Garota Exemplar (Gillian Flynn)

GarotaExemplarJuro que não sei exatamente o que despertou minha curiosidade sobre Garota Exemplar, de Gillian Flynn. Acho que uma reportagem mencionando o fato de que este livro tinha desbancado Cinquenta Tons de Cinza, e aí eu queria saber qual era a nova pira do momento, não sei. O fato é que coloquei no kindle e comecei a ler sem grandes expectativas, primeiro porque a) eu estava um pouco traumatizada com a Intrínseca (ver lista de piores leituras de 2012), b) O enredo parecia de filme que eu assistia no Supercine (ainda passa Supercine?) e c) Meu preconceito bocó dizia que se desbancou Cinquenta Tons de Cinza, boa coisa não poderia ser.

Mas ok, comecei a ler. E poucas páginas depois, já não queria mais abandonar o livro, principalmente quando percebi a jogada que Flynn começou a fazer com as opiniões que o leitor tinha das personagens. E se menciono isso já, assim, segundaparagrafamente, é porque quero dar um aviso para você que ainda não leu Garota Exemplar: fuja da campanha de marketing da editora. Não leia sinopse do livro, orelha, nem nada. Algumas informações que estão sendo colocadas para anunciar o livro acabam te colocando na pista errada e, o principal, afetando seu julgamento das personagens de uma forma diferente do que deveria ocorrer. Sobre isso falo um pouco mais para frente, aguenta aí.

A questão é que minha cabeça está aqui cheia de ideias a serem comentadas sobre o livro, mas não queria estragar a experiência inicial de ninguém, portanto fica a velha recomendação: volte quando tiver acabado de ler. Por incrível que pareça, esse meu cuidado nada tem a ver com o enredo principal que tem sido apresentado por aí (mulher desaparece, marido é o principal suspeito, etc.), aliás, eu acho que é o tipo de livro que “sobrevive” muito bem mesmo que revelem spoilers, só que fica aquela sensação de chupar bala sem tirar o papel (há!). Avisados? Ok, então agora vamos por partes. Três, como no livro.

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