no respeito às crenças (ou a falta das mesmas) dos outros. Resumindo: você não é mais inteligente porque não acredita, nem a pessoa que acredita o é.

Só que o que acontece é que cria-se uma espécie de “Clubinho dos Intelectuais”, do qual você só pode fazer parte se concordar com a premissa de que não há um deus. E o que realmente chama a atenção que isso não é comportamento típico de nossos tempos. Para ter idéia: quando TS Eliot assumiu ser Anglicano, boa parte do grupos de escritores com quem ele tinha contato ficaram chocados, para não dizer que reprovaram a atitude de Eliot.

Crer nem sempre é um atraso intelectual, essa é a questão (e o Eliot está aí para comprovar isso…). E isso que eu nem estou falando dos patetas que se dizem ateus mas lá no íntimo sabem que só falam isso porque soa cool, estou apenas criticando essa relação que algumas pessoas fazem entre o ateísmo e o intelecto.

E chega o ponto que você me pergunta: no que você acredita? Eu queria saber. De verdade, queria ter no coração a certeza da ausência ou a fé, mas confesso que não cheguei em nenhum dos dois. Não quero tomar caminhos curtos, então por enquanto sou apenas uma pessoa em busca de uma definição. E não, não me sentirei uma ameba se por acaso perceber que eu acredito.

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Já que comentei sobre o Eliot:

Trecho em Português de “Terra Desolada”

“The Waste Land” completo em Inglês, com notas

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Bom, a essa altura acho completamente desnecessário dizer o quanto gosto dos filmes do Tarantino, não é? Aí estava pensando em como gosto das trilhas sonoras dos filmes dele, e resolvi fazer um…

TOP 5: MELHORES MÚSICAS DOS FILMES DO TARANTINO5. Bang Bang (My Baby Shot Me Down) – Nancy Sinatra (em Kill Bill vol. 1)

A trilha sonora de Kill Bill é realmente um problema: simplesmente não cabe em um top 5. Eu até pensei em colocar o Twisted Nerve, que não desgruda da cabeça, mas essa música é cool demais para ser deixada de lado.

4. Coconut – Harry Nilsson (em Cães de Aluguel)

Já escutei essa música também naquele filme cuti-cuti com a Nicole Kidman, o Da Magia à Sedução. É engraçado porque não é bem uma música para dançar, mas não dá para ouvir e ficar parado.

3. Goodnight Moon – Shivaree (em Kill Bill vol.2)

Mais uma situação complicada: gosto muito também de About Her, mas no final das contas é questão de lembrar quanto milhões de vezes eu escutei a Goodnight Moon para ver qual gosto mais, hehe

2. Stuck In The Middle With You – Stealers Wheel (em Cães de Aluguel)

Até hoje não sei se gosto da música por causa da cena em que ela toca (Mr. Blonde cortando a orelha do policial), ou se gosto da música mesmo. Por enquanto deixemos assim: eu gosto por causa da cena e por causa da música.

1. Girl, You’ll Be A Woman Soon – Urge Overkill (em Pulp Fiction)

Sério, se essa música não fosse TÃO marcante para mim durante minha adolescência, talvez já tivesse perdido lugar para a Stuck in the Middle With You. Mas era tipo uma “trilha sonora da minha vida”, e caramba, é uma música muito legal mesmo. Então fica aí em primeirão, hohoho.

E para comemorar, um teste (porque blog sem link para teste não é blog hehehehe):

Que personagem de Pulp Fiction você é?

O meu:

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E enquanto isso no orkut…

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Então, eis que para a prova de Literatura Portuguesa III eu tinha que ler o livro Viagens na Minha Terra do Almeida Garret. Fiquei me enrolando e acabou que só comecei a ler o livro agora e, obviamente, não me serviu de nada para a prova. Mas deixo aqui registrado que trata-se de um livro lôco de bacana.

Eu tenho um sério preconceito com Literatura Portuguesa, na verdade o único autor que posso dizer que aprecio meeeesmo é o Sr. Pessoa. Agora estou me interessando um tanto mais pelo Eça, gosto dos sonetos do Camões e tudo o mais. Mas o tal do Garret, pelo menos nessa obra, está me encantando. É tão irônico em algumas observações (que são surpreendentemente atuais em determinados momentos) que não é preciso nem entender o contexto histórico da obra para achá-la interessante.

Em suma, terminei a prova e continuo lendo o livro. Resolvi me arriscar com a Sr. Woolf novamente e começarei a ler As Ondas (em Inglês…), sugestão da Luci. Assim que terminar comento sobre a obra aqui para vocês.

