Livro de papel x livro digital

Telas! Eu odeio telas!

Então, há tempos que estou matutando sobre isso, mas pensava que seria dizer o óbvio, então largava o rascunho na lixeira. Até que hoje cedo li esta matéria na Folha: Espírito crítico empobrecerá sem o livro de papel, diz Vargas Llosa. Afirma Llosa que “O espírito crítico, que sempre foi algo que resultou das ideias contidas nos livros de papel, poderá se empobrecer extraordinariamente se as telas acabarem por enterrar os livros“. Vamos partir do princípio que o texto é bem vago e não fala especificamente de e-readers e tablets mas de “telas”, mas uma vez que ele insiste bastante no termo “livro de papel”, acredito que esteja sim se referindo às novas formas de ler um livro ou seja, a boa e velha discussão sobre livros de papel e livro digital.

Llosa continua: “Estou convencido de que a literatura que se escreverá exclusivamente para as telas será uma literatura muito mais superficial, de puro entretenimento e conformista“. Eu não sei sobre você, mas eu fiquei com a nítida impressão de que ele não faz a menor ideia do que está falando (pelo menos no caso da tecnologia). Sabe, parece que é daqueles que ainda acham que há um ser contra ou a favor dos livros digitais, como quem veste camisa com um kindle estampado para num jogo qualquer decidir qual será o meio utilizado pelas pessoas para ler. Não, não é por aí. Já começa que não acredito que livros digitais substituirão livros de papel, eles trabalham de forma complementar. Talvez os “profetas” que anunciam o fim do livro de papel tenham em mente a chegada do dvd substituindo as fitas de video cassete, não sei. Se for esse o caso, acho que vale lembrar que não há um “aparelho” para decodificar o livro que não seja o próprio leitor, então onde existir alguém que saiba ler, o livro de papel terá sua função. Outra coisa é que houve uma real melhora na qualidade da imagem e de som do vhs para o dvd, mas no caso do livro de papel para o e-reader, bem, o que importa é o que está escrito, e não como você lê.

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Do Kindle 3 para o Kindle Paperwhite

A imagem não é minha, mas daqui: http://mailboxmonday.wordpress.com/2012/10/10/kindle-paperwhite-love-it-returning-it/ curiosamente a autora não curtiu a luz. Vale a leitura, até para ter opiniões diferentes do produto.

Já vão aí uns três anos desde a primeira vez que “experimentei” o kindle do Fábio e mandei para as cucuias todo o meu preconceito sobre e-readers e disse “Quero um também!”. Não vou dizer que foram anos tranquilos, já que aqui em casa nossos kindles estragaram um número suficiente de vezes para que eu ficasse traumatizada e sempre sentisse aquele medo de “Será que a tela vai congelar?” cada vez que puxava o botão para ligar o aparelho. O outro ponto negativo era que meu kindle 3 não tinha luz. Isso não é de fato um problema se você: a) tem uma luz boa na cabeceira da sua cama ou b) não precisa se preocupar com a energia caindo na sua rua cada vez que cai uma chuva mais forte.

Não era bem o meu caso. A luz da minha cabeceira era fraquinha, e eu só conseguia ler virada para a esquerda. Se virasse para a direita, tinha que forçar a vista. E sim, só durante este verão foram pelo menos duas noites lendo com uma lanterninha xumbrega que temos para os dias em que a energia cai por aqui. Por isso quando chegaram as notícias sobre o Kobo Glo sendo vendido no Brasil, já comecei a ficar toda animada para trocar o aparelho. Matava dois coelhos com uma cajadada só: não tenho trauma de Kobo com tela congelada e teria a luz para a leitura à noite.

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Amazon chegou no Brasil!

Finalmente!!!! Acordei hoje cedo e lá estava, “kindle” nos tt do twitter, amigos curtindo a página da Amazon brasileira no Facebook e bem, a Amazon.com.br finalmente no ar. Eu estava acompanhando as notícias da Amazon no Brasil com alguma ansiedade por três motivos:

1. Já que aqui em casa nossos kindles estragaram 5 (sim, cinco) vezes, combinamos quando chegou na 5ª vez que só pegaríamos outro quando a Amazon já estivesse por aqui. Vejam bem, a política da Amazon.com sobre isso sempre foi  superior a de qualquer loja brasileira. A primeira vez que o kindle do Fábio congelou, ele já não estava mais na garantia e mesmo assim a Amazon mandou um novo para ele. Problema é: sempre que a Amazon reenviava um novo, tínhamos que pagar o imposto. E como vocês bem sabem, o imposto é uma facada. Por isso concluímos que seria melhor esperar, até porque de repente com a Amazon chegando por aqui eles podem começar a oferecer um tipo de suporte técnico que não podiam a longa distância.

2. A Amazon é famosa lá fora por oferecer preços bem baixos, o que significaria a oportunidade de vermos por aqui preços de e-books um pouco mais baixos do que os praticados atualmente (que tem quase o mesmo valor dos livros de papel, o que acho meio absurdo).

3. Algumas vezes aconteceu de eu querer um livro *por causa* da tradução, e não tinha ainda a opção de tê-los em um formato que eu pudesse ler no kindle. Um exemplo é o Ulysses com a tradução do Caetano, que cheguei a comprar a edição impressa, mas continuo me enrolando para ler porque o fato de ele ser um tremendo catatau meio que diminui as opções de lugares ou situações em que eu posso ler o livro. Agora tá lá, na Amazon, bonitinho, o Ulysses.

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