Nobody is Ever Missing (Catherine Lacey)

18490560A sensação que tive ao terminar a leitura de Nobody is Ever Missing de Catherine Lacey foi de decepção. “O quê? Vai ficar nisso?”. Acho que o que mais incomodou foram as perguntas levantadas ao longo da história e que ficaram simplesmente sem resposta na conclusão. Como se a autora jogasse migalhas para traçar um caminho que levava para lugar nenhum, entende?

E aí passou um dia, outro, e outro. E eu ainda com o livro na cabeça. Não que eu estivesse buscando motivos para gostar da obra (não teria nenhuma razão para isso), é mais que eu não conseguia afastar a impressão de que as tais das migalhas tinham sim um destino, digamos assim. Aí caiu a ficha e meio que revisei minha opinião sobre Nobody is Ever Missing. E claro, este post estará cheio de spoilers porque vou passar minha interpretação do romance.

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Bough Down (Karen Green)

Não é de propósito. Juro que queria embarcar na onda e ler Graça Infinita do David Foster Wallace agora que a tradução do Caetano Galindo chegou (tá bonito de ver o Verão Infinito lá no Posfácio, btw), mas serei daquelas leitoras atrasadas que em uns anos vai encher o saco de todo mundo que leu querendo conversar sobre o livro. É que eu já comecei a leitura uma vez (ainda em inglês) e sei que ele demandará uma atenção que no momento não posso dar. Enfim, não deu. Ainda.

Negócio é que nessa avalanche de reportagens anunciando o lançamento da Companhia das Letras, acabei lendo uma assinada por Paulo Nogueira que saiu na revista Época. Fala daquilo que temos lido aqui e acolá mas veio com um extra: um comentário sobre um livro recentemente escrito pela viúva de Wallace, chamado Bough Down. A passagem citada por Nogueira automaticamente despertou meu interesse pela obra. Tanto que já coloquei na wishlist de aniversário – e bem, acabei de ler.

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We Have Always Lived in the Castle (Shirley Jackson)

Já tem aí vários dias desde que terminei a leitura de We Have Always Lived in the Castle da escritora norte-americana Shirley Jackson. Estava quase desistindo de escrever sobre ele e ia saltar direto para o Bough Down de Karen Green (fica para outro dia), mas minha resolução de ano novo (cofcof) é que vou escrever um post para cada livro que adorei, então vamos lá.

Motivos para gostar de We Have Always… são vários. A capa pode enganar (parece de livro infantojuvenil), a autora também (Jackson é conhecida pelo terror The Haunting of Hill House, além de ser influência de autores como Stephen King e Richard Matheson – o que levaria o leitor a pensar que teria em mãos um livro de terror, pelo menos no sentido mais genérico da palavra). Mas se posso dar um conselho é: abandone as tentativas de adivinhações e se deixe levar pela história das duas irmãs Blackwood.

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