***

Falando em faculdade, pensei em alguns fatores que denunciam que estou quase jubilando:

a) O moço da cantina já sabe que meu café é “preto no copo plástico”
b) Toda vez que encontro a professora Mariza ela pergunta se já me formei
c) Já conseguiram ajustar o calendário que ficou esculhambado por causa da greve no ano que entrei
d) Alguns colegas de 1º período já estão no Mestrado

Gee. Preciso me formar logo.

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Projeto para quando for gente grande:

Quero ser Nigella!
Ela tem um sotaque britânico sexy, trabalha com o que gosta, cozinha bem e é estilosa.

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Por falar em projetos para o futuro, ontem a professora Luci deu uma daquelas aulas que fazem com que eu tenha cada vez mais vontade de dar aulas de Literatura. Apaixonante mesmo, ela comparou a edição da seqüência da “Escadaria de Odessa” em O Encouraçado Potemkim com a montagem da Canção de Amor de J. Alfred Prufrock do Eliot (da qual falei por aqui na sexta passada).

É aquela coisa de encantar ao explicar, e não simplesmente vomitar em cima dos alunos o conteúdo dos livros didáticos. Isso faz toda a diferença, especialmente no caso dos adolescentes. Uma aula mal dada pode criar um trauma para o resto da vida sobre nomes como “Machado de Assis”, por exemplo.

No final das contas, aulas como essa da Luci (na verdade todas dela, pago um pau hehe) fazem com que lembre de algo que li uma vez:

A tarefa do professor: mostrar a frutinha vermelha. Comê-la diante dos olhos dos alunos. Erotizar os olhos. Provocar a fome. Fazê-los babar de desejo. Acordar a inteligência adormecida. Aí a cabeça fica grávida: prenhe de idéias. E quando a cabeça engravida não há nada que segure o corpo.” (Rubem Alves)

Um dia eu chego lá.

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Sabe, o que realmente estraga os relacionamentos é a tendência imbecil que as pessoas têm de preencher o que elas desconhecem sobre certos acontecimentos com o que há de mais venenoso na cabeça delas. Exemplo para ilustrar: Fulano, Ciclano e Beltrano são amigos há anos, mas certa noite Fulano e Ciclano saem sozinhos e Beltrano fica puto. Por quê?

Beltrano não pensa que o celular dele poderia estar desligado, que Fulano tinha assuntos para resolver com Ciclano ou que na verdade Fulano e Ciclano se encontraram sem querer na balada. Não, não… Beltrano preenche os “buracos” da história com Fulano e Ciclano combinando a saída diaaas antes, “nas costas” dele, com requintes de maldade. Acredita piamente que Fulano e Ciclano não gostam dele, que por isso não fizeram questão da presença. E assim segue, com o Beltrano criando histórias cada vez piores para explicar o que aconteceu naquela noite.

Eis então que Beltrano rompe a amizade com duas pessoas que gostavam muitão dele, porque achava que as coisas tinham ocorrido do jeito exato que ele imaginou, quando na verdade não foi bem assim.

Bom, não sei se fui clara o suficiente. Mas enfim, o fato é que emputece um pouco ver pessoas preenchendo as lacunas das histórias das quais faço parte com o veneno delas, sem uma tentativa de saber o que de fato aconteceu. Eu sei que parece papo de sessão de cartas da Capricho, mas sempre acreditei naquela coisa de “pratos limpos”, e não a babaquice de quinta série envolvendo indiretinhas idiotas e comentários venenosos com as amiguinhas.

Eu não sei qual é o problema das pessoas, o motivo pelo qual preferem acreditar na pior versão. Dia desses tive uma discussão braba com a atual namorada do meu ex que no fundo começou por causa disso, mas nós conversamos. E não digo que vamos nos adorar ou que seremos melhores amigas, mas não existiram meias palavras e cada uma pôde expor o que pensava naquele momento: pelo menos agora o que achamos sobre a situação não é uma versão distorcida do que realmente aconteceu, repassada de forma mais distorcida ainda para terceiros.

O pior, mas o pior mesmo é prezar tanto esse tipo de honestidade e clareza e no final das contas, por uma série de raciocínios distorcidos e uma total falta de diálogo (para não falar da criancice…), eu acabo passando por uma vaca hipócrita. Um dia, quem sabe, eu conheço o outro lado. Mas por enquanto…Eu sou má! Roubo homens, destruo amizades e faço tudo de forma calculada para sair de santinha nas histórias! Muuuu!

Hanhan. Então dá licença que vou ali roubar um doce de criança e pisar em um louva-deus para colocar a filha da putice em dia…

… haja vida, né?

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Não foi dessa vez que morri enquanto tirava sangue para uma penca de exames, embora eu tenha quase desmaiado no posto de coleta.

(-Acho que está baixando minha pressão.
-Deve ser porque você está olhando para o sangue.
-Está ficando tudo escuroooo!
-Baixe a cabeça e tente levantar enquanto eu seguro. Isso. Ih, baixe de novo, você tá branca! Certo, fique deitada aqui e depois coma uma bolachinha e tome um cafe com açúcar. Não saia daqui, eu já volto!
*Aceno pensando “WTF, como é que vou sair daqui zonza desse jeito?”*)

É, crianças… não foi algo bonito de se ver. Agora a tarde tenho três ecografias aparentemente inofensivas, mas se a coisa for como o exame agora cedo e eu partir dessa para a melhor, deixo todos meus livros para o Fábio, hmkay? Menos as Obras Primas de Oscar Wilde, que eu deixo para a Sol se ela devolver o do Fábio, hanhan.

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“Do I dare
Disturb the universe?
In a minute there is time
For decisions and revisions which a minute will reverse”

Da poesia The Love Song of J. Alfred Prufrock do T. S. Eliot. Cada vez mais apaixonada pelas poesias dele.

***

Oi, meu nome é Ana Paula! Fora a tosse que ataca principalmente de madrugada (quando estou dormindo mais quentinho e gostoso), a dor de cabeça que vai e volta, a azia e os enjôos, eu estou bem.

Fala sério, só falta me enterrar. Mas antes eu preciso ir ao cinema ver Terra dos Mortos do Romero. Pelo que vi na programação, vou acabar assistindo no Cine Plaza, um dos poucos cinemas de rua que sobreviveram aqui em Curitiba. Aquele cinema provavelmente dá mais medo que filme de zumbi, sério. Sinistrão.

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Wise Up (Aimee Mann)

It’s not
What you thought
When you first began it
You got
What you want
Now you can hardly stand it though,
By now you know
It’s not going to stop
It’s not going to stop
It’s not going to stop
‘Til you wise up

You’re sure
There’s a cure
And you have finally found it
You think
One drink
Will shrink you ‘til you’re underground
And living down
But it’s not going to stop
It’s not going to stop
It’s not going to stop
‘Til you wise up

Prepare a list of what you need
Before you sign away the deed
‘Cause it’s not going to stop
It’s not going to stop
It’s not going to stop
‘Til you wise up
No, it’s not going to stop
‘Til you wise up
No, it’s not going to stop
So just…give up

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Eu já fiz muita besteira por não ler “as instruções” dos produtos, tipo deixar o cabelo com três cores diferentes quando a intenção era um único tom, deixar queimar lasanha congelada e afins. Mas nada foi tão perigoso quanto minha experiência com o terrível… VICKPYRENA!!!!

Siiim, aquele da propaganda na qual a namorada oferece o remédio para o namorado gripado e no outro dia ele já está bonzão (se bem que quase todo comercial desse tipo de produto é assim…). Acreditem, dessa vez eu quase parti para outra. Ok, eu não, mas meu fígado sim.

Pois então, o Fá muito pacientemente tem cuidado de mim desde quarta passada (ficar doente em feriado é o uó, fala sério). E romântico como é, trouxe Vickpyrena para mim assim como a namorada cute do comercial.

Mas meu querido Fá não contava com minha tosquice!!!!

Entre uma caneca de Vickpyrena e outra, tomo uns goles de cerveja com ele. E mais tarde sinto dores horríveis, enjôo, mal consigo comer. Eis que na segunda-feira eu finalmente leio as instruções no envelopinho. E vejo lá, em negrito, que o produto torna-se hepatóxico se consumir junto com bebida alcoólica ou se a pessoa for alcoólatra.

Lição para uma vida: se decidir me tornar alcoólatra, vickpyrena nunca mais.

***

Não consigo parar de ouvir:

1. Rope on Fire (Morphine)
2. The Man Who Sold the World (Bowie)
3. Dry the Rain (Beta Band)
4. Lemon Tree (Fool’s Garden)
5. My Favourite Game (Cardigans)

Sério, não consigo. Coloco outra coisa pra tocar e paro no meio para colocar uma dessas. Tem The Queen is Dead dos Smiths, mas resolvi deixar só cinco porque gosto de múltiplos de cinco.