Intervalo

Dia desses estava assistindo aquele comercial do vodol, com gente assumindo que tem micose nas partes mais íntimas e tudo o mais, aí fiquei pensando: tá loco, por que diabos insistem com propagandas de produtos toscos?

Talvez a tosquice por si só se justifique – até porque uma das intenções do comercial é fazer o consumidor lembrar do produto. O problema é que tem propaganda que é tão tosca que você lembra só dela, e não do que estava sendo vendido. Aquela do “parece que tira com a mão“, por exemplo – alguém lembra qual é o produto e qual é a marca?

Aí têm casos que envolvem pessoas famosas (e não só aqueles atores desesperados por grana que topam aparecer em comercial de hemorróidas) como aquela propaganda da Corega com a Arlete Salles. Agora eles se espertaram e colocaram anônimos vendendo a cola para dentadura – até porque fica difícil não associar a idéia de que a mulher que está lá falando que o produto é bom sabe disso porque usa. :dente:

Tem também o bri-lhan-te caso do Vagisil, com Angélica e Luciano Huck. Esse foi bonito, daqueles momentos que fazem você acreditar no poder do amor. Consigo imaginar o Huck dizendo “Não, benhê, não deixo você pagar mico sozinha!” e aí dá o ar da graça dizendo que a mulher dele é limpinha porque usa Vagisil.

Esses comerciais toscos deveriam estar dentro de revistas ou canais especializados, fala sério. Quem é que precisa, na hora da janta, ver mulher comentando sobre a regularidade do intestino, e de como o iogurte fez com que ele funcionasse direitinho?  Valha-me.

Enfim, deixo aqui o link do Desencannes. Pelo menos nesse caso a idéia inicial é ser engraçado, e não ser engraçado sem intenção como acontece com esses comerciais estapafúrdios dos quais comentei.