The Brief History of the Dead (Kevin Brockmeier)

BriefHistoryOfThe_DeadPegue um papel e anote nele todas as pessoas das quais você se lembra. Para facilitar, pense em categoria de pessoas, começando por sua família. Pais, avós, irmãos, primos, tios. Agora pense na categoria trabalho. Chefe, gerente, colegas, tia do cafezinho. Vizinhos. Faculdade. E siga aí, fazendo sua lista. Há uma possibilidade grande de que você canse antes de chegar perto do fim de descobrir o número real de pessoas que apesar de não conviver diariamente (ou há tempos), ainda assim você lembre delas. É com essa infinidade de pessoas que armazenamos na memória que Kevin Brockmeier brinca em seu The Brief History of the Dead, publicado lá fora em 2006 (e, no que diz uma busca mequetrefe no google, sem tradução no Brasil).

A premissa básica do romance é que quando uma pessoa morre, ela não vai para um céu ou inferno. Ela vai para uma cidade, onde ficará com outras pessoas mortas até o momento em que não exista mais ninguém vivo que lembre dela. Há alguns trocadilhos no texto que deixam implícita a ideia de “alma”, mas os habitantes dessa cidade comem, dormem, ouvem música, se apaixonam, enfim, “vivem” como fariam do lado de cá. E aí você pega o papelzinho onde anotou o número de gente de quem você lembra e pensa: nossa, então essa cidade deve estar cheia, e seu raciocínio está correto, embora a cidade de adapte às novas “almas” que vão chegando, e vai crescendo cada vez mais, além de existir um certo equilíbrio: para um determinado número de gente que chega, há outro que vai embora.

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