Como não fazer um final de temporada:

1. Faça com que a personagem inicialmente chata fique legal e então a deixe chata novamente;

2. Coloque o clímax no início e deixe 40 minutos de “tudo bem quando acaba bem”;

3. Esqueça de deixar um bom gancho para a temporada seguinte.

Lição do dia oferecida por True Blood, da HBO. A continuação desse post tem um monte de spoilers, então só leia se já tiver assistido ao último episódio ou se saber das coisas antes não te incomoda, sim?

Pois então. O penúltimo episódio tinha acabado com a revelação de que PANANANAAAAM: Rene era o assassino. E aí é claro que quando ele está perto da Sookie no episódio seguinte, a tensão vai lá para o alto. Mas eles resolveram deixar o confronto Sookie/Rene para os primeiros 20 minutos, e convenhamos, nem foi um confronto de fato. A partir disso, muito blablablabla insosso sobre como ficaram as personagens no final da temporada. Melhor se tivessem feito um treco no estilo novela da Globo e botassem todos juntos numa grande festa de casamento, hehe.

O Jason, que começou a série como uma das personagens mais chatas (bom, só perdia para a Tara, a amiga da Sookie), depois passou a se desenvolver e ficou ali entre um cara bacana e o alívio cômico da série. E os momentos com a Amy estavam até bem legais. E então quando você pensa que uou, finalmente ele está tomando rumo e a série terá um chato a menos, tchuns. Decidem transformá-lo em uma espécie de religioso que odeia vampiros. Ou seja, a segunda temporada começa com o Jason chato de novo.

Por falar em vampiros, para uma série sobre vampiros o elemento principal acabou aparecendo MUITO pouco, sobretudo no último episódio. Bill sequer consegue salvar Sookie. E a pentelhinha transformada por ele uns episódios atrás retorna, o que é garantia de MAIS uma personagem chata para a segunda temporada.

E por falar em personagem chata, tem a Tara se redimindo com a chegada da tal da misteriosa Maryann – que aparentemente é o único “gancho” interessante para a segunda temporada: qual é a dela com o Sam e por que ele ficou tão nervoso ao vê-la? A outra pergunta é se Lafayette (uma das únicas personagens realmente legais da série) está morto ou não (alguém aí duvida que não?)

Fora isso, nada demais. Esse é o problema. A idéia começou tão bem, mas foi tão mal explorada. A questão dos vampiros lutando por direitos iguais (o que serve mais ou menos como uma metáfora para as minorias ao estilo X-Men, mas wtf, parecia que seria bem legal) foi completamente deixada de lado. No final das contas, a primeira temporada fecha para mim ali nos 6/10, tendo como melhor personagem o Lafayette e melhores momentos a cena da primeira vez de Bill e Sookie (você tem que ser maior de idade para ver o videozinho, heeeim?), e Bill carregando a vampira chata para o Eric tomar conta (aliás, poderiam deixar o Eric aparecer mais e a nota da primeira temporada subia para 8/10).

5 comentários em “Como não fazer um final de temporada:”

  1. Eu só li o início do post porque embora não assista True Blood posso ter vontade de assistir e aí saberei como acaba… Eles poderiam aprender algumas lições com Lost que até nas pausas de meio de temporada consegue deixar todo mundo ligadão.
    Beijo

  2. Concordo com você Ana,faltou vampiro,sobrou personagem chato.

    Tinham que ter explorado mais a questão dos vampiros lutando por seus direitos civis,afinal,essa premissa é excelente e teria rendido ótimos episódios.
    Mas vou continuar dando chance para True Blood ano que vem,afinal o Alan Ball merece crédito.

    Ah,e o melhor personagem para mim foi o Eric,todas as cenas dele foram ótimas.

    Obs:Ana,você sabe quando é a previsão de estréia da 2ªTemporada?

  3. Também acho o Eric um dos mais legais. Na verdade, só gosto mais do Lafayette pq ele foi o que teve oportunidade de aparecer mais, no final das contas. Mas eu boto fé no Eric na segunda temporada :joy:

    Sobre a dita cuja, pelo que eu vi sai em junho de 2009 lá fora, mas não sei ao certo. Não tem ainda nada sobre isso nem no imdb =/

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