Sede de sangue (Bakjwi)

“E lá vai a Anica, comentar mais um filme de vampiros!” você deve estar pensando. É, mais um filme de vampiros, mas se serve de consolo, esse é bem diferente do que temos visto por aí, a começar que é realmente bom (não apenas divertido, digamos assim). Sede de sangue (que reza a lenda chegou nos cinemas brasileiros em abril desse ano) é dirigido por Chan-wook Park, o mesmo de Old Boy e cia. que eu vergonhosamente ainda não vi, então não posso dizer se é fiel ao estilo de direção ou se tem alguma inovação sobre isso, mas de qualquer forma vale destacar novamente: está BEM acima da média no que diz respeito aos filmes de vampiros atuais.

Sede de sangue é longo (eu assisti a versão do diretor, 145 minutos), o que permite um excelente desenvolvimento das personagens principais. Não é só uma história de um sujeito que vira vampiro e tem que lidar com isso, porque você consegue enxergar as pequenas (e lógico, as evidentes) implicações disso ao longo de cenas que em teoria poderiam ser deixadas de lado (e que normalmente o são em outros filmes). Aqui temos Sang-hyeon, um padre que cansado de ver pacientes do hospital onde trabalha morrendo acaba se voluntariando para uma experiência de vacina para um vírus extremamente perigoso.

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O bom, o maizomeno e o esquisito

Nesse final de semana dei um tempo com nossos filmes de terror e voltamos aos gêneros mais, hum, normais. Fui consultar a lista de filmes de lançamento recente e me dei conta que bem, não tem muito lançamento recente que eu esteja a fim de ver, no final das contas. Tem Wolverine, mas falaram tão mal do filme que não sei se vou deixar para assistir quando estiver passando no 8 e meia no Cinema do SBT, hehe. E aí acabou que o final de semana contou com dois de 2009 e um de 2001 (o Premonição 3 não conta porque já era aquele momento de passar a régua no domingo, eu estava sem sono e bem, não foi planejado). Então vamos aos comentários:

Ele não está tão a fim de você: Fazia tempo que queria assistir. Sabe como é, tem um lado meu que acha Love Actually o filme mais batutinha para assistir em época de natal e desde que vi pela primeira vez sempre tento dar uma chance para as comédias românticas. Aqui é a velha história de um elenco cheio de grandes nomes, histórias que se interligam e tudo isso para falar “a verdade nua e crua “sobre os relacionamentos (daí o título). A personagem mais bacaninha é a do cínico Alex, que é o sujeito que acaba abrindo os olhos de uma romântica sobre como os homens lidam com situações do tipo “ligar no outro dia”. É batutinha, vale a pena ver se você estiver no clima para comédia assim. Continue lendo “O bom, o maizomeno e o esquisito”

Survive Style 5+

2004 foi realmente um bom ano para o cinema.  Alguns dos meus filmes favoritos de todos os tempos saíram nesse ano, como por exemplo Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, Kill Bill, o remake de Madrugada dos Mortos, etc. E aí passam cinco anos e descubro que tem mais coisa daquele ano que eu ainda não conhecia, caso do filme japonês Survive Style 5+. Confesso desde já: o que conquistou minha curiosidade sobre o filme foi principalmente o fato de estar no top50 de filmes de terror do IMDb. Mas verdade seja dita, Survive Style 5+ não é um filme de terror. Você tem praticamente todos os gêneros possíveis em um só filme, com uma pitada de fantasia e nonsense.

A idéia básica você já viu antes, tenho certeza, com Magnólia, 21 Gramas, Crash, Babel, etc.: pessoas que não têm nada a ver uma com as outras cujas histórias se embaralham. A diferença de Survive… com relação aos outros filmes é justamente a fantasia e o nonsense, óbvio não só na história, mas nos cenários, nas personagens, no figurino. É uma história moderna, que se passa em uma cidade moderna. Mas as cores são tão fortes que em alguns momentos parece que você está em um sonho (por exemplo, a casa do cabeludo que tenta matar a esposa).

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Dolls

Hoje a tarde li uma notícia que chegou em Curitiba um filme japonês chamado Dolls. Eu fiquei toda empolgada, mas tinha aula depois… bem… tinha

Dirigidido por Takeshi Kitano, Dolls não é exatamente um filme convencional. Fala sobre o amor, mas de uma forma trágica: desde um relacionamento marcado por egoísmo, até conseqüências de uma má escolha. É interessante, porque são contadas três histórias diferentes, mas que não são divididas por capítulos ou algo assim: as histórias de um casal para outro tem sempre ligação, uma espécie de link, seja um personagem secundário, seja um lugar.

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Dolls

Hoje a tarde li uma notícia que chegou em Curitiba um filme japonês chamado Dolls. Eu fiquei toda empolgada, mas tinha aula depois… bem… tinha

Dirigidido por Takeshi Kitano, Dolls não é exatamente um filme convencional. Fala sobre o amor, mas de uma forma trágica: desde um relacionamento marcado por egoísmo, até conseqüências de uma má escolha. É interessante, porque são contadas três histórias diferentes, mas que não são divididas por capítulos ou algo assim: as histórias de um casal para outro tem sempre ligação, uma espécie de link, seja um personagem secundário, seja um lugar.

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