Se minha vida fosse um filme

Estou roubando a idéia do Calvin (ahn, como é que eu te chamo na blogosfera?!!), porque eu achei muito divertida e confesso que já tinha pensado nisso algumas vezes, mas sempre de forma meio quebrada por exemplo, pensar em trilha sonora ou em qual atriz deveria fazer o papel de Anica. Enfim, vamos lá.

Se minha vida fosse um filme, o roteiro teria que ser do Charlie Kaufman, ou seja, uma comédia romântica meio nonsense e cheia de um sarcasmo corrosivo. Para manter (ou acentuar?) o clima nonsense mas dar um ar meio “cabeça” para o filme, o diretor seria David Lynch.

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Brokeback Mountain

Assisti nesse último final de semana O Segredo de Brokeback Mountain e confesso que estava com um pé atrás antes de começar a ver. Sabe como é, na minha cabeça o bafafá todo era por causa das personagens homossexuais (sobre isso falarei um pouco ali para frente). A questão é: independente de ser uma história de amor gay, é uma história muito bem conduzida.

Os dois atores estão ótimos, especialmente o Heath Ledger (bem, eu estava acostumada a vê-lo em filmes teens que não exigiam muito da atuação dele). E sabe, é foda você contar uma história de tal forma que o mais importante não seja que os dois cowboys machões são na verdade gays, mas contar a forma como um gostava do outro.

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O Estranho Misterioso

Há uns seis anos atrás caiu em minhas mãos uma obra do Mark Twain da qual eu nunca tinha ouvido falar. Chamava-se O Estranho Misterioso e lembro que de lá para cá virou obra recorrente na minha lista de favoritos. Na história, Theodor (um garoto de uma pequena vila) faz amizade com uma “criança mágica’ chamada Satã que faz vários “favores” para o moleque que sempre têm uma conseqüência ruim.

O charme do livro é como o Twain usa essa história em teoria singela para discutir assuntos como predestinação, outras vidas, divindades, senso moral e afins. Cada fala do garoto Satã é de ficar de queixo caído, tanto que eu lembro que em um dos momentos finais do livro meu coração simplesmente disparou.

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Cidade Sorriso

Ok, agora estou confusa. Quando era uma criancinha bem serelepe e estava cursando a primeira série do primeiro grau, lembro que a tia Valéria pediu para que desenhássemos algo sobre Curitiba, por causa do aniversário da cidade. Eu lembro nitidamente do meu desenho: era uma boca aberta num sorrisão bem bonito (dentro do que meus conhecimentos de desenho na época permitiam) e dentro do sorriso alguns prédios (incluindo o “CCI”) e o Passeio Público.

Oras, a idéia era básica: Curitiba, Cidade Sorriso.

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Ultraje

Das lembranças que eu tenho de infância, eu lembro sempre de uma vez que eu, meu pai e meu irmão estávamos dentro do carro no estacionamento do supermercado, esperando minha mãe fazer compras. Aí começamos a cantar:

O meu chiclete faz ploc
O seu chiclete faz bum
O meu chiclete faz ploc
O seu chiclete faz bum
Bum bum bundão
Bum bum bundão
Bum bum bundão…

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Caça às Bruxas

Não sei se vocês já tiveram a oportunidade de assistir (ou ler) a peça do Arthur Miller, The Crucible (conhecida aqui como As Bruxas de Salem). A peça é baseada nos eventos que de fato ocorreram em Salem em 1692 (a famosa “caça às bruxas” que todos conhecem bem), mas ele usa esses acontecimentos como alegoria para algo que acontecia em seu tempo: o Macartismo.

Não deixa de ser genial, dentro de sua proposta: uma crítica à atmosfera de medo criada, de como esse terror beneficia alguns e paralisa outros. E, principalmente, de como o terror tolhia os americanos do que eles consideram sua característica mais importante, a liberdade. Nas próprias palavras do Miller:

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Descompasso Literário

Ano passado estava procurando um presente de natal para minha sobrinha e, pensando na idade e tudo o mais, achei que o ideal seria dar algum livro que marcou minha infância para ela, já que a Bibi (para meu orgulho) também tem o bom hábito de ler. Aí fiquei na dúvida: dou para ela A Marca de Uma Lágrima ou A Morte tem Sete Herdeiros?

Sabia que, infelizmente, ela já tinha passado da fase de ler A Vida Acidentada de um Vampirinho, bem como A Fada que Tinha Idéias e Flicts. Mas eu apostava em senhores como Pedro Bandeira, ou ainda em algum título de Marcos Rey na Coleção Vaga-lume. E qual a triste conclusão que eu chego? Que mesmo que ela tenha acabado de completar 12 anos, esses livros não servem mais para ela.

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Voltemos à Intolerância…

Já falei sobre isso algumas vezes no Hellfire antigo, mas tenho amadurecido melhor a idéia então achei interessante colocar aqui. Afinal, é meu blog, e se você lê é porque não tem nada mais o que fazer, então que mal há de ler minhas viagens, né? :dente:

Ok, vamos ao ponto: o mocinho da Universal dizendo para o rapaz Católico que o Deus dele é o verdadeiro Deus, é intolerância. O rapaz Católico condenando uma senhorita pagã (vamos evitar o termo “wiccan”) por ter uma Deusa, é intolerância. O ateu considerando-se intelectualmente superior por não acreditar em Deus algum, é intolerância. O adolescente dizendo que é agnóstico sem saber o que significa isso, é imbecil.

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18/01

Eu sei que prometi fazer uma restrospectiva de 1981 até 2006 para a celebração de nossa querida Anica, mas o fato que com a grana que ela deu, eu não faria 25 episódios mais nem morrrto! Ganho muito mais no Big Brother!

Hum?! Ah, sim! Para comemorar esse dia tão especial, hoje vou falar de acontecimentos que marcaram o dia 18 de janeiro em outros anos (além, é claro, do 18/01/1981, quando a amada Anica nasceu).

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