Mudando o tom

Tantos dias com horror em filme, série e literatura que já estava na hora de mudar um pouco o tom e ver outras coisinhas, senão começo a mirar a cabeça de todo mundo na rua, sabe como é. Segui aquele caminho no qual o Fábio não me acompanha, os filmes levemente açucarados e sem sangue jorrando da tela. Sabe como é, agora que começou minha licença maternidade, posso me dar ao luxo de dar minhas escapulidas, há.

Enfim, aos filmes: Lembranças e Apenas o fim. Aquela coisa, nada que eu vá dizer “Uou, corra lá e assista”, são filmes bacanas e bons para passar a tarde (acredite) e procrastinar na arrumação do quarto do bebê. Eu vou comentar sobre os dois, mas deixo desde já a dica de que Lembranças é o tipo de filme que tem mais graça quando você assiste do mesmo jeito que eu vi: sem saber nada sobre ele, a não ser que o protagonista é o Robert Pattinson, o que já baixa as expectativas. Então, se quiser continuar lendo, você decide.

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Veja Esta Canção

Hoje lembrei do nada de uma cena de um filme nacional, o sujeito falando qualquer coisa como “se você quer encontrar alguém, já que o mundo dá voltas o ideal é ficar no mesmo lugar”. E eu que não sou grande conhecedora de cinema brasileiro, puxei lá da memória entre os poucos que vi qual poderia ser, e pensei em Pequeno Dicionário Amoroso.  Mas aí logo lembrei do que se tratava. Era Drão, história que faz parte do filme Veja Esta Canção.

Dirigido por Cacá Diegues, este filme de 1994 apresenta quatro histórias baseadas em canções da MPB: Pisada de Elefante (Jorge Ben Jor), Drão (Gilberto Gil), Você é Linda (Caetano Veloso) e Samba do Grande Amor (Chico Buarque). Verdade seja dita, eu já tentei ver tudo, mas não curti muito Pisada de Elefante e aí sempre acabo só revendo Drão (que eu gostava pelos motivos errados quando era mais nova, mas acho que isso é algo natural de quando se é “mais nova). Anyway, com a lembrança resolvi deixar a dica para quem não conhece. Drão especialmente, vale MUITO a pena ver. Pedro Cardoso e Debora Bloch estão ótimos, o roteiro é uma delícia e enfim, ainda bem que hoje em dia tem Youtube, né? Parte I, Parte II e Parte III. Vejam, é realmente muito bacana.

Não por acaso

Já tem algum tempo que quero assistir a esse filme, e finalmente pude conferir ontem (enquanto o Fábio deixava o computador novo nos trinques para eu usar). Quando li sinopses e críticas sobre o filme, fiquei ao mesmo tempo curiosa e com medo de que na ânsia de fazer um filme naquela fórmula “pessoas com nada em comum que acabam se encontrando por causa de determinado evento” (repetida com exaustão desde que 21 Gramas fez um razoável sucesso), o diretor errasse a mão.

Mas não é o caso. Neste primeiro trabalho de Philippe Barcinski que tive a oportunidade de conferir, confesso que fiquei bastante surpresa com a forma como ele abre mão da vaidade de fazer um roteiro desonexo que se encontra no fim (como em todos os filmes que seguem a tal da fórmula) e fala singelamente de como não temos controle sobre nossas vidas.

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