Mudando o tom

Tantos dias com horror em filme, série e literatura que já estava na hora de mudar um pouco o tom e ver outras coisinhas, senão começo a mirar a cabeça de todo mundo na rua, sabe como é. Segui aquele caminho no qual o Fábio não me acompanha, os filmes levemente açucarados e sem sangue jorrando da tela. Sabe como é, agora que começou minha licença maternidade, posso me dar ao luxo de dar minhas escapulidas, há.

Enfim, aos filmes: Lembranças e Apenas o fim. Aquela coisa, nada que eu vá dizer “Uou, corra lá e assista”, são filmes bacanas e bons para passar a tarde (acredite) e procrastinar na arrumação do quarto do bebê. Eu vou comentar sobre os dois, mas deixo desde já a dica de que Lembranças é o tipo de filme que tem mais graça quando você assiste do mesmo jeito que eu vi: sem saber nada sobre ele, a não ser que o protagonista é o Robert Pattinson, o que já baixa as expectativas. Então, se quiser continuar lendo, você decide.

Lembranças: se falar do plot em linhas gerais, nuss, nenhuma novidade. Tyler (Pattinson) é um rapaz revoltis ainda tentando lidar com o suicídio do irmão mais velho. De um jeito lá meio forçado ele conhece Ally (Emilie de Ravin), que tenta lidar com o assassinato da mãe e o pai superprotetor. Eles se apaixonam, nheconheco e meio que um ensina o outro a always look on the bright side of life. Aí tem o final, que é o que faz com que você termine pensando que valeu a pena a história anterior.

No momento final, começa uma musiquinha que indica que a coisa ficará feia para alguma personagem. E aí vai aparecendo um pouco de cada um e você só pensando, “Duh, mais um suicídio para marcar a vida do rapaz?” e coisas do gênero. Então temos uma sequência que começa com a professora chamando a atenção da irmãzinha de Tyler batendo no quadro, indicando a data e depois pula para Tyler no escritório do pai. O que eu achei legal sobre isso é que se você pega a informação que é dada no começo do filme, aquele desfecho é ÓBVIO, mas a história de Tyler e Ally simplesmente tira sua atenção de detalhes como, ahn, o tempo da história, digamos assim. Foi no mínimo curioso e acho que por isso que acabei gostando do filme. Mas pelo que vi na crítica norte-americana, eles odiaram a conclusão.

Apenas o fim: um monte de gente indicando, então eu fui lá ver, né? Até porque no meio desse monte de gente tinha bastante “gente” do sexo oposto, o que me fez pensar que não seria só um romancezinho besta. E não é mesmo. E te conquista, não só por causa das ‘n’ referências nérdicas (e acredite, são várias MESMO), mas porque é o tipo de história que qualquer um pode ter vivido. Aquela sequência de diálogos não é irreal, se bobear você em algum momento da sua vida já rompeu com alguém e já disse algo como o que foi dito pelas duas personagens.

É realmente bem legal, mas eu confesso que a personagem da menina (ela não tem nome, né? Ou eu deixei escapar no momento que falam?) me irritou um pouco, mas mais porque eu não sou muito fã (na vida real) de meninas “maluquetes” que gostam de deixar claro para todo mundo que são “maluquetes”. Enfim, vale a pena conferir, até porque caramba, tem que dar uma força para o cinema nacional, certo?

Falando nisso, não custa lembrar o pessoal de Curitiba: Morgue Story (eu devo ir na segunda que vem, porque é mais em conta, hehe).

Um comentário em “Mudando o tom”

  1. Vi o Remember Me por causa da Emilie de Ravin. Pra variar a atuação do Pattinson tá lazarenta, mas mesmo assim gostei de 95% do filme, tirando aquele final (que eu já tinha deduzido), que foi muito forçado.

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