It is Wood, It is Stone (Gabriella Burnham)

Estava lendo mais uma daquelas listas de lançamentos, quando bati os olhos em uma capa linda (nem venha me julgar, olha ali pro lado e veja como é linda mesmo). Comecei a ler a descrição do livro, “as vidas de três mulheres se cruzam durante um ano em São Paulo“. A cidade brasileira obviamente chamou minha atenção, e pensei que era autora nacional que estava sendo traduzida lá fora, só que pesquisando descobri que a Burnham é filha de brasileira, mas nascida e criada nos Estados Unidos, e o livro foi escrito originalmente em inglês (e boa sorte para quem for traduzir por aqui, mas disso falo depois).

Fiquei imediatamente curiosa, até porque renderia no mínimo um olhar diferente sobre nosso país – alguém que apesar da ancestralidade, “não é daqui”. Lembrei muito de um artigo ótimo que li no Millions, Rivers and Mirrors: World-Building in Nonfiction. Escrito pelo jornalista Chris Feliciano Arnold (nascido no Brasil mas criado por norte-americanos no Oregon) o texto comenta a tentativa de falar de um país que é dele mas ao mesmo tempo não é, de como sua língua-mãe não dá conta de descrever o lugar onde ele nasceu: “Sad but true: There is only so much room in the English language for stories about non-English speaking countries.”

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