True Detective (ou: Porque o finale foi tão bom)

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(O título já deveria ser bem explicativo, mas né, vale o aviso: se você é fresco de spoiler e ainda não viu a série, volte depois)

Foi mais ou menos assim: começo de ano, eu ainda empolgada com o retorno de Sherlock, e começam a aparecer ali e aqui notas comentando sobre uma nova série que era a grande promessa da HBO, chamada True Detective. Por coincidência, a curiosidade falou mais alto exatamente na semana em que saiu o primeiro episódio, então comecei a acompanhar logo que começou, sem aquela desconfiança que todos nós sentimos sobre séries que do nada começam a ser muito comentadas. Cheguei meio perdida, sem saber qual era a proposta, o formato e a fins – só sabia que tinha um crime da década de 90 investigado por uma dupla de policiais, que seria ligado com outro na década de 00. Hmkay, é o tipo de coisa que pode ser interessante, vamos conferir.

Negócio é que terminei o primeiro episódio (The Long Bright Dark) com o queixo no chão. A forma como a história é construída, com três linhas temporais principais (2012, 2002 e 1995), funciona muito bem porque instiga nossa curiosidade ao mesmo tempo que vai cozinhando as personagens em fogo baixo, digamos assim. Em 2012 vemos um Rustin Cohle (Matthew McConaughey) comentando sobre certa investigação da qual fizera parte em 1995. Há um abismo tão grande entre o Rust de 90 e o de 10 que você não consegue deixar de se perguntar: o que diabos aconteceu com esse sujeito? Por outro lado o Martin Hart (Woody Harrelson) que também está prestando depoimento é um sujeito engomadinho que obviamente “subiu na carreira” dentro da polícia desde 95. O que dividiu o caminho desses homens? Por que não são mais uma dupla? Mais além, por que tanto tempo depois outros investigadores chegam até eles querendo saber sobre um crime do passado?

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