Enquanto isso na Reitoria…

Clarissa deixou eu apresentar o seminário dia 30/06. Agora o lance é preparar direito, para não passar vergonha. A boa notícia é que a banca dessa última entrevista de Oral terá a Mariza e o Mike.

(Aqui eu lembro da piada que fazem sobre a correção de um texto com o Mike e decido que é melhor deixar de lado essa história de ‘boa notícia’)

Eu estou acabadona, não só pelo trabalho. Fiquei a manhã inteira lá na faculdade acompanhando a eleição do CAL. Sem babaquice nem nada: independente de qual chapa ganhe, o envolvimento dos alunos esse ano foi algo fora do comum e *realmente* especial.

Serinho. O sono é grande e não consigo pensar em nada. E eu decidi que em homenagem ao Bloomsday (16/06) vou criar coragem e ler Ulysses. Aff.

Inverno

Teu frio
Curitiba
vicia-me em abraços

(Edival Perrini)

Eu sei que parece coisa de louco, ainda mais levando em conta que tenho que sair da cama cedo para pegar ônibus e tudo mais. Mas essa cidade fica *tão* linda no inverno, que não há frio que tire minha paixão ao ver o Jardim Bot�nico todo branquinho.

Sem contar que quentão e fondue só é bom no frio. ^^

Achei algumas fotos na Gazeta, a coisa mais linda do mundo, olha só:

(anotação 2006: link quebrado)
Uma vez quando eu estava tentando fazer haikais eu lembro que fiz um assim:Céu azul,
vento frio
estamos em abril

Ênfase para o tentando. Eu realmente nunca fui boa em poesia, mas o fato é que essa fase do outuno curitibano em que o céu fica limpo e dá para sentir aquele ventinho gelado que deixa o nariz vermelho é quase tão apaixonante para mim quanto os ipês amarelos florindo e marcando o fim do inverno.

Uou, quanta sensibilidade. Coisas do inverno. Aliás, outra coisa boa para se fazer é ler embaixo do edredon com caneca de café quente ao lado. Pois bem, ontem à noite fiz isso. O tal do livro de contos é FAN-TÁS-TI-CO (com o perdão do trocadilho, hehe). Tem gente de quem nunca tinha ouvido falar antes e já gamei.

Como de costume, escrevo comentários assim que acabar a leitura.

Um Grande Garoto (Nick Hornby)

Finalmente acabei. Não é que o livro seja chato, eu só estou sem tempo para ler coisas que não tenham a ver com a faculdade mesmo. Aliás, mesmo que esse seja meu segundo livro do Hornby, estou começando a achar que ‘chato’ não é bem o tipo de adjetivo que um dia eu vá usar para falar sobre algum livro dele.

De início: não tem nada a ver com Alta Fidelidade. Ok, tem uma brincadeira para os fãs do livro. Em dado momento o personagem dá uma passada na loja de discos do Rob. Mas para por aá.

O livro tem ótimos momentos, mas sem dúvida o que chama mais a atenção é como a história é contada. Hornby intercala os pontos de vista entre Will (o quase quarentão com alma de adolescente) e os de Marcus (o adolescente atípico). O que é mais bacana é que ele não mostra as diferenças de idéias de uma forma forçada, ao estilo “Willéadultoentãoémaiscoerente” ou algo assim.

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Voltando à correria

Leandro me salvou hoje, se eu tivesse que ir embora de ônibus depois do trampo, acho que sentaria no meio-fio ali na frente do HC e ficaria por lá mesmo. Caramba, como dar aula cansa.

Pelo menos compensa, todas minhas turmas são maravilhosas e é ótima essa troca entre professor e aluno. E melhor ainda é quando vem a Jô me contar que um aluno foi perguntar “Se a professora Ana Paula ainda dá aulas e em qual horário porque ele queria mudar para minha turma”.

Mas cansa. Putaquepariu, dói tudo.

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Twain:

“A civilização é uma ilimitada multiplicação
de necessidades desnecessárias.”

Mark Twain, que escreveu coisas fantásticas como…

… ah���! Acharam que eu ia dizer As aventuras de Tom Sawyer, né? Não, meu preferido dele é O Estranho Misterioso. É um dos poucos livros que fez meu coração disparar no final. Quem leu sabe o motivo, eu é que não vou contar. Mas insisto desde já: está no meu Top 10 eterno de livros.

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Os Mortos Vivos (Peter Straub)

A história é a seguinte: garotinha nos seus 8 anos de idade, já uma apaixonada por histórias de terror, vê na estante de sua tia um livro com o título “Os Mortos Vivos”.- Tia! Deixa eu ler?

– Ainda não, Paulinha! Quando você tiver 15 anos eu empresto para você.

Como a garotinha era bizarramente comportada, esperou sete anos até voltar lá, tirar o livro da estante e falar:

– Tia, hoje eu posso levar, não

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Um dia frio, um bom lugar pra ler um livro…

Dia frio, perfeito para ler livrinho e assistir filme. E foi o que eu fiz, muito embora o tal do filme fosse um tosquérrimo chamado Clockstoppers, o livro ainda é o bom e velho Um Grande Garoto. E sabe-se lá que química estranha é essa de tempo frio, filme tosco e Nick Hornby, só sei que fiquei meio deprê.

Deprê porque lendo o livro me senti um pouco como o Will, no sentido de ver os dias passando como “unidades de hora”. Eu tenho feito disso e perdido chances ótimas de crescer. É aquela história: na faculdade sei que me envolvo o mínimo possível, no trabalho idem. No fundo é viver achando que terei 23 anos uma outra vez, para aí então viver direito.

